Romanos 7 — Comentário Devocional

Romanos 7

Romanos 6 é um capítulo que explora os conceitos de pecado, graça e vida em retidão. Aqui estão algumas aplicações de vida baseadas em Romanos 6:

1. Crucificado com Cristo:
Romanos 6:6 nos diz que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo para que não fôssemos mais escravos do pecado. Aplicação para a vida: Abrace a verdade de que em Cristo você está livre do poder do pecado. Viva com a consciência de sua nova identidade Nele.

2. Considere-se morto para o pecado:
Romanos 6:11 nos instrui a nos considerarmos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Aplicação na vida: Desenvolva uma mentalidade que reconheça que a escravidão do pecado foi quebrada. Faça escolhas deliberadas para resistir ao pecado e viver em obediência a Deus.

3. Ofereça-se a Deus:
Em Romanos 6:13, Paulo nos encoraja a nos oferecermos a Deus como instrumentos de justiça. Aplicação para a vida: Entregue todo o seu ser a Deus diariamente. Procure servi-Lo e fazer o que é certo, permitindo que Ele trabalhe através de você para Sua glória.

4. Escravos da Justiça:
Romanos 6:18 nos lembra que fomos libertos do pecado e nos tornamos escravos da justiça. Aplicação para a vida: Compreenda que a verdadeira liberdade é encontrada em servir a Deus e viver de acordo com Seus princípios. Escolha viver uma vida que reflita a justiça de Deus.

5. O Dom da Vida Eterna:
Romanos 6:23 declara que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Aplicação para a vida: Viva com a esperança da vida eterna em mente. Deixe que essa esperança influencie suas prioridades, decisões e como você encara os contratempos ou desafios temporários.

6. Liberdade do Domínio do Pecado:
Reflita sobre a verdade de que o pecado não tem mais domínio sobre você (Romanos 6:14). Viva na liberdade que Cristo proporcionou, sabendo que você não está mais escravizado por desejos pecaminosos.

7. Escolha o seu mestre:
Romanos 6:16 apresenta uma escolha: ser escravos do pecado que leva à morte ou escravos da obediência que leva à justiça. Aplicação na vida: seja intencional em suas escolhas. Escolha a obediência a Deus e a justiça como seu mestre e rejeite comportamentos pecaminosos.

8. Busque a santidade:
Ao contemplar a sua libertação do poder do pecado (Romanos 6:18), estabeleça como meta buscar a santidade. Procure ser mais semelhante a Cristo em seu caráter, ações e atitudes.

9. O Batismo como Simbolismo:
Considere o simbolismo do batismo descrito em Romanos 6:3-4, representando a morte e ressurreição com Cristo. Se você ainda não foi batizado, considere, em espírito de oração, dar esse passo como uma declaração externa de sua fé e identificação com Cristo.

10. Dê frutos para Deus:
Romanos 6:22 nos encoraja a dar frutos para Deus. Aplicação para a vida: Viva uma vida com propósito, buscando glorificar a Deus produzindo os frutos do Espírito (amor, alegria, paz, paciência, bondade, bondade, fidelidade, gentileza, autocontrole) em suas interações diárias.

Ao aplicar esses princípios de Romanos 6 à sua vida, você poderá experimentar a libertação da escravidão do pecado, viver em retidão e crescer em seu relacionamento com Deus à medida que caminha em obediência e rendição.

Devocional

7.1ss Paulo mostrou que a lei e impotente para salvar o pecador (7.7-14), aqueles que a guardam (7.15-22) e até a pessoa que já possui uma nova natureza (7.23-25). O pecador é condenado pela lei; aqueles que observam a lei não conseguem cumpri-la completamente: a pessoa que já possui a nova natureza acredita que sua obediência à lei foi prejudicada pelos efeitos de sua antiga natureza. Mais uma vez, Paulo declarou que a salvação não pode ser alcançada pela obediência à lei. Não importa quem somos, somente Jesus Cristo nos pode libertar e salvar. 

