Gênesis 23 — Exposição Bíblica

Exposição Bíblica




Gênesis 23

23.20 O CAMPO... EM POSSESSÃO. As Escrituras revelam que o único pedaço de terra em Canaã que Abraão chegou a possuir em cumprimento da promessa de Deus, foi o de uma sepultura (Hb 11.8,9; At 7.2-5). Os descendentes de Abraão começaram a possuir a terra prometida somente nos tempos de Josué. Esse fato indica aos que vivem a vida de fé, que somente após o final da jornada terrena é que virá a recompensa integral pela fé em Deus (Hb 11.13). Os crentes, assim como Abraão, não devem se apegar inteiramente às coisas deste mundo, mas, antes, aspirar uma pátria melhor, onde Deus já lhes preparou uma cidade (Hb 11.16; ver 11.10 nota).

23:2 HEBROM. — Era uma cidade muito antiga, construída sete anos antes de Zoã no Egito (Nm 13:22), provavelmente por uma tribo de semitas a caminho do Delta. Fica bem na fronteira do Neguebe de Judá, cerca de vinte e duas milhas ao sul de Jerusalém. Originalmente foi chamado Kirjath-arba, e embora Arba seja chamado de “o pai de Anak” (Jos 15:13), ainda assim o significado literal da Cidade dos Quatro (arba é o numeral hebraico quatro), juntamente com o fato de que Hebron significa aliança (Gn 13:18), sugere que sua construção foi fruto da união de quatro famílias; e depois, a partir do nome da cidade, Arba pode ter sido frequentemente usado como nome próprio. Na conquista da Palestina havia descendentes de Anaque ainda morando lá, e aparentemente eles haviam restaurado o antigo título, mas foram expulsos por Calebe (Js 15:14), que o tomou como sua posse, e parece ter dado seu nome a um neto, como memorial de sua vitória (1Cr. 2:42). Ainda é uma cidade importante, com uma população de 17.000 muçulmanos e cerca de 600 judeus.

ABRAÃO VEIO LAMENTAR. — Nesse período, Abraão estava na posse silenciosa de vários quartéis-generais, e aparentemente ele próprio estava em Berseba quando Sara morreu em Hebrom, onde provavelmente ele havia deixado Isaque encarregado de sua mãe e do gado.

23:4 LOCAL DE SEPULTAMENTO. Embora os estrangeiros possam pastar seu gado nas colinas abertas, ainda assim o consentimento dos nativos parece ter sido necessário antes que Abraão pudesse ocupar qualquer local permanentemente (Gn 15:13; Gn 20:15). Ele agora queria ainda mais, e para a apropriação efetiva de qualquer porção do solo era necessário um pacto público e uma compra, que deveria ser ratificada não apenas pelo vendedor, mas pelo consentimento de toda a tribo, reunida em plena assembleia no portão da cidade. Assim, apesar de seu poder e riqueza, Abraão, no que diz respeito à sua posição legal para com os habitantes, era apenas um estrangeiro e peregrino (Hb 11:9), e só poderia garantir um lugar de descanso para seus mortos com o consentimento deles.

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