Estudo sobre Gênesis 18
Gênesis 18
Promessa e advertência
(18.1-33)
Dois eventos são mostrados em movimento para o seu clímax
preestabelecido: o nascimento do filho prometido e a queda da cidade
que Ló escolheu como seu lar, Sodo-ma. Por que eventos tão díspares iriam
coincidir? A razão é que o nascimento tão esperado de Isaque, um evento
tão cheio de alegria e esperança, é paralelo e está em contraste
com o nascimento — não anunciado, indesejado e degradante — dos dois
ancestrais de Moabe e Amom (19.30-38), e a concepção destes
dois filhos foi uma conseqüência direta da queda de Sodoma. Os caps.
18 e 19 estão repletos de contrastes notáveis — e.g., meio-dia
e noite, justiça e maldade, hospitalidade generosa e hostilidade contra
hóspedes.
18:1-15. Os eventos
iminentes foram anunciados a Abraão por uma visita que ele pensou ser de três
homens (v. 2) — na verdade, o Senhor e dois anjos; cf. v. 33 e 19.1. Ao
ser surpreendido, como ele evidentemente foi, reagiu com toda a
hospitalidade instintiva e generosa pela qual os beduínos são conhecidos
ainda hoje. Quando a hospitalidade havia sido recebida com gratidão, a
promessa divina do nascimento de Isaque foi renovada. Dessa vez, foi Sara
quem riu (v. 12), sendo a sua incredulidade obviamente
mais profunda do que a de seu marido. Assim, a conveniência do nome
de Isaque é mais uma vez destacada; e, além disso, o aspecto miraculoso do
seu nascimento também é ressaltado, especialmente na pergunta
desafiadora: Existe alguma coisa impossível para o Senhor? (v.
14). Deus não somente anunciou esse nascimento; ele foi também o único a
torná-lo possível.
18:16-21. A promessa
renovada do nascimento de Isaque teve o propósito primordial de ser um desafio
à fé e confiança de Sara. A medida que os holofotes agora se voltam
para Sodoma, o leitor tem uma nova percepção do objetivo das
predições bíblicas. Abraão foi avisado dos perigos que pendiam
sobre Sodoma (v. 20,21 devem ser dirigidos a ele, como sugere a NVI,
e a NTLH declara explicitamente) por motivos que são detalhados nos v. 17ss.
Essas razões podem ser resumidas na simples palavra “aliança”; a aliança
estabelecida (caps. 15 e 17) entre Deus e Abraão tinha expressado
promessas e obrigações que poderíam ser cultivadas e promovidas se Deus agora
revelasse os seus planos. Uma aliança, aliás, é muito mais do que
um contrato; indica um relacionamento próximo e caloroso, expresso
aqui pela frase “eu o escolhi”', lit. “eu o conheci”. O seu
relacionamento é a base para a descrição de Abraão como o “amigo de Deus”
(Is 41.8; Tg 2.23). A eficácia contínua das promessas e a importância
contínua das obrigações para gerações posteriores são plenamente
reconhecidas no v. 19. A mesma combinação entre os temas da amizade,
obediência e revelação pode ser vista em Jo 15.14,15.
18:22,23. A
preocupação de Abraão pelo bem-estar do seu parente Ló era previsível, mas
ele vai muito além disso ao interceder por toda a cidade de Sodoma. Na
vontade de Deus, um grupo justo pode ter um efeito salvífico ou de
proteção sobre uma comunidade ímpia. Abraão parou no número dez (v.
32); em Is 53, como reconhece a nota de rodapé da BJ, os muitos são salvos
por Um. A passagem é uma ilustração de como as nações poderiam ser
abençoadas por meio de Abraão (v. 18).Índice: Gênesis 1 Gênesis 2 Gênesis 3 Gênesis 4 Gênesis 5 Gênesis 6 Gênesis 7 Gênesis 8 Gênesis 9 Gênesis 10 Gênesis 11 Gênesis 12 Gênesis 13 Gênesis 14 Gênesis 15 Gênesis 16 Gênesis 17 Gênesis 18 Gênesis 19 Gênesis 20 Gênesis 21 Gênesis 22 Gênesis 23 Gênesis 24 Gênesis 25 Gênesis 26 Gênesis 27 Gênesis 28 Gênesis 29 Gênesis 30 Gênesis 31 Gênesis 32 Gênesis 33 Gênesis 34 Gênesis 35 Gênesis 36 Gênesis 37 Gênesis 38 Gênesis 39 Gênesis 40 Gênesis 41 Gênesis 42 Gênesis 43 Gênesis 44 Gênesis 45 Gênesis 46 Gênesis 47 Gênesis 48 Gênesis 49 Gênesis 50