Atos 13 — Comentário Devocional

Atos 13

13.1 - Que variedade existe na Igreja! O ponto comum entre aqueles cinco homens era sua profunda fé em Cristo. Nunca devemos excluir alguém a quem Cristo tenha chamado para segui-lo! 

13.2.3 A igreja separou Barnabé e Saulo para a obra que Deus tinha para eles. “Separar” significa “apartar” para um propósito especial. Nós também devemos separar nossos pastores, missionários e obreiros cristãos para suas tarefas. Também podemos usar nosso tempo, dinheiro e talentos para a obra de Deus. Pergunte a Deus o que Ele quer você separe para Ele. 

13.2, 3 - Esse foi o início da primeira viagem missionária de Saulo (Paulo; ver 13.9). A igreja estava envolvida no envio de Paulo e Barnabé, mas o plano era de Deus. Por que Paulo e Barnabé foram a tais lugares? (1) Por que o Espírito Santo os dirigiu. (2) Eles seguiram pelas estradas do Império Romano, o que tornou a viagem mais fácil. (3) Visitaram populações e centros culturais importantes, a fim de alcançarem tantas pessoas quanto fosse possível. (4) Foram a cidades que possuíam sinagogas; falaram primeiro aos judeus, com a esperança de que estes recebessem a Jesus como o Messias e ajudassem a divulgar as Boas Novas aos demais povos. 

13.4 - Localizada no mar Mediterrâneo, a ilha de Chipre, com uma grande população judaica, era o lar de Barnabé. A primeira parada dos apóstolos foi em território familiar. 13.6,7 Sérgio Paulo tinha a função de governador da ilha. Tais lideres frequentemente mantinham feiticeiros particulares. Barje sus percebeu que, se Sérgio Paulo cresse em Jesus, ele logo perderia seu emprego. 13.9,10- Essa foi a primeira vez que Saulo foi chamado de Paulo. 

13.10 - O Espírito Santo levou Paulo a confrontar Barjesus e seu pecado. Há momentos em que devemos ser agradáveis e outros em que devemos confrontar as pessoas com seus erros. Peça a Deus que lhe dê discernimento quanto às pessoas e situações e que o encoraje a fazer o que é correto. 

13.13 - Nenhuma razão é dada para o fato de João Marcos ter deixado Paulo e Barnabé. Talvez Marcos (1) estivesse com saudades de casa: (2) temesse ser liderado por Paulo, e não por Barnabé (seu primo): (3) tivesse adoecido (Gl 4.13): (4) não conseguisse resistir ao rigor e aos perigos da viagem missionária ou (5) tivesse planejado ir apenas até aquele ponto, mas não comunicara o fato a Paulo e Barnabé. Paulo implicitamente acusou João Marcos de falta de coragem e compromisso com a obra de Deus e recusou-se a levá-lo em outra viagem (ver 15.37, 38). Porém, fica claro nas cartas posteriores de Paulo que elo passou a respeitar Marcos (Cl 4.10) e que precisou dele em seu trabalho (2 Tm 4.11). 

13.14 - Essa é Antioquia da Pisídia, e não a da Síria, onde já existia uma igreja florescente (11.26). A Antioquia da Pisídia era uma importante rota e centro de comércio, com uma grande população de judeus.

13.14 - Quando foram a uma nova cidade testemunhar a respeito de Cristo. Paulo e Barnabé primeiro apareceram na sina goga. Os judeus que lã estavam creram em Deus e passaram a estudar diligentemente as Escrituras. Porém, tragicamente, muitos não aceitaram a Jesus como o Messias prometido, porque tinham uma ideia equivocada sobre o tipo de Messias que Ele seria. Jesus não era, como desejavam, um líder militar que destituiria o controle de Roma. e sim o Rei que veio como servo e derrotou o pecado no coração das pessoas; somente mais tarde, quando Cristo retornar, Ele julgará as nações do mundo. Paulo e Barnabé não se afastaram das sinagogas; tentaram mostrar claramente que as Escrituras que os judeus estudavam apontavam para Jesus. 

13.14, 15 - O que acontecia em um culto na sinagoga? Primeiro, era recitado o Shema (o texto em Dt 6.4, uma passagem que os judeus repetiam várias vezes ao dia). Depois, oravam e faziam a leitura de um texto do Pentateuco (de Gênesis a Deuteronômio), de um texto dos Profetas, para ilustrar a lei. e havia um sermão. Aqueles que eram responsáveis pelo culto decidiam quem ministraria o culto e quem faria o sermão. A cada semana uma pessoa diferente era escolhida para pregar. Uma vez que era comum o líder da sinagoga convidar os mestres visitantes para ensinar, Paulo e Barnabé normalmente tinham a porta aberta quando visitavam uma sinagoga pela primeira vez. Mas assim que falavam sobre Jesus como o Messias, a porta se fechava. Eles normalmente não eram convidados novamente pelos líderes religiosos, e às vezes até eram expulsos das cidades! 

13.16ss - A mensagem de Paulo aos judeus na sinagoga de Antioquia começou com uma ênfase na aliança de Deus com Israel. Este era um ponto de acordo, porque todos os judeus tinham orgulho de ser o povo escolhido de Deus. Então Paulo continuou a explicar como as Boas Novas representam o cumprimento da aliança. Mas, para alguns judeus, foi difícil aceitar esta mensagem. 

13.23-31 - Por falar a judeus devotos. Paulo começou seu discurso lembrando-lhes da aliança de Deus com Abraão e Davi, e de outros temas familiares. Mais tarde, quando falou aos filósofos gregos em Atenas (17.22-32), Paulo começou fazendo um comentário sobre o que observou na cidade. Em ambos os casos, porém, o tema central do sermão do apóstolo era Cristo; ele enfatizou a ressurreição. Ao compartilhar as Boas Novas, comece seu discurso pelo ponto em que seus ouvintes estão. e. em seguida, fale a respeito de Cristo. 

13.38,39 - Esse é o foco das Boas Novas: o perdão dos peca dos e a libertação da culpa estão disponíveis a todas as pessoas, inclusive a você, por meio da fé em Cristo. Você recebeu este perdão? É renovado todos os dias pelo pensamento de que está agindo corretamente em relação a Deus? 

13.42-45 - Os líderes judeus indubitavelmente trouxeram ã tona argumentos teológicos contra Paulo e Barnabé, mas Lucas nos contou qual era a verdadeira razão da hostilidade dos judeus: a inveja. Quando vemos outros alcançando o sucesso, e não o alcançamos nem recebemos o reconhecimento que almejamos, é difícil nos regozijarmos com eles. A inveja é nossa reação natural. Mas como ó trágico quando nossos sentimentos de inveja tentam nos impedir de fazer a obra de Deus. Se a obra é de Deus, regozije-se; não importa quem a esteja fazendo. 

13.46 - Por que era necessário que as Boas Novas chegassem primeiro aos judeus? Deus planejou que por intermédio da nação judaica todo o mundo viesse a conhecê-lo (Gn 12.3). Paulo, um judeu, amava seu povo (Rm 9.I-5) e queria dar-lhe a oportunidade de unir-se a ele na proclamação da salvação de Deus. Infelizmente, muitos judeus não reconheceram a Jesus como o Messias e não entenderam que Deus oferecia a salvação a todos, judeus e gentios, que fossem a Ele por meio da fé em Cristo. 

13.47 - Deus planejou que Israel fosse essa luz (Is 49.6). De Israel, nasceu Jesus, a Luz das nações (Lc 2.32). Esta Luz se expandi ria e iluminaria os gentios. 

13.50 - Em vez de aceitar a verdade, os líderes judeus provocaram oposição e lançaram Paulo e Barnabé fora da cidade. Quando confrontadas por uma verdade perturbadora, as pessoas frequentemente se afastam e recusam-se a ouvir. Quando o Espírito Santo mostra que há necessidade de mudança em nossa vida, devemos ouvi-lo. Caso contrário, podemos afastar a verdade para tão longe, que esta não mais nos afetará. 

13.51 - Frequentemente, os judeus sacudiam o pó de seus pés quando deixavam uma cidade gentílica em direção à sua terra. Este ato representava a purificação dos judeus que se sentiam contaminados por estarem perto daqueles que não adoravam a Deus. O fato de Paulo e Barnabé sacudirem o pó de seus pés, ao saírem das cidades judaicas, em decorrência dos judeus terem rejeitado as Boas Novas, indicava que estes verdadeiramente não faziam parte do povo de Deus nem eram melhores e mais puros do que os pagãos. Jesus havia dito a seus discípulos que deveriam sacudir o pó de seus pés de qualquer cidade que não os aceitasse ou não os ou visse (Mc 6.11). Os discípulos não seriam culpados se a mensagem fosse rejeitada, desde que a tivessem pregado fielmente. Quando compartilhamos a mensagem de Cristo cuidadosa e sensivelmente, Deus não nos considera responsáveis pela decisão de outras pessoas.