Romanos 12 — Comentário Devocional

Romanos 12

Romanos 12 é um capítulo repleto de orientações práticas para a vida cristã. Oferece insights sobre como viver uma vida transformada pela renovação de sua mente. Aqui estão algumas aplicações de vida baseadas em Romanos 12:

1. Renda-se a Deus:
Romanos 12:1 nos encoraja a nos oferecermos como sacrifícios vivos a Deus. Aplicação para a vida: Dedique sua vida a Deus diariamente, entregando sua vontade e desejos ao Seu plano e propósitos.

2. Transformação através da Renovação:
Romanos 12:2 exorta-nos a não nos conformarmos com o padrão deste mundo, mas a sermos transformados pela renovação das nossas mentes. Aplicação para a vida: Cultive o hábito de ler e estudar a Bíblia para renovar sua mente e alinhar seus pensamentos com a verdade de Deus.

3. Humildade no Serviço:
Romanos 12:3 enfatiza a humildade em nossa autoavaliação. Aplicação para a vida: Aproxime-se do seu serviço a Deus e aos outros com humildade, reconhecendo que os seus dons e habilidades são dados por Deus para Sua glória.

4. Use seus dons espirituais:
Reflita em Romanos 12:6-8, que discute a diversidade dos dons espirituais. Aplicação para a vida: Descubra seus dons espirituais e use-os ativamente para a edificação da igreja e o avanço do reino de Deus.

5. Amor Genuíno:
Romanos 12:9-10 exige amor genuíno uns pelos outros. Aplicação para a vida: Esforce-se para amar os outros com sinceridade, demonstrando bondade, empatia e cuidado em seus relacionamentos com irmãos e não-crentes.

6. Hospitalidade e Generosidade:
Romanos 12:13 incentiva a hospitalidade e a generosidade. Aplicação para a vida: Estenda a hospitalidade aos outros, não apenas em sua casa, mas em seu coração, oferecendo seu tempo, recursos e amor aos necessitados.

7. Abençoe seus perseguidores:
Em Romanos 12:14, Paulo nos aconselha a abençoar aqueles que nos perseguem. Aplicação na vida: Procure responder às adversidades com espírito semelhante ao de Cristo, demonstrando amor e perdão mesmo em situações difíceis.

8. Empatia e Alegria:
Romanos 12:15 incentiva a empatia no luto com aqueles que choram e a alegria com aqueles que se alegram. Aplicação na vida: Seja sensível às emoções dos outros, oferecendo conforto e celebração conforme apropriado.

9. Viva em Harmonia:
Romanos 12:16 exige que vivamos em harmonia uns com os outros. Aplicação na vida: Esforce-se pela unidade e pela paz em seus relacionamentos, trabalhando pela reconciliação e compreensão em tempos de conflito.

10. Supere o Mal com o Bem:
Romanos 12:21 aconselha vencer o mal com o bem. Aplicação na vida: Responda às ações ou atitudes negativas com amor, perdão e atos de bondade, confiando na capacidade de Deus de transformar corações.

11. Sejam Agentes de Mudança:
Paulo nos encoraja a não sermos vencidos pelo mal, mas a vencer o mal com o bem (Romanos 12:21). Aplicação na vida: Seja proativo em causar um impacto positivo na sua comunidade e no mundo, vivendo a sua fé de maneiras práticas.

12. Genuíno e Sincero:
Em Romanos 12:9, Paulo pede um amor genuíno e sincero. Aplicação para a vida: Esforce-se pela autenticidade em sua fé. Deixe que o seu amor a Deus e aos outros seja sincero e genuíno, em vez de apenas uma demonstração externa.

Ao aplicar estes princípios de Romanos 12 à sua vida, você pode viver a sua fé de maneiras práticas, promover relacionamentos saudáveis e ser uma influência positiva na sua comunidade, refletindo o amor de Cristo nas suas ações e atitudes.

Devocional

12.1 De acordo com a lei, ao sacrificar um animal, o sacerdote deveria matá-lo. cortá-lo em pedaços e colocar sobre o altar. O sacrifício era importante, mas, mesmo no AT. Deus deixou bem claro que a obediência do coração era muito melhor (ver 1 Sm 15.22; Sl 40.6; Am 5.21-24). Deus deseja que nos ofereçamos como sacrifício vivo. Ele não quer o sacrifício de animais. Isto significa que devemos deixar de lado os nossos desejos para segui-lo, colocando toda nossa energia e recursos de sua disposição, confiando nEle para nos guiar. Agimos deste modo como uma demonstração de nossa gratidão, por nossos pecados terem sido perdoados.

12.1, 2 Deus tem planos bons, agradáveis e perfeitos para seus filhos. Ele quer que nos transformemos em pessoas com mentes renovadas, que vivam para obedecê-lo e honra-lo. Tendo em vista que Deus deseja somente o melhor para nós e deu seu Pilho para tornar essa nova viria possível, com toda alegria, devemos oferecer-nos a Ele como sacrifício vivo e colocar-nos a seu serviço.

12.2 Paulo preveniu os irmãos em Cristo: ‘Não vos conformeis com este mundo”. Os cristãos prudentes concluem que grande parte do comportamento mundano foi descartado. Entretanto, nossa recusa em nos conformarmos com os valores desse mundo deve ir muito além de comportamentos e costumes; deve estar firmada em nossa mente. Deixe Deus transformá-lo em uma nova pessoa, mudando sua maneira de pensar! É possível evitar a maioria dos costumes mundanos e continuar a ser orgulhoso, cobiçoso, egoísta, rebelde e arrogante. Somente quando o Espírito Santo renova, reeduca e redireciona nossa mente somos verdadeiramente transformados (ver 8.5).

12.3 Possuir uma auto-estima sadia é importante, porque alguns têm uma péssima impressão de si mesmos: por outro lado, outros se superestimam. A chave para uma avaliação própria sincera e precisa é conhecer a base do nosso valor: nossa identidade em Cristo. De acordo com os padrões eternos, sem Ele não somos capazes de ser bem-sucedidos: mas em Cristo somos valiosos e capazes de desempenhar serviços dignos. Se utilizarmos os padrões do mundo em relação ao sucesso e às realizações, nossa avaliação poderá levar-nos a um conceito muito elevado sobre o que valemos aos olhos dos outros e a perdermos de vista o nosso verdadeiro valor aos olhos de Deus.

12.4, 5 Paulo usou o exemplo do corpo humano para ensinar como os cristãos devem viver e trabalhar juntos. Assim como os membros do corpo funcionam sob o comando do cérebro, também os cristãos devem trabalhar juntos sob o comando e a autoridade de Jesus Cristo (ver 1 Co 12.12-31; Ef 4 .1 -16).

12.4-8 Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar a sua Igreja. Para usá-los eficientemente, de vemos: (1) entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus; (2) entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons: (3) saber quem somos e o que fazemos melhor; (4) dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; (5) estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma.

12.6 Os dons de Deus diferem quanto à sua natureza, poder e eficiência, de acordo com sua sabedoria e bondade, não conforme nossa fé. Deus deseja conceder-nos o poder espiritual necessário e apropriado para desempenharmos cada uma de nossas responsabilidades. Mas não podemos obter mais habilidades e dons mediante nosso esforço e nossa determinação para nos tornarmos servos ou mestres mais eficientes. Deus concede os dons á sua Igreja, distribui a fé e o seu poder conforme a sua vontade. Nossa tarefa é sermos fiéis e procurarmos formas de servir aos outros com aquilo que Cristo nos dá.

Nas Escrituras, profetizar nem sempre significa predizer o futuro. Significa, também, declarar a mensagem de Deus, através dos dons espirituais, para consolar, edificar e exortar (1 Co 14.1-3).

12.6-8 Observe essa lista de dons o imagine o tipo de pessoa que recebeu cada um deles. Os profetas são geralmente corajosos e articulados. Os servos e ministros do evangelho que exercem o ministério são fiéis e leais. Os mestres são aqueles que apresentam um raciocínio claro. Os encorajadores e exortadores sabem motivar os seus semelhantes. Aqueles que repartem são generosos e dignos de confiança. Os líderes são bons organiza- dores e administradores. Aqueles que exercitam misericórdia, demonstrando bondade, são pessoas atenciosas, que se sentem felizes ao dedicar seu tempo aos outros. Seria muito difícil uma pessoa ter todos esses dons. Um profeta ousado geralmente não é um bom conselheiro; aquele que contribui com generosidade poderia falhar como líder. Ao identificar os seus dons, pergunte a si mesmo como poderá usá-los para edificar a família de Deus. Ao mesmo tempo, perceba que ter todos os dons não garantirá a alguém fazer todo o trabalho da igreja. Então, agradeça às pessoas cujos dons são completamente diferentes dos seus. Deixe que suas virtudes compensem as fraquezas dos outros, e seja grato porque os dons destes compensam as suas deficiências. Juntos, podemos edificar a Igreja de Cristo.

12.9 A maioria de nós aprendeu a ser cortês com os outros, a falar gentilmente, evitar ofender os sentimentos alheios e parecer interessado no bem-estar do outro. Podemos até ser muito habilidosos e fingir compaixão, ao ouvir as necessidades alheias, ou indignação, quando sabemos de alguma injustiça. Mas Deus nos conclama a um amor sincero e real que vai muito além da hipocrisia e de um comportamento polido. O amor sincero exige concentração e esforço. Significa ajudar os outros a tomarem-se pessoas melhores. Isso exige nosso tempo, dinheiro e envolvimento pessoal. Nenhum indivíduo tem a capacidade de expressar amor a uma comunidade inteira; mas o corpo de Cristo pode fazê-lo à sua cidade. Procure as pessoas que precisam ser amadas e peça a Deus para mostrar as maneiras pelas quais você e seus companheiros de fé podem demonstrar o amor de Cristo ã comunidade.

12.10 Podemos honrar nossos semelhantes de duas maneiras. Uma inclui outras motivações. Honramos nossos chefes para que nos recompensem, nossos empregados para que trabalhem com mais afinco, os ricos para que contribuam para nossa causa, os poderosos para que usem seu poder em nosso benefício, e não contra nós. A maneira de honrar a Deus envolve o amor. Como cristãos, honramos as pessoas porque foram criadas à imagem de Deus, porque são nossos irmãos em Cristo e porque têm uma contribuição única a fazer à Igreja. Será que a maneira de Deus honrar os outros parece ser muito difícil para sua natureza competitiva? Por que não tentamos sobrepujar os outros na maneira de demonstrar respeito pelos semelhantes? Coloque os outros em primeiro lugar!

12.13 A hospitalidade cristã é diferente de uma reunião social. Nesta existe a figura do anfitrião. A casa deve estar impecável; o alimento muito bem preparado e abundante: o anfitrião deve parecer estar à vontade e de bom humor. A hospitalidade, ao contrário, visa as necessidades do hóspede, um lugar para alojá-lo, um alimento nutritivo, um ouvido atento ou apenas uma boa acolhida. A hospitalidade pode ser encontrada até em uma casa desarrumada; em uma mesa de jantar onde o prato principal seja sopa enlatada: enquanto o anfitrião e o hóspede trabalham juntos nos serviços da casa. Não hesite em oferecer hospitalidade por sentir-se muito cansado, ocupado ou insuficientemente abonado para receber alguém.

12.17-21 Esses versículos resumem a essência de uma vida cristã. Se amarmos alguém da maneira como Cristo nos ama, estaremos dispostos a perdoar. Se já experimentamos a graça divina, desejaremos transmiti-la aos outros. Lembre-se, a graça é um favor que não merecemos. Ao oferecer uma bebida a um inimigo, não estamos ignorando seus delitos, apenas o reconhecendo, perdoando e amando, apesar de seus pecados, exatamente como Cristo fez com cada um de nós.

12.19-21 Nessa época em que há muitas ações judiciais e incessante reivindicação por direitos legais, a prática recomendada por Paulo parece ser quase impossível. Paulo nos aconselhou a sermos amigáveis, em vez de retribuirmos em justa medida, quando alguém nos ofende profundamente. Por que o apóstolo nos disse para perdoarmos os inimigos? Porque (1) o perdão pode quebrar um ciclo de retaliações e levar a uma reconciliação mútua; (2) pode levar o inimigo a envergonhar-se e a mudar de comportamento; e (3) ao pagar o mal com o mal, vamos ferir-nos tanto quanto ferimos nosso inimigo. Mesmo que este nunca se arrependa, ao perdoá-lo, vamos libertar-nos do grande peso da amargura.

12.19-21 O perdão envolve atitudes e ações. Se você considera difícil sentir-se disposto a perdoar alguém que acabou de ofendê-lo, tente responder com atos de bondade. Se for o caso, diga a essa pessoa que gostaria de recuperar seu relacionamento com ela. Estenda a mão, envie um presente, sorria para esta pessoa: você descobrirá que ações corretas levam a sentimentos corretos.

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