Árvore Plantada Junto ao Ribeiro
Panorama do Antigo Testamento
Mais estudos: Introdução ao Livro de Salmos - Visão Geral do Livro de Salmos - Lições de Salmos - O Salmos 119 Enaltece a Palavra de Deus - Título do Livro de Salmos - Estudo do Livro de Salmos - Panorama do Livro de Salmos - Inspiração do Livro de Salmos - Teologia do Livro de Salmos - Comentário do Livro de Salmos - Interpretação do Livro de Salmos - Uso Litúrgico do Livro de Salmos - Classificação Literária do Livro de Salmos - Introdução Literária do Livro de Salmos - Devemos Recitar os Salmos?
Mais sobre Salmo 1:
Salmos 1 — Comentário de Matthew Henry
Significado de Salmo 1
Comentário Devocional de Salmo 1
Mais sobre Salmo 1:
Salmos 1 — Comentário de Matthew Henry
Significado de Salmo 1
Comentário Devocional de Salmo 1
Gênesis 1
O salmista começa com o caráter e a condição de um homem devoto, aquele que pode primeiramente experimentar o conforto que lhe pertence. Aqui está:
Uma descrição do espírito e do caminho do homem devoto, que nós mesmos devemos experimentar. O Senhor conhece aqueles que são seus por nome, mas nós devemos conhecê-los por seu caráter. Isso é agradável a um estado de provação que nós podemos estudar para responder ao caráter, que é de fato tanto a ordem da lei a que estamos sujeitos com a obrigação de obedecer quanto a condição da promessa a que nós estamos sujeitos e interessados em realizar. O caráter de um homem bom é mostrado aqui por meio das regras que ele escolhe seguir e tomai- providências. O que nós levamos na nossa partida e em cada volta, como guia da nossa conversa, seja no curso desse mundo ou na palavra de Deus, tem consequências materiais. Um erro na escolha do nosso padrão de conduta pode ser fatal; porém, se nós estamos bem aqui, isso significa que nós estamos no caminho justo para fazer o bem.
1. Um homem devoto que quer evitar o mal renuncia formalmente ao companheirismo dos malfeitores e não será conduzido por eles (v. 1): Ele “não anda segundo o conselho dos ímpios’’. Essa característica do seu caráter é colocada em primeiro lugar, porque aqueles que manterão os mandamentos do seu Deus devem dizer aos malfeitores: “Apartai-vos de nós” (SI 119.115) e apartar-se do mal é onde começa a sabedoria. (1) Ele vê malfeitores ao seu redor; o mundo está cheio deles; eles caminham por todos os lados. Eles são aqui descritos por três características: ímpios, pecadores e escarnecedores. Observe quais são os passos que os homens dão para chegar à altura da impiedade. Nemo repente fit turpissimus - Ninguém alcança o auge do vício de uma vez. Eles são primeiro ímpios, afastando-se do temor de Deus e vivendo na negligência de suas obrigações para com ele: mas lá eles não descansam. Quando os cultos são deixados de lado, eles se tornam pecadores, ou seja, eles começam uma rebelião aberta contra Deus e envolvem-se no culto ao pecado e a Satanás. As omissões abrem caminho para as comissões e assim o coração fica tão endurecido que aos poucos eles se tornam escarnecedores, isto é, eles desafiam abertamente tudo que é sagrado, zombam da religião e do pecado. Então o caminho da iniquidade é um declive; os maus tendem a piorar, os pecadores tornam-se tentadores dos outros e advogados de Baal. Aqueles que nós chamamos de ímpios são instáveis, não almejam um fim certo e caminham em suas próprias regras, e eles estão no comando de toda cobiça e por trás de cada tentação. Os pecadores são determinados pela prática do pecado e o praticam como se fosse o negócio deles. Os escarnecedores são aqueles que voltam as suas bocas contra o céu. Isso o homem bom vê com o coração triste; eles são uma aflição constante para a sua alma íntegra. Entretanto: (2) Ele foge deles sempre que os vê. Ele não faz como eles fazem; e por isso, ele não conversa familiarmente com eles. [1] Ele “não atida segundo o conselho dos ímpios’’. Ele não está presente em seus conselhos, nem recebe deles aconselhamento; mesmo eles sendo tão