Gênesis 36 — Explicação das Escrituras

Gênesis 36

36:1–30 O capítulo 36 é dedicado aos descendentes de Esaú, que habitavam na terra de Edom, a sudeste do Mar Morto. A genealogia representa o cumprimento da promessa de que Esaú seria o cabeça de uma nação (25:23). Esaú teve três ou possivelmente quatro esposas, dependendo se algumas das mulheres tinham dois nomes (compare 26:34; 28:9; 36:2, 3). No versículo 24, Aná encontrou água (ou “fontes termais”, NASB).

36:31–43 Moisés, o autor de Gênesis, sabia por revelação divina (ver 35:11) que Israel acabaria tendo um rei. Assim como as sete gerações da linhagem ímpia de Caim foram dadas no capítulo 4, as sete gerações de reis da linhagem ímpia de Esaú são mencionadas aqui nos versículos 33–39. Sete, o número da completude, provavelmente indica a linha inteira. Nenhum dos descendentes de Esaú é mencionado no registro dos fiéis de Deus; todos se perdem na obscuridade daqueles que se afastam do Deus vivo. Eles tiveram riquezas temporárias e fama passageira neste mundo, mas nada para a eternidade.

Notas Adicionais:

36.7 Reconhecendo o lugar de primazia que deveria proporcionar espaço suficiente a Jacó em Canaã, Esaú procurou mudar-se daí antes de, sua volta, antecipando-a e tendo em vista a riqueza de que Jacó era herdeiro em virtude da primogenitura.

36.8 O uso do nome “idumeu” para designar os filhos de Esaú perdurou até o tempo de Cristo. Herodes, o Grande, era idumeu. A extensão das terras pertencentes a Edom (monte Seir) compreendia desde as margens meridionais do Mar Morto até o Golfo de Acaba, ou seja, uma distância de cerca de 160 quilômetros. É região de topografia irregular, contendo algumas montanhas, cujos picos atingem a mais de 1000 metros de altura.

36.12 Amaleque era neto de Esaú. Foram seus descendentes que sempre se opuseram a Israel, em todas as circunstâncias, através de séculos, até Hamã, personagem relatado no livro de Ester, que era descendente do Rei Agague (Et 3.10; 1 Sm 15.8ss).

36.15 “Príncipes”, refere-se a capitães tribais.

36.21 Os horeus eram antigos habitantes de Edom, subjugados por Quedorlaomer (Gn 14.6) e não por Esaú. Descendiam de Seir. Mediante casamento com a filha de Aná, chefe horita, Esaú teria firmado relações muito amigáveis com essa tribo, (cf. v. 2 com v. 25). Observe-se que na Septuaginta, se lê “horita” e não “hivita”, em Gn 34.2. Alguns eruditos, têm admitido que eram habitantes de cavernas (heb. horim cf. Is 42.22), por causa de nome que tinham, enquanto outros encontram semelhança entre eles e, os ”Hurru” designação egípcia para os habitantes da região siro-palestina, que aparece associada com Israel na Estela de Meremptah, cerca de 1200 a.C.

36.28 O nome Uz aparece no drama de Jó, “na terra de Uz” (Jó 1.1).

36.31-43 Faz-se distinção entre reis e príncipes no fato de que os primeiros detinham autoridade e exerciam domínio sobre maior extensão territorial do que os segundos.

36.35 Sua cidade indica que, como Saul elevara sua cidade nativa, Gibeá, à categoria de capital, também estes reis Edomitas elevavam as respectivas cidades nativas à categoria de capitais enquanto estivessem exercendo o reinado.

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