Romanos 13 — Comentário Devocional

Romanos 13 — Comentário Devocional

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Romanos 13

13.1 - Existem ocasiões em que podemos desobedecer ao governo? Sim, quando um governo nos obriga a desobedecer a Deus. Jesus e seus apóstolos nunca desobedeceram ao governo por razões pessoais; somente o fizeram para seguir os padrões morais de Deus. Essa desobediência custou-lhes muito caro. Foram ameaçados, agredidos, enviados à pensão, submetidos a torturas e executados por sua fé. Assim como eles, se formos obrigados a desobedecer ao governo, devemos estar prontos para enfrentar as consequências. 

13.1ss - Os cristãos entendem o texto em Romanos 13 de diferentes maneiras. Todos concordam que devemos viver em paz com o Estado, desde que este nos permita viver de acordo com nossas convicções religiosas. Entretanto, por centenas de anos, houve pelo menos três interpretações de como devemos agir em relação ao governo. (1) Alguns cristãos acreditam que o Estado é tão corrupto, que o melhor é envolver-se o mínimo possível com ele. Os cristãos devem ser bons cidadãos, desde que isso não comprometa suas crenças; não devem trabalhar para o governo, votar nas eleições ou servir no Exército. (2) Outros acreditam que Deus concedeu ao Estado a autoridade sobre certas áreas, e ã Igreja sobre outras. Os cristãos devem ser leais ao Estado e à Igreja, e trabalhar no meio eclesiástico ou secular. Entretanto, nunca deverão confundir os dois. Sob esse ponto de vista, a Igreja e o Estado estão ligados a duas esferas de atuação totalmente diferentes: uma ao mundo espiritual, a outra ao mundo físico; desse modo, complementam-se, mas não operam em conjunto. (3) Ainda há os acreditam que os cristãos têm a responsabilidade de tornar o Estado o melhor possível; e podem fazer isso ao eleger para os cargos públicos cristãos e cidadãos de elevados princípios. Também podem tornar o Estado moralmente melhor, colocando sua influência cristã à serviço da sociedade. Sob esse prisma, o ideal seria que Igreja e o Estado pudessem trabalhar em conjunto para o bem de toda sociedade. Nenhuma dessas posições defende a rebelião ou a desobediência às leis ou aos regulamentos do Estado, a não ser que eles obriguem os cristãos à violação de padrões morais revelados por Deus. Em qualquer lugar que estejamos devemos ser cidadãos e cristãos responsáveis.

13.3,4 - Quando as autoridades são injustas, as pessoas de bem se sentem atemorizadas. Nesses versículos, Paulo se referiu a autoridades que cumprem seus deveres. Quando elas são justas, as pessoas que praticam o bem nada têm a temer.

13.8 - Por que o amor aos semelhantes ó considerado um dever? Estamos permanentemente em débito com Cristo por causa do pródigo amor que Ele derramou sobre nós. A única forma que temos de expressar esse amor é amando o nosso próximo. Como o amor de Cristo sempre será infinitamente maior que o nosso, leremos sempre a obrigação de amar os nossos semelhantes.

13.9 - De alguma forma, muitos cristãos aceitaram a ideia de que o amor próprio é errado. Mas se fosse assim, não haveria sentido amar ao próximo como a nós mesmos. Paulo explicou as implicações do amor próprio. Mesmo que este esteja em baixa, você não estará disposto a passar fome voluntariamente. Cada um de nós cuida de seu corpo, ao alimentar-se, descansar, fazer exercícios, vestir-se razoavelmente bem e abrigar-se. Também nos protegemos contra enganos e ofensas. Este é o tipo de amor que devemos ter por nosso próximo. Mas será que verificamos se ele está bem alimentado, vestido e abrigado? Estamos preocupados com questões de justiça social? Amar os outros como a nós mesmos significa trabalhar ativamente para que as necessidades alheias sejam atendidas. É interessante notar que as pessoas que se dedicam aos outros mais do que as si mesmas raramente sofrem de baixa auto-estima.

13.10 - Os cristãos devem obedecer à lei do amor, que suplanta tanto as leis cíveis quanto as religiosas. É muito fácil procurar desculpar nossa indiferença para com os outros, simplesmente por não termos a obrigação legal de ajudá-los; também é comum nos justificarmos quando prejudicamos os outros por nossos atos tecnicamente legais. Mas Jesus não deixa brechas em sua lei do amor: devemos ir além da lei humana e imitar o Deus de amor. Para saber mais detalhes sobre a lei do amor, veja Tiago 2.8,9; 4.11 e 1 Pedro 2.16,17.

13.12-14 - O termo “noite” refere-se ao atual momento de impiedade. O termo “dia”, à ocasião da volta de Cristo. Algumas pessoas se surpreendem por Paulo ter citado as contendas e o ciúme ao lado de pecados como a embriaguez e a imoralidade. Como Jesus, em seu Sermão do Monte (Mt 5—7), Paulo considerou os sentimentos mais importantes, porque fomentam as ações. Assim como o ódio leva à morte, o ciúme leva à contenda, e a luxúria leva ao adultério. Quando vier buscar a Igreja. Cristo deseja encontra Ia pura interior e exteriormente.

13.14 - Como deixaremos o Senhor assumir o controle de nossa vida? Em primeiro lugar, assemelhando-nos a Ele. Ao sermos batizados, identificamo-nos com outros cristãos e com a morte e a ressurreição de Jesus (Gl 3.27). Em segundo lugar, cultivando as qualidades que Jesus demonstrou enquanto esteve neste mundo (amor, humildade, verdade e serviço). Devemos nos revestir de Cristo e agir com o próximo como Ele agiu em relação a nós (ver Ef 4.24-32 e Cl 3.10-17). Também é imprescindível evitar situações que abrem portas para os desejos pecaminosos.

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