espirituosos, sutis e estudados, se eles são ímpios, não devem ser os homens do seu conselho. Ele não consente com eles, nem “consente com seus atos” (Lc 23.51). Ele não consente com eles, nem “consente no conselho deles” (Lc 23.51). Ele não toma os princípios deles como parâmetro, nem age segundo os conselhos que eles dão e pedem. Os ímpios têm a tendência de dar seus conselhos contra a fé e isso é gerenciado de forma tão astuciosa que nós temos motivos para ficarmos felizes se conseguirmos evitar ser corrompidos e enlaçados por isso. [2] Ele “nem se detém no caminho dos pecadores”; ele evita agir como eles agem; o caminho deles não deve ser o caminho do crente; ele não herdará isso, muito menos dará continuidade a isso, como faz o pecador, que “põe-se no caminho que não é bom” (SI 36.4). Ele evita (o quanto pode) ser como eles são. Ele não pode imitá-los, ele não se associará a eles, nem os escolherá para companhia dele. Ele não fica no caminho deles para ser escolhido por eles (Pv 7.8), mas permanece longe deles como de um lugar ou indivíduo infectado por uma peste, por medo de contágio (Pv 4.14,15). Aquele que quer se manter longe do mal deve se afastar do caminho do mal. [31] Ele “nem se assenta na roda dos escarnecedores”; ele não descansa com aqueles que se firmam em sua loucura e se satisfazem com a sequidão de suas consciências. Ele não se relaciona com aqueles que se sentam a fim de fazer intriga, para descobrir maneiras e sentidos de apoiar e promover o reino do diabo, ou que fazem um julgamento aberto e direto para condenar a geração dos justos. O assento dos bêbados é “a canção dos bebedores de bebida forte” (SI 69.12). Feliz é o homem que nunca se assenta com eles (Os 7.5).
2. Um homem devoto e que faz aquilo que é bom fiel, submete-se à orientação da palavra de Deus e se familiariza com ela (v. 2). E isso que o mantém longe do caminho do ímpio e o fortifica contra as tentações. “Pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor” (SI 17.4). Nós não precisamos cortejar a sociedade dos pecadores, nem por prazer, nem por superioridade, quando nós temos sociedade com a palavra de Deus e com o próprio Deus, pela sua palavra. “Quando acordares, falará contigo” (Pv 6.22). Nós devemos julgar nosso estado espiritual com a pergunta: “O que a lei de Deus é para nós? O que nós devemos fazer dela? Que lugar ela tem em nossa vida?” Veja aqui: (1) Toda afeição que um homem bom tem pela lei de Deus: tem o seu prazer nela. Ele tem prazer nela, mesmo sendo uma lei, uma regra, porque é a lei de Deus, que é santa, justa e boa, e que ele consente livremente seguir e tem então prazer nela, “segundo o homem interior” (Rm 7.16,22). Todos aqueles que estão satisfeitos por existir um Deus devem estar satisfeitos pela existência da Bíblia, a revelação de Deus, da sua vontade e do único caminho para a felicidade nele. (2) O conhecimento íntimo que um homem devoto tem com a palavra de Deus: “na sua lei me m e dita de dia e de noite”-, e assim seu prazer parece estar nela, pois nós amamos pensar naquilo que amamos (SI 119.97). Meditar na palavra de Deus é aprofundar nosso entendimento sobre os grandes temas contidos nela, com uma aplicação imediata, uma fixação de pensamento, até que nós estejamos adequadamente influenciados por tais conteúdos e experimentemos o seu sabor e poder em nosso coração. Isso nós devemos fazer “de dia e de noite”-, nós devemos ter um hábito constante de respeitar a palavra de Deus como o regulamento das nossas ações e a libertação do nosso conforto e, consequentemente, nós devemos tê-la em nossos pensamentos, em qualquer situação da vida, seja dia ou noite. Não há tempo inadequado para meditar na palavra de Deus, nem estação imprópria para tais meditações. Nós não apenas devemos nos voltar para a meditação na palavra de Deus de manhã e à tarde, ao nascer do dia e da noite, mas esses pensamentos devem se entremear com os assuntos e conversas de todos os dias e com o repouso e descanso de todas as noites. Ao acordarmos eles ainda estarão em nossa mente e coração. n Uma garantia é dada no que diz respeito à felicidade do homem devoto, o que deveria nos encorajar a seguir o seu caráter. 