Estudo sobre Gênesis 11
Gênesis 11
A torre de Babel
(11.1-9)
Antes de sermos informados
dos ancestrais de Abrão, essa história destaca por que um novo início havia se
tornado necessário. A lembrança do Dilúvio (v. 4) parece ter funcionado
simplesmente como um chamado para que o homem mostrasse a sua força
em desafio a Deus. A memória viva do que eles fizeram foi preservada
pelo grande zigurate, “uma montanha artificialmente coberta
por um templo” (Kidner), da Babilônia. Isso seguia o padrão estabelecido
anteriormente, mas não sobrou relíquia conhecida da torre de Babel, e
não é provável que os arqueólogos encontrem alguma, pois as camadas
mais antigas da cidade estão abaixo do lençol freá-tico da planície. Os
estudos de línguas que nunca foram fixadas na escrita demonstram quão
rapidamente os povos com panos de fundo linguísticos comuns se tornaram ininteligíveis
uns aos outros. Não temos indicação alguma da identidade da língua
pré-diluviana, se é que foi preservada. Deus estava agindo com total
imparcialidade.
11:8. Babel: ligado
aqui a bãlal (“confundir”) e interpretado como “confusão”. Babel é a
forma universal que o AT usa para se referir à Babilônia (no acadiano, Bab-ili,
significando “portão de Deus”). A mudança obviamente foi intencional.
e) Os ancestrais de Terá (11.10-32)
Independentemente do que se pense dos números apresentados no cap. 5 para a duração da vida dos patriarcas pré-diluvianos, os apresentados aqui — com o mesmo tipo de variantes como no cap. 5 entre TM, Sam., LXX e Jubileus — são completamente inadequados para cobrir o intervalo entre o Dilúvio e Abraão, c. 2000 a.C. O nome Héber foi encontrado em escavações recentes em Tell Mardikh, no norte da Síria (antiga Ebla), como o nome de um de seus reis. E um sério erro da arqueologia identificá-lo com Héber (v. 14ss), que de qualquer maneira deve ter vivido muito antes para exercer aquela função. Esse achado mostra simplesmente que o nome era comum na época.