Isaías 23 e 24 — Explicação e Aplicação Devocional
23:1ss As
profecias de Isaías contra outras nações começaram no leste com Babilônia
(capítulo 13) e terminaram no oeste com Tiro na Fenícia. Tiro foi uma das
cidades mais famosas do mundo antigo. Um importante centro comercial com um
grande porto marítimo, Tiro era muito rica e muito má. Tiro foi repreendido por
Jeremias (Jeremias 25:22, 27; 47:4), Ezequiel (Ezequiel 26–28), Joel (Joel 3:4-8),
Amós (Amós 1:9, 10) e Zacarias (Zacarias 9:3, 4). Este é mais um aviso contra
alianças políticas com vizinhos instáveis.
23:5 Por que
o Egito ficaria “profundamente angustiado” quando Tiro caísse? O Egito dependia
da experiência em transporte da Tiro para promover e transportar seus produtos
ao redor do mundo. O Egito perderia um importante parceiro comercial com a
queda de Tiro.
23:9 Deus
destruiria Tiro porque ele odiava o orgulho de seu povo. O orgulho separa as
pessoas de Deus e ele não o tolerará. Ao examinarmos nossas vidas, devemos
lembrar que todas as verdadeiras realizações vêm como resultado da ajuda de
nosso Criador. Não temos motivos para nos orgulhar de nós mesmos.
23:13 A
Assíria invadiu Tiro em 705 a.C. e novamente em 681-669 a.C. Esta mensagem é
surpreendente, porém, porque profetiza que os caldeus (babilônios), ainda não
uma potência mundial, destruiriam Tiro. Eles fizeram isso em 572 a.C., um
século depois de Isaías ter feito essa profecia.
23:15, 16
Alguns estudiosos acreditam que se trata de 70 anos literais; alguns dizem que
é um símbolo de um longo período de tempo. Se for literal, pode ter ocorrido
entre 700 e 630 a.C. durante o cativeiro assírio de Israel, ou pode ter sido
durante o cativeiro de 70 anos dos judeus na Babilônia (605–536 a.C.). Durante
os 70 anos, os judeus esqueceriam de Tiro. Mas quando voltassem do cativeiro,
voltariam a negociar com Tiro.
24-27 Estes
quatro capítulos são frequentemente chamados de “Apocalipse de Isaías”. Eles
discutem o julgamento de Deus sobre o mundo inteiro por seus pecados. As
profecias de Isaías foram dirigidas primeiro a Judá, depois a Israel, depois às
nações vizinhas e, finalmente, a todo o mundo. Esses capítulos descrevem os
últimos dias em que Deus julgará o mundo inteiro. Nesse momento, ele removerá o
mal de maneira definitiva e permanente.
24:4, 5 Não
apenas as pessoas sofreram com seus pecados; até mesmo a terra sofreu os
efeitos do mal e da violação da lei. Hoje vemos os resultados do pecado em
nossa própria terra: poluição, crime, vício, pobreza. O pecado afeta todos os
aspectos da sociedade tão extensivamente que até mesmo os fiéis a Deus sofrem.
Não podemos culpar a Deus por essas condições porque o pecado as causou. Quanto
mais nós, que somos crentes, renunciamos ao pecado, falamos contra práticas
imorais e compartilhamos a Palavra de Deus com os outros, mais retardamos a
deterioração de nossa sociedade. Não devemos desistir: o pecado é excessivo, mas
podemos fazer a diferença.
24:14-16 Os
crentes que são deixados para trás após Deus julgar Judá cantarão para a glória
da justiça de Deus. Isaías sofreu por causa da condição de seu mundo. Nós também
podemos ficar deprimidos pelo mal que nos rodeia. Nesses momentos, precisamos
nos agarrar às promessas de Deus para o futuro e ansiar cantando louvores a ele
quando ele restaurar o céu e