Banho — Estudos Bíblicos

Banho — Estudos Bíblicos

Banho — Estudos Bíblicos


BANHO
Nas Escrituras há duas classificações gerais a respeito de banhos: 1. Para efeito de higiene pessoal. 2. Como ato religioso, cerimonial.
1Lavagem do Corpo. Envolvia atos como esfregar o corpo com a ajuda de água, talvez derramada de uma jarra ou balde (Levítico 15:17; Números 19:7,8,19, onde é usada a palavra hebraica rachats). Outro modo era a imersão em rios, lagos ou poços. Somente as classes mais abastadas transportavam água para tomar banho (II Sam. 11:2). Poços como os de Siloé e de Ezequias (Nee. 3:15,16), às vezes sombreados com pórticos (João 5:2), proviam lugares de banhos públicos, que tão populares tornaram-se nos tempos gregos e romanos. Josefo (Guerras 1:17,7) menciona que os soldados se banhavam. Havia as termas de Tiberíades (Eusébio, Onomast.), bem como as termas próximas às praias do mar Morto (Josefo, Anti. xviii.2; xvii.6). Também lemos acerca de banhos públicos entre os antigos egípcios. Os ricos tinham piscinas, que usavam tanto como balneário como para efeitos de recreação (Josefo, Anti. xvii.11; xv.3).
Não há muitas menções, no Antigo Testamento, a banhos com propósitos higiênicos, embora o calor e a poeira das terras orientais tornem os banhos tão necessários. Heródoto (11.27) conta que os sacerdotes egípcios banhavam-se nada menos de quatro vezes ao dia, embora isso incluísse abluções mais de natureza ritualista. No Antigo Testamento, um sinal de hospitalidade para com os recém-chegados era prover-lhes um banho (Gên. 18:4: 19:2; I Sam. 25:41). Bate-Seba estava no banho, quando Davi a viu pela primeira vez (II Sam. 11:2). As palavras de Noemi à sua nora, Rute (Rute 3:3), sugerem que era costume as pessoas banharem-se, antes de visitarem alguém de classe superior.
2. Banhos Cerimoniais e fíitualistas. O ato de lavar as mãos e os pés, antes das refeições principais, era um antigo hábito em Israel, talvez vinculado as purificações religiosas. As pessoas também se banhavam após o período de lamentação pelos mortos, porquanto isso subentendia poluição (II Sam. 12:20). Os israelitas também banhavam-se antes dos cultos religiosos (Gên. 35:2; Êxo. 19:10; Jos. 3:5; I Sam. 16:5). O sumo sacerdote banhou-se por ocasião de sua instauração (Lev. 13:6), como também o fazia no dia da expiação, antes de oferecer o ato de propiciação (Lev. 16:4,24). Servir de auxiliar do banho de outrem era considerado um ato de humilhação (I Sam. 25:41). Esse costume os primitivos cristãos transferiram para o Novo Testamento, no ato do lava-pés, descrito com detalhes em João 13. Quanto às lavagens cerimônias, ver Mar. 7:8. Acerca de como todas essas abluções foram suplantadas por princípios espirituais em Cristo, ver Heb. 9:10. As notas, no NTI, fornecem amplas informações a respeito dessas questões.
3. Usos Simbólicos, a. Em face do aspecto de purificação, está em foco o batismo, em seu sentido literal e espiritual (Rom. 6:3; Tito 3:5). b. Santificação (Mar. 7:8). c. Lava-pés, que simboliza a igualdade entre os irmãos, a humildade e a purificação das falhas diárias, d. As lavagens cerimoniais do Antigo Testamento simbolizavam vários tipos de purificação, tudo o que recebeu cumprimento no ofício expiatório de Cristo, em seus vários aspectos (Heb. 9:10). e. A vingança de Deus pois, em algumas versões, é dito que a espada do Todo-poderoso banha-se de sangue, punindo os habitantes da terra (Isa. 34:6). (ED EDE ID IB NTI)