Apocalipse 17 — Estudo Teológico das Escrituras
Apocalipse 17
17.1 sete anjos. A referência a esses anjos liga os caps. 17—18 com os juízos das taças (cap. 16), que se estendem até a segunda vinda de Cristo (veja nota em 16.17). Os caps. 17—18 focam um aspecto dos castigos das taças, ou seja, o castigo da Babilônia. Os juízos já foram descritos e identificados, tendo com o alvo o último sistema do mundo, grande meretriz. Veja nota em 14.8. Prostituição frequentemente simboliza idolatria ou apostasia religiosa (cf. Jr 3.6-9; Ez 16.30ss.; 20.30; O s 4.15; 5.3; 6.10; 9.1). Nínive (Na 3.1,4), Tiro (Is 23.17) e até mesmo Jerusalém (Is 1.21) também são retratadas com o cidades meretrizes. sentada sobre muitas águas. Essa figura enfatiza o poder soberano da meretriz. A figura é de um governante sentado no trono, dominando as águas, que simbolizam as nações do mundo (veja v. 15).17.2 se prostituíram os reis. A meretriz se aliará aos líderes políticos do mundo. Aqui prostituição não se refere a pecado sexual, m as a idolatria (veja nota em 14.8). Todos os governantes do mundo serão absorvidos pelo império do falso cristo de Satanás, vinho da sua devassidão. A influência da meretriz se estenderá para além dos governantes do mundo para incluir o restante da humanidade (cf. v. 15; 13.8,14). A imagem não descreve vinho e pecado sexual com o tais, m as retrata o povo do mundo sendo engolfado na intoxicação e no pecado de um falso sistema de religião.
17.3 em espírito. Cf. 1.10; 4.2; 21.10. O Espírito Santo transporta João para o deserto (lugar deserto, solitário, desolado), talvez para lhe dar melhor um entendimento da visão, uma mulher. A meretriz do v. 1, Babilônia, besta escarlate. O anticristo (cf. 13.1,4; 14.9; 16.10), que durante algum tempo apoiará e usará o falso sistema religioso para obter a unidade do mundo. Depois assumirá controle político (cf. v. 16). Escarlate é a cor da luxúria, do esplendor e da realeza, repleta de nomes da blasfêmia. Por causa de sua autodeificação (cf. 13.1; Dn 7.25; 11.36; 2Ts 2.4). com sete cabeças e dez chifres. Isso retrata a extensão das alianças políticas do anticristo (veja notas nos vs. 9-12; 13.1).
17.4 de púrpura e de escarlata. Cores da realeza, da nobreza e da riqueza. A mulher é retratada com o uma prostitua que se aplicou no seu negócio com sucesso e ficou extremam ente rica. adornada. Prostitutas muitas vezes se vestem com roupas finas e usam preciosas joias a fim de seduzir suas vítimas (cf. Pv 7.10). A prostituta religiosa Babilônia não é diferente, adornando-se para atrair as nações, cálice de ouro. Mais uma evidência da grande riqueza da prostituta (cf. Jr 51.7); mas o ouro puro é contaminado pela sujeira de sua imoralidade. Assim com o um a prostituta primeiramente embriaga a sua vítima, do mesmo modo o sistema prostituto engana as nações para cometer fornicação espiritual com ela.
17.5 fronte. Era costume entre as prostitutas romanas usarem ao redor da cabeça uma tira que continha o seu nome (cf. Jr 3.3), a fim de exibir aos olhos de todos a própria desonra. A fronte da prostituta traz o emblema de um tríplice título descritivo do último sistema religioso do mundo, mistério. Um mistério neotestamentário é uma verdade anteriormente velada, revelada no NT. Veja notas em Mt 13.11; Ef 3.4-5. A verdadeira identidade da Babilônia ainda está por ser revelada. Assim, os detalhes exatos de com o ela será manifestada ao mundo não são ainda conhecidos. Babilônia, a Grande. Essa Babilônia é distinta da cidade de Babilônia histórica e geográfica (que ainda existia no tempo de João). Os detalhes da visão de João não podem ser aplicados a nenhum a cidade histórica (veja nota em 14.8). MÃE DAS MERETRIZES. Toda falsa religião encontra, em última análise, suas raízes em Babel, ou Babilônia (cf. G n 11; veja nota em 14.8).