1. Em geral, ele é abe do (SI 5.1). Deus o abençoa e bem-aventuranças, bênçãos e inferiores, são suficientes para fazê-lo completamente feliz; nenhum dos ingredientes da felicidade deve lhe faltai-. Quando o salmista responsabiliza-se por descrever um homem abençoado, ele descreve um homem bom; pois apesar de tudo eles só são felizes, verdadeiramente felizes, se forem santos, verdadeiramente santos; e nós estamos mais preocupados em conhecer o caminho para a felicidade do que em conhecer em que consiste tal felicidade. Não, a bondade e a santidade não são apenas o caminho para a felicidade (Ap 22.14), e sim a felicidade em si; supondo que não existisse vida eterna, o homem feliz seria aquele que se mantém no caminho dos seus deveres. 2. Sua bem-aventurança é aqui ilustrada com uma comparação (v. 3): ele será como a árvore, frutífera e florida. Este é o efeito: (1) Da sua prática piedosa; ele medita na lei de Deus, tornando-a in succum et sangui nem - suco e sangue, e isso faz dele parecido com uma árvore. Quanto mais nós meditamos na palavra de Deus, mais munidos nós estamos para toda a boa obra e trabalho. Ou: (2) Da bênção prometida; ele é abençoado pelo Senhor e, portanto, ele será como a árvore. A bênção divina produz efeitos reais. Esta é a felicidade de um homem devoto: [1] Que ele é plantado pela graça de Deus. Essas árvores são por natureza oliveiras selvagens, e continuarão assim até que sejam plantadas novamente, mas plantadas por um poder do céu. Nunca uma árvore cresce por si só; ela é a. plantação do Senhor, e por isso Ele deve ser glorificado (Is 61.3). [2] Que ele é planta do pelos meios da graça, chamados aqui de ribeiros de águas, aqueles rios que “alegram a cidade de Deus” (SI 46.4); daí um homem bom recebe suprimentos de força e vigor, mas de maneira secreta e desapercebida. [3] Que as suas práticas frutificarão, ficando cheias de boas considerações (F1 4.17). Para aqueles a quem Deus primeiramente abençoou, ele disse: “frutificai” (Gn 1.22), e assim o conforto e a honra da fecundidade são uma recompensa pelo seu trabalho árduo. Espera-se daqueles que desfrutam das misericórdias da graça que, tanto no temperamento das suas mentes quanto no sentido das suas vidas, eles cumpram as intenções de tal graça e produzam frutos. E espera-se, para o louvor do grande adornador da videira, que eles produzam seus frutos (o que é requerido deles) na devida estação, quando eles são mais belos e de maior utilidade, aproveitando cada oportunidade de fazer o bem e fazê-lo no tempo certo. [4] Que a sua profissão deve ser preservada de ser mancha da e sacrificada: suas folhas não caem. Para aqueles que trazem apenas as folhas da profissão, sem qualquer bom fruto, até mesmo as suas folhas secarão e eles ficarão envergonhados de sua profissão, como um dia tiveram orgulho dela; todavia, se a palavra de Deus governa o coração, isso manterá a profissão vicejante, para o nosso conforto e para o nosso crédito; desse modo, os louros conquistados nunca secarão. [5] Que a prosperidade está presente aonde quer que ele vá, prosperidade de alma. O que quer que ele faça, conforme a lei, prosperará, conforme o seu pensamento ou acima do que esperava.
Ao cantar esses versos, e considerar que somos afetados pela natureza maligna e perigosa do pecado, e pensar nas excelências da lei divina e no poder e na eficácia da graça de Deus, através da qual o nosso fruto é produzido, nós devemos advertir uns aos outros a vigiar contra o pecado e evitar toda aproximação em direção a ele, além de meditar muito na palavra de Deus e ter fartura do fruto da retidão; e ao orar por isso, nós devemos buscar a Deus e suplicar a sua graça, para nos fortalecer contra cada palavra e obra má e para nos conceder palavras e ações boas.