Estudo sobre Gênesis 29

Estudo sobre Gênesis 29

Estudo sobre Gênesis 29



Gênesis 29

Os casamentos de Jacó (29.1-30)
O cap. 29 é um relato interessante acerca de relacionamentos humanos. Há o encanto de uma história de amor, a compaixão por uma mulher não amada e o primeiro episódio do relacionamento de dois enganadores, Jacó e Labão. Por trás de tudo isso, precisamos ver a mão de Deus, que havia prometido cuidar de Jacó (28.20) e tinha a intenção de colocar tanto Lia quanto Raquel como mães em Israel.
A história começa numa região vagamente descrita, em algum lugar na região de Harã (v. 1,4); é evidente que o encontro de Jacó com Raquel foi total coincidência — do ponto de vista humano. Ele logo causou uma forte impressão na moça, mostrando vigor e força que contrastavam com a preguiça dos pastores (v. 3,8), como também afeição calorosa em relação a seus parentes (v. 11,12). Por parte dela, sua beleza logo cativou o recém-chegado (v. 17,18). Sua irmã mais velha era menos atraente, embora o sentido exato do hebraico seja incerto; o sentido provável é que os seus olhos fossem “sem brilho” (como diz a nota de rodapé da NVI). E possível também que o sentido seja que, apesar de os seus olhos serem meigos, Raquel era ainda mais bonita; é pouco provável que ela tivesse problemas de visão, como algumas versões sugerem.
Podemos ter certeza de que em vários aspectos esses capítulos refletem costumes daquela época e região; acredita-se que Labão estava adotando Jacó como seu herdeiro (v. comentário de 15.2ss). Pode ser que os seus próprios filhos (31.1) ainda não houvessem nascido. Por outro lado, podemos facilmente compreender o capítulo no seu sentido mais simples e ver que Jacó está “comprando” as suas mulheres por meio do serviço. A trapaça de Labão, que só pode ter acontecido porque era costume as noivas usarem um véu grosso (v. 23,25), garantiu os serviços de Jacó por mais um período de sete anos (v. 27,30). Sete anos de trabalho por uma mulher parece ter sido um preço relativamente alto para a época; assim, Labão fez um bom negócio ao ganhar 14 anos dessa maneira. Observe que somente uma semana (v. 27) separou os dois casamentos; Jacó prestou os sete anos de serviço por Raquel depois do seu casamento com ela.
Assim como Sara tivera Hagar como serva, também Lia e Raquel tinham suas atendentes. As duas são mencionadas apenas incidentalmente (v. 24,29), a fim de apresentar ao leitor as quatro mulheres que seriam as mães das tribos de Israel. Em época posterior, sem dúvida em virtude de tensões como as que surgiram entre Lia e Raquel, a lei de Lv 18.18 proibia um homem de casar com duas irmãs.

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