17.6 o sangue dos santos... das testemunhas de Jesus. Alguns acreditam que o primeiro grupo se refere aos santos do AT, e o segundo grupo, aos santos do NT — um a distinção sem importância, pois aqui são retratados os mártires da tribulação. O que João quer dizer é que a meretriz é assassina. A religião falsa matou milhões de crentes do decurso dos séculos, e o último sistema falso será mais mortífero do que o seu precedente.
17.7 mistério. Não que Babilônia seja um falso sistema de religião, porque isso já é sabido, mas que a besta apoiará integralmente a meretriz e, juntos, exercem grande influência sobre toda a terra.
17.8 a besta. Esse termo se refere tanto a um rei quanto a um reino. era e não é, está para emergir. Referência à falsa ressurreição do anticristo (13.3-4,12-14; veja nota em 13.3). do abismo. Depois de sua “ressurreição”, o anticristo ficará possesso de um grande demônio do abismo (veja notas em 13.1,3). destruição. Destruição eterna (cf. v. 11; Mt 7 .13 ; Jo 17.1 2; Fp 1.28; 3.1 9 ; 2Ts 2.3; Hb 10 .3 9; 2Pe 2.3; 3.7,16). Esse é o lago de fogo, lugar da destruição do anticristo (19.20). Livro da Vida. O rolo dos eleitos, escrito por Deus na eternidade passada (veja nota em 3.5). Somente os eleitos escaparão do engano do anticristo (Mt 24.24). desde a fundação do mundo. Veja nota em 13.8; cf. 2Tm 1.9; Tt 1.2 (“antes dos tempos eternos”). Uma frase frequente (Mt 13.35; 25.34; Lc 11.50; Jo 17.24; Ef 1.14; H b 4.3; 9.26; 1 Pe 1.20) para se referir ao plano pré-criação de Deus.
17.9 sete montes. A palavra grega é muitas vezes usada para designar um monte (Mt 5.1; 15.29; Jo 6.15; 8.1). Muitos comentaristas interpretam essa expressão com o uma referência a Roma, que está localizada sobre sete montes. É verdade que o último sistema mundial de falsa religião inclui Roma, m as não é necessariamente limitado a essa cidade; mas, especificam ente, os sete montes no contexto possivelmente simbolizam os sete reinos e seus reis do v. 10. sete reis. Representativos dos sete grandes impérios mundiais (Egito, Assíria, Babilônia, Média-Pérsia, Grécia, Roma e do anticristo). Cf. a imagem de Daniel em Dn 2.37-45.
17.10 dos quais caíram cinco, um existe, e o outro. Quando João escreveu, grandes impérios (egípcio, assírio, babilônico, medo-persa e grego) haviam desaparecido há muito tempo; Rom a ainda existia; e o império do anticristo ainda não tinha se manifestado. Quando se manifestar, será breve (12.12; 13.5) e acabará na perdição (v. 11; veja nota no v. 8 ).
17.11 e não é... o oitavo. O reino do anticristo será o sétimo e o oitavo reinos por causa de sua suposta morte e ressurreição. Ele é o sétimo rei antes e o oitavo rei depois de sua “ressurreição”, quando ele destrói o império religioso da meretriz e exige adoração exclusivamente a ele (v. 16).
17.12 dez reis. Veja notas em 12.3; 13.1 (cf. Dn 2.41-42). Esses reis são subgovernantes sob o anticristo, cujo império aparentem ente será dividido em dez distritos administrativos, ainda não receberam reino. Portanto, os reis não podem ser identificados com quaisquer figuras históricas, uma hora. Simbólico para o período de tempo de três anos e meio (cf. 11.2-3; 12.6,12,14; 13.5; 18.10,17,19).
17.14 Pelejarão. Referência à batalha de Armagedom (16.14-16), na qual o Cordeiro destruirá totalmente os reis (19.17-21). Senhor dos senhores e o Rei dos reis. Um título para Deus (19.16; 1Tm 6.15; Cf. Dt 10.17; SI 136.3), que enfatiza a sua soberania sobre todos os outros governantes a quem delegou autoridade.
17.16 esses odiarão a meretriz. Depois de usar o falso sistema religioso para unificar os reinos do mundo e obter controle sobre todos, o anticristo - com a ajuda dos seus dez subgovernantes-se voltará contra o sistema para despojá-lo e destruí-lo, bem com o forçar que todo poder e culto sejam dados a ele. Eles executarão a vontade de Deus (v. 17). Cf. G n 50.20.
17.18 grande cidade. Outra identificação da cidade capital da Babilônia, centro do império do anticristo. Cf. 18 .10,18,21.
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