Atos 4 — Comentário Devocional
Comentário Devocional
Atos 4
4.1 - Esses sacerdotes tinham uma influência especial; frequentemente eram parentes próximos do sumo sacerdote. O capitão da guarda do Templo comandava os soldados que ficavam ao redor do Templo para assegurar a ordem. Os saduceus eram membros de uma pequena, porém poderosa, seita religiosa judaica que não acreditava na ressurreição dos mortos. Eles foram os líderes religiosos que obtiveram lucros financeiros por cooperarem com os romanos. A maioria daqueles que planejaram e executaram a prisão e a crucificação de Jesus fazia parte desses três grupos.
4.2, 3 - Pedro e João falaram ao povo durante a oração da tarde. Os saduceus rapidamente investigaram. Por não acreditarem na ressurreição, ficaram transtornados com o que os apóstolos disseram. Pedro e João refutaram uma das convicções fundamentais dos saduceus. deste modo, ameaçaram a autoridade deles como mestres religiosos. Embora a nação judaica estivesse sob o comando romano, os saduceus tinham poder quase ilimitado sobre o Templo. Por isso prenderam Pedro e João apenas por ensinarem algo que não estava de acordo com as convicções deles.
4.3 - Nem sempre compartilhar as Boas Novas nos levará à prisão, como ocorreu com Pedro e João. Mesmo assim, corremos riscos ao tentar levar o conhecimento de Cristo a outras pessoas. Talvez estivéssemos dispostos a enfrentar uma noite na prisão se isto levasse cinco mil pessoas a Cristo, mas também não de veríamos estar dispostos a sofrer por causa de uma pessoa? A que você se arrisca ao testemunhar? A ser rejeitado, persegui do? Qualquer que seja o risco, perceba que nada do que é feito para Deus é perdido.
4.5, 6 - Os principais, os anciãos e os escribas formavam o alto conselho judaico, o mesmo que condenou Jesus ã morte (Lc 22.66). O Sinédrio tinha 70 membros, mais o sumo sacerdote que presidia o grupo. Os saduceus eram maioria dos principais. Eram os homens ricos, intelectuais e poderosos de Jerusalém. Assim como Jesus, os seus seguidores também foram levados à presença daquele supremo conselho.
4.6 - Anás fora deposto da condição de sumo sacerdote pelos romanos, que designaram Caifás, seu genro, para ocupar seu lugar. Mas como os judeus consideravam o sumo sacerdócio uma função vitalícia, ainda se referiam a Anás como sumo sacerdote e respeitavam-no; sendo assim, ele ainda tinha autoridade no Sinédrio. Anás e Caifás tiveram papéis significativos no julga mento de Jesus (Jo 18.24, 28). Não os agradava saber que o homem que pensavam ter sacrificado para o bem da nação (Jo 11.49-51) tinha seguidores tão persistentes e que prometiam ser tão importunos quanto Ele.
4.7 - O Sinédrio perguntou a Pedro e a João com que poder haviam curado o homem coxo (3.6,7) e com que autoridade pregavam (3.12-26). As ações e palavras de Pedro e João ameaçavam aqueles líderes religiosos que, na maioria das vezes, estavam mais interessados em sua reputação e posição do que em Deus. Com a ajuda do Espirito Santo (Mc 13.11). Pedro falou corajosamente perante o Sinédrio, colocando-o realmente á prova, ao mostrar que aquEle a quem crucificaram havia ressuscitado. Em vez de assumirem uma posição defensiva, os após tolos falaram corajosamente a respeito de Deus, apresentando as Boas Novas aqueles líderes.
4.11 - A pedra angular une duas paredes no canto de um edifício, mantendo-o estável. Pedro disse que os judeus rejeitaram Jesus, mas Ele era a Pedra angular da Igreja (Sl 118.22; Mc 12.10; 1 Pe 2.7). Sem Jesus a Igreja não existiria; não seria capaz de resistir às pressões.
4.12 - Muitas pessoas reagem negativamente ao fato de não existir um outro nome além do de Jesus ao qual possam clamar por salvação. Mas isto não foi algo que a igreja decidiu, foi o ensinamento do próprio Senhor Jesus Cristo (Jo 14.6). Tendo em vista que Deus designou a Jesus para ser o Salvador do mundo, ninguém mais pode ser igual a Ele. Os cristãos devem ter a mente aberta para muitos assuntos, porém não devem questionar por intermédio de quem somos salvos do pecado, afinal, nenhum outro mestre religioso poderia morrer por nossos peca dos; nenhum outro veio à terra como o único Filho de Deus; e nenhum outro ressuscitou dos mortos. Nosso foco deve estar em Jesus, que foi dado pelo Pai como mediador, a fim de que o homem pudesse ter uma relacionamento eterno com Deus. Não existe qualquer outro nome ou caminho!
4.13 - Sabendo que Pedro e João não tinham instrução, o Sinédrio ficou perplexo ao constatar o progresso intelectual que a convivência com Jesus acarretou àqueles homens. Uma vida transformada convence as pessoas quanto ao poder de Cristo. Um de nossos maiores testemunhos é a diferença que os outros veem em nossa vida quando passamos a crer em Cristo.
4.13-18 - Embora as evidências fossem óbvias e irrefutáveis (vidas transformadas e um homem curado), os líderes religiosos se recusaram a crer em Cristo e continuaram tentando suprimir a verdade. Não fique surpreso se algumas pessoas rejeitarem você e seu testemunho positivo a respeito de Cristo. Quando a mente das pessoas está fechada, nem mesmo a apresentação mais clara dos fatos é capaz de abri-la. Mas não desista! Ore por tais pessoas e continue a divulgar as Boas Novas!
4.20 - Às vezes não compartilhamos nossa fé em Cristo por medo de as pessoas nos rejeitarem ou sentirem-se incomoda das conosco. Mas o fervor e o zelo de Pedro e João pelo Senhor eram tão fortes que eles não puderam calar-se, mesmo quando se sentiram ameaçados. Se sua coragem para testemunhar a respeito de Deus está enfraquecida, ore para que a sua ousadia seja aumentada. Lembre-se da promessa de Jesus: "Qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus" (Mt 10.32).
4.24-30 - Note como os cristãos oravam. Primeiro louvavam a Deus; então contavam a Ele o problema específico e pediam a ajuda dEle. Não pediam que Deus removesse o problema, mas que os ajudasse a resolvê-lo. Este é um modelo que devemos seguir quando orarmos. Podemos pedir a Deus para remover nossos problemas, e Ele pode escolher fazê-lo. Mas devemos reconhecer que, frequentemente, Ele permite um problema e nos dá a força e a coragem necessárias para resolvê-lo.
4.27 - Herodes Antipas fora designado pelos romanos para governar o território da Galileia, e Pôncio Pilatos era o governador romano da Judeia. Ele se curvou diante da pressão da multidão e sentenciou Jesus à morte. Para obter mais informações sobre Herodes. ver seu perfil em Marcos. Para saber mais sobre Pilatos, ver seu perfil em Marcos.
4.28 - Deus é o Senhor soberano sobre todos os acontecimentos: Ele comanda a História de forma que esta cumpra o seu propósito. O que sua vontade determina, seu poder executa. Nenhum exército, governo ou conselho pode obstruir o caminho de Deus.
4.29-31 - A ousadia não é impulsividade inconsequente. Ela exige coragem para vencer nossos medos e para fazer o que sabemos ser correto. Como podemos ser mais ousados? Assim como os discípulos, precisamos orar com outros irmãos, pedindo tal ousadia. Para adquiri-la, você pode: (1) orar para receber poder e coragem do Espirito Santo. (2) buscar oportunidades em sua família e sua vizinhança para falar a respeito de Cristo; (3) perceber que a rejeição, o desconforto social e as dificuldades não são necessariamente perseguições; e (4) começar por onde estiver sendo mais ousado, mesmo que em pequenos gestos.
4.32 - As diferenças de opinião são inevitáveis em meio às diversas personalidades, e podem ser realmente úteis se forem bem conduzidas. Mas a unidade espiritual é essencial; ela pressupõe a lealdade, o comprometimento e o amor a Deus e à sua Palavra. Sem a unidade espiritual, a Igreja não poderia sobreviver. Paulo escreveu a primeira carta aos coríntios para exortar a Igreja naquela cidade a uma maior união.
4.32 - Nenhum daqueles cristãos sentia que os bens eram propriamente deles, por isso foram capazes de compartilhá-los, eliminando a pobreza de seu meio. Não deixariam um irmão ou irmã sofrerem enquanto tinham abundância. Como você se sente a respeito de seus bens materiais? Devemos entender que tudo o que temos vem de Deus, e que estamos apenas administrando o que é dEle.
4.32-35 - A Igreja Primitiva compartilhava bens e propriedades como resultado da união trazida pelo Espírito Santo, que trabalha na vida dos cristãos e por intermédio deles. Este modo de viver era diferente do comunismo porque: (1) o ato de compartilhar era voluntário; (2) não envolvia todas as propriedades privadas, apenas o necessário; e {3) não era um requisito da comunidade para poder tornar-se um membro da igreja. A união e a generosidade espiritual dos primeiros cristãos atraiam outros. Aquela estrutura organizacional não é uma ordenança bíblica, mas nos ensina importantes princípios dignos de serem adotados. 4.36 Barnabé (José) era um respeitado líder da Igreja. Era um levita de nascença, um membro da tribo judaica que desempenhava as tarefas do Templo. Mas a família dele mudou-se para Chipre, e Barnabé não ficou servindo no Templo. Ele viajou com Paulo em sua primeira viagem missionária (13.1SS). Para mais informações sobre Barnabé.
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