Explicação de Deuteronômio 14
Explicação de Deuteronômio 14
Deuteronômio 14
Cap. 14 Israel devia ser um povo distinto. Devia evitar as lamentações dos
pagãos (1, 2) e os alimentos imundos (3-21). Sua consagração também precisava
ser demonstrada com os dízimos que viessem a dar (22-29).
14.1 Por causo de algum morto. Ver nota anterior, cf. Lv 19.28; 21.5.
14.3-21 Em alguns casos, há uma explicação higiênica para a classificação de
certos alimentos como limpos ou imundos. Noutros casos, a razão para a
distinção não é clara. Seja como for, esses regulamentos serviriam para
testar a obediência de Israel e como sinal de seu caráter próprio e
exclusivo de uma nação. Essas regras de saúde corporal pertencem somente a
Israel, e não vigoram na dispensação cristã (ver 1 Tm 4.4),
porém indicam a necessidade de discrição e autocontrole.
14.7 A lebre e o arganaz. Só aparentemente é que podem ser
considerados ruminantes, pois na realidade não o são. Mas a aparência é
que interessava, cf. Lv 11.5
e 6n. Os nomes dos animais e pássaros ainda nos dão margem para longos
debates; os animais mencionados no v. 5 pertencem mormente à família das
gazelas; dos pássaros, alguns nomes hebraicos receberam uma interpretação
dos rabinos, como se segue: o íbis v. 16, heb yanshuph,
parece ser um tipo de coruja que voa só depois do crepúsculo (heb nesheph),
a cegonha, heb hasidâh, a forma feminina da palavra hesedh
“misericórdia”, que se refere à dedicação da cegonha em alimentar os
filhotes; a garça, heb 'anãphâh, lit. ”ferocidade”, uma
referência à pose e ao aspecto do referida pássaro.
14.21 No leite da sua própria: mãe. Era um costume cerimonial dos
cananeus, e por isso foi proibido. Além disso era uma violência à
compaixão, para se satisfazer a gulodice. 14.22-29 Uma décima parte da
produção da terra devia ser oferecida a Deus. Quando Moisés pronunciou
este discurso, já era bem conhecido e praticado o uso dos dízimos, que
podiam representar um sinal de gratidão (Gn 14.20) ou mesmo de
devoção (Gn 28.22).
O princípio básico é o mesmo da lei do sábado (15.12). Tudo o que o
homem possui, a Deus o deve, sendo apenas um fiel depositário (Dt 8.18; Mt 25.14). Para
que vissem que eram sagrados todos esses bens, separavam uma parte deles e
ofereciam ao santuário (23, 25). Na legislação anterior (isto é, Lv 27.30; Nm 18.21ss), quando o
povo ainda se encontrava em seu estágio nômade, os dízimos eram entregues
aos sacerdotes e levitas, que provavelmente tinham grande necessidade
deles Agora, entretanto, quando o povo estava preparado para entrar na
Palestina e dar início a uma vida estabelecida, é ordenado um uso mais
lato dos dízimos.
14.23 Comerás. O
ofertante podia comer dos dízimos (presume-se, porém, que apenas uma
pequena parte do mesmo), pela festa de comunhão no santuário. Exceção a
isso haveria no terceiro e no sexto ano (28, 29), e também no ano sabático
bissexto (Êx 23.11).
• N. Hom. Grandes bênçãos desfrutadas pelo povo de Deus: 1) Adoção (27);
2) Santificação (2a); 3) Eleição (2b). • N. Hom. Propósitos dos dízimos e
ofertas: 1) Reconhecimento de que Deus é o Doador (23); 2) Sustento do
trabalho ministerial (27); 3) Alívio das necessidades dos outros (29).Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34