Romanos 6 — Comentário Devocional
Romanos 6
6.1-8.39 Essa seção trata da santificação, a mudança que Deus faz em nossa vida à medida que nos aproximamos dEle e crescemos na fé. No cap. 6, é explicado como os cristãos são libertos do poder do pecado. No cap. 7, é discutida a luta permanente que os crentes mantêm com o pecado. No cap. 8. é descrito como podemos alcançar a vitória sobre o pecado.6.1, 2 Se Deus ama perdoar, por que não dar a Ele mais razões para perdoar? Se o perdão está garantido, temos a liberdade de pecar o quanto quisermos? A enérgica resposta (te Paulo é: “Claro que não!” Pecar deliberadamente implica decidir por aproveitar-se de Deus; tal atitude demonstra que a pessoa não compreendeu a gravidade do pecado. O perdão de Deus não torna o pecado menos grave: a morte de seu Filho comprova a terrível gravidade do pecado. Jesus pagou com a vida para que pudéssemos ser perdoados. A disponibilidade da misericórdia divina não deve ser desculpa para uma vida descuidada e/ou para a lassidão moral.
6.1-4 A imersão é a forma habitual do batismo; simbolicamente, o velho homem é “sepultado” nas águas. O batismo é símbolo da morte, do enterro do antigo estilo de vida, mas também simboliza o renascimento. Ao levantar-se da água. a pessoa ressuscita para uma nova vida com e em Cristo. Se considerarmos que nossa antiga vida pecaminosa está morta e enterrada, teremos um poderoso argumento para resistir ao pecado. Poderemos conscientemente tratar os desejos e as tentações de nossa antiga natureza como coisas enterradas. Então, poderemos continuar a desfrutar a nossa nova e maravilhosa vida com Jesus. Para obter mais informações sobre o renascimento em Cristo, veja os textos em Gálatas 3.27 e Colossenses 2.12; 3.1-4.
6.5ss Como fomos unidos a Cristo em sua morte, nossos desejos iníquos e a escravidão ao pecado morreram com Ele. Agora, unidos pela fé ao Cristo ressurreto, gozamos uma perfeita comunhão com Deus, fomos libertos dos grilhões do pecado. Para obter mais detalhes sobre a diferença entre nossa nova vida em Cristo e nossa antiga natureza pecadora, leia Efésios 4.21-24 e Colossenses 3.3-15.
6.6, 7 O poder do pecado sobre nós foi destruído na cruz. Nosso “velho homem”, morreu definitivamente, portanto estamos livres de sua tendência iníqua. O “corpo do pecado” é nossa natureza, herdada de Adão, que ama o pecado. Embora muitas vezes cooperamos voluntariamente com essa natureza, não somos nós, mas o pecado é que é mau. Mas esse poder que operava em nossa vida foi derrotado. Paulo afirmou que, por meio da fé em Cristo, fomos absolvidos e declarados “inocentes” perante Deus. O apóstolo enfatizou que não precisamos mais viver sob o domínio do pecado. Deus não nos isola do mundo, nem nos transforma em robôs; ainda nos sentiremos inclinados a pecar e. às vezes, pecaremos. A diferença é que antes de sermos salvos, éramos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas desde que escolhemos viver para Cristo somos livres (ver Gl 2.20).
6.8, 9 Por causa da morte e ressurreição de Cristo, seus seguidores nunca mais temerão a morte. A certeza da vida eterna nos torna livres para desfrutar a companhia de Deus e fazer a sua vontade. Isso afeta todas as nossas atividades — trabalho, diversão, estudo da Bíblia, adoração, momentos de tranquilidade e de amor e cuidado com o próximo. Quando você sabe que não precisa mais temer a morte, começa a experimentar um novo vigor na vida.
6.11 A expressão “Considerai-vos monos para o pecado” significa que devemos considerar nossa natureza antiga e pecaminosa como morta e indiferente ao pecado. Por causa de nossa união e identificação com Cristo, não queremos mais continuar com nossas antigas práticas, nossos antigos desejos e objetivos. Queremos viver para a glória de Deus. Ao começarmos a nova vida em Cristo, o Espírito Santo nos ajudará a sermos exatamente aquilo Deus quer que sejamos.
6.14, 15 Se não estamos mais sob a lei, mas sob a graça, também estamos livres para pecar e ignorar os Dez Mandamentos? Paulo disse: “De modo nenhum!” Quando estávamos sob a lei, o pecado era o nosso senhor. A lei não justificava nem ajudava a vencer o pecado. Mas agora estamos ligados a Cristo, Ele é o nosso Mestre e nos dá o poder de praticarmos o bem, não o mal.
6.16-18 Todas as pessoas têm um mestre e se conduzem de acordo com os padrões dele. Sem Jesus, não teríamos escolha, seriamos escravos do pecado, e teríamos a culpa, o sofrimento e a separação de Deus. Mas, graças a Deus. podemos escolher Jesus como nosso Mestre. Quando o seguimos, podemos desfrutar uma nova vida e aprender como trabalhar para Ele. Será que você ainda serve ao antigo mestre, ao pecado, ou já optou por Deus?
6.17 “Obedecer de coração” significa entregar-se completamente a Deus. amá-lo “de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Ainda assim, muitas vezes nossos esforços para conhecer e obedecer aos mandamentos de Deus só podem ser descritos como parciais. Como você qualifica a obediência de seu coração? Deus deseja nos dar o poder de obedecer-lhe com todo o nosso coração.
“A forma de doutrina” que lhes foi entregue eram as boas novas de que Jesus morreu para o perdão dos seus pecados e ressuscitou para lhes dar uma nova vida. Muitos acreditam que a “forma de doutrina” é uma referência à confissão de fé da Igreja Primitiva, encontrada em 1 Coríntios 15.1-11.
6.19-22 É impossível ficar neutro. Todos têm um mestre: Deus ou o pecado. O cristão não é alguém que não possa pecar, mas que não vive mais como um escravo do pecado, porque pertence a Deus.
6.23 Você é livre para escolher entre dois mestres: o pecado ou Jesus Cristo. A recompensa do pecado é a morte eterna. Isso é tudo que você pode esperar ou receber de uma vida sem Deus. Mas, ao escolher Cristo como seu Mestre, você recebe a dádiva da vida eterna, uma existência com Deus, que começa na terra e continua pela eternidade. A quem você escolhe?
A vida eterna é uma dádiva de Deus, portanto, não é algo que possamos merecer nem receber como pagamento. Imagine a tolice: alguém recebe amor e se oferece para pagar por ele. Uma dádiva não pode ser comprada. A resposta mais apropriada à pessoa querida, de quem recebemos a dádiva, será uma boa acolhida e a nossa gratidão. Nossa salvação é um presente de Deus, não algo que provenha de nossos méritos (Ef 2.8.9). Ele nos salvou por sua misericórdia, não por quaisquer boas obras que tenhamos feito (Tt 3.5). Deveríamos reconhecer, com ações de graça, as dádivas que Ele nos concede por seu amor.
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