7.2-6 Paulo usou o casamento para ilustrar nosso relacionamento com a lei. Quando um dos cônjuges morre, o contrato de casamento fica anulado. Ao morrermos com Cristo, a lei não pode mais nos condenar; estando unidos a Cristo, seu Espirito nos capacita a praticar boas obras para Deus. Então, servimos ao Senhor não porque obedecemos a um conjunto de regras, mas porque nosso renovado coração e mente transbordam de amor por Ele. 

7.4 Quando uma pessoa morre para o passado e aceita a Cristo como seu Salvador, uma nova existência se inicia. A vida de uma pessoa descrente está centrada em sua gratificação pessoal. Aqueles que não seguem a Cristo têm apenas sua determinação como fonte de poder. Mas Deus está no centro da vida cristã É Ele que fornece o poder para a vida cotidiana dos cristãos. Toda a forma de avaliar o mundo se transforma quando as pessoas se voltam a Cristo! 

7.6 Algumas pessoas tentam descobrir o caminho para Deus pela obediência a um conjunto de regulamentos por exemplo, observando os Dez Mandamentos, frequentando fielmente a igreja, praticando boas obras), mas tudo que conseguem com seus esforços é frustração e desalento. Entretanto, o sacrifício de Cristo abriu o caminho para Deus. Podemos nos tornar seus filhos apenas depositando em Cristo a nossa fé. Sem necessidade de chegar a Deus pela obediência a regulamentos, podemos nos tornar mais parecidos com Jesus se vivermos para Ele dia após dia. Deixe o Espirito Santo desviar seu olhar de seu próprio desempenho e dirigi-lo a Jesus! Ele o deixará livre para servi-lo com amor e gratidão. Isso é servir “em novidade de espírito”! 

Obedecer a regulamentos, leis e tradições do cristianismo não é suficiente para sermos salvos. Mesmo que pudéssemos manter puros os nossos atos, estaríamos condenados, porque nosso coração e nossa mente são perversos e rebeldes. Como Paulo, não poderemos encontrar alívio na sinagoga ou na igreja se não procurarmos o próprio Senhor Jesus Cristo para obter a salvação que Ele nos concede gratuitamente. Quando realmente o buscamos, somos inundados de alívio e gratidão. E obedeceremos melhor aos regulamentos? Muito provavelmente, mas agora estaremos motivados por amor e gratidão, não pelo desejo de obter a aprovação de Deus. Não estaremos simplesmente nos submetendo a formalidades legais, mas procurando fazer a vontade de Deus de forma voluntária e amorosa. 

7.9-11 Onde não existe lei, não há pecado, porque as pessoas não têm condições de saber que seus atos são maus, a não ser que a lei os proíba. A lei de Deus faz com que as pessoas entendam que são pecadoras e estão destinadas a morrer, mas ela não oferece qualquer ajuda, pois apenas assegura que o pecado é real e perigoso. Imagine um dia ensolarado na praia. Você mergulha e, logo depois, lê um aviso: “É proibido nadar. Tubarões!” É claro que seu dia fica arruinado. Seria culpa do aviso? Você fica aborrecido com as pessoas que o colocaram? A lei ó como o aviso. É essencial, e somos gratos por ela, porém não nos livra dos tubarões. 

7.11, 12 O pecado engana as pessoas pelo uso errado da lei. Ela expressa a natureza santa de Deus e seu propósito para com as pessoas. No jardim do Éden (Gn 3), a serpente enganou Eva ao mudar o foco da liberdade que ela gozava para uma proibição feita por Deus Desde esse momento, todos se tornaram rebeldes. O pecado nos parece algo bom precisamente porque Deus disse que era algo errado. Ao invés de prestar atenção às recomendações divinas, nós as usamos como uma lista daquilo que devemos fazer. Quando sofrermos a tentação de rebelar-nos, devemos considerar a lei sob uma perspectiva mais ampla: à luz da graça e da misericórdia do Deus. Se enfocarmos o grande amor de Deus por nós, entenderemos que o Senhor nos proíbe apenas de praticar aquilo que nos prejudicará. 

7.14 A expressão “Mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” significa “Fui vendido à escravidão, e o pecado é meu senhor”. Talvez seja uma referência ã antiga natureza, que procura rebelar-se e tornar-se independente de Deus. Se eu, como cristão, tentar lutar contra o pecado somente com minhas forças, terminarei caindo diretamente nas garras de seu poder. 

7.15 Paulo nos transmitiu três lições, que aprendeu ao tentar controlar seus desejos pecaminosos. (1) O conhecimento não serve como resposta (7.9). Paulo era muito feliz enquanto não entendia o que a lei requeria. Quando aprendeu a verdade, percebeu que estava condenado. (2) A autodeterminação não lhe trouxe o resultado esperado (7.15). Paulo percebeu que pecava de urna forma que não lhe era agradável. (3) Apenas tornar-se um cristão não elimina rigorosamente o pecado e a tentação da vida de uma pessoa (7.22-25). Para nascer novamente, é necessário um momento de fé, mas tornar-se cristão é um processo que dura a vida toda. Paulo compara o crescimento cristão a uma exaustiva luta ou corrida (1 Co 9.24-27; 2 Tm 4.7). Portanto, como Paulo enfatizou desde o começo da carta, ninguém é inocente neste mundo; ninguém merece ser salvo, nem o pagão que não conhece as leis de Deus, nem os cristãos ou judeus que as conhecem e tentam cumpri-las. Todos nós devemos depender totalmente da obra de Cristo para nossa salvação, e não poderemos alcançá-la somente com um bom comportamento. 

Isso é mais que o apelo de um homem desesperado; descreve a experiência de todos os cristãos que lutam contra o pecado ou tentam ser agradáveis a Deus pela obediência às suas leis, sem ajuda do Espirito Santo. Nunca devemos subestimar o poder do pecado e tentar subjugá-lo com nossas próprias forças. Satanás é um tentador ardiloso e temos uma admirável habilidade de forjar desculpas. Em vez de tentar vencer o pecado por nossa determinação, devemos apoiar-nos na provisão de Deus, a fim de alcançarmos a vitória contra o mal. O Espírito Santo vive em nós e nós dá esse poder. Se cairmos, com todo carinho. Ele estenderá a mão para ajudar-nos a levantar. 

7.17-20 “Agora já não sou eu quem faço isto, mas o pecado que habita em mim”. Essa parece ser uma boa desculpa para pecar, mas somos responsáveis pelos nossos atos. Nunca devemos usar o poder do pecado ou de Satanás como desculpa, porque são inimigos já derrotados. Sem a ajuda de Cristo, o pecado se torna mais forte do que nós e, ás vezes, ficamos incapazes de defender-nos contra seus ataques: por isso, nunca devemos enfrenta-lo sozinhos. Jesus Cristo já venceu o pecado de uma vez por todas e promete lutar ao nosso lado. Se buscarmos sua ajuda, não precisaremos ceder ao pecado. 

7.23-25 A lei do pecado em nossos membros é a natureza pecadora que existe em nosso íntimo. Essa é a nossa vulnerabilidade. Essa lei se refere a tudo que existe dentro de nós e é mais leal ao nosso modo de viver antigo e egoísta do que a Deus. 

Essa luta interior contra o pecado foi tão real para Paulo como é atualmente para nós. Aprendemos com o apóstolo o que fazer a esse respeito. Todas as vezes que se sentia perdido, ele voltava á origem de sua vida espiritual e lembrava que já havia sido liberto por Jesus Cristo. Quando se sentir confuso e oprimido por causa do apeio do pecado, siga o exemplo de Paulo. Agradeça a Deus por ter-lhe dado a liberdade por intermédio de Jesus Cristo. Deixe que a realidade do poder de Cristo o eleve para uma verdadeira vitória sobre o pecado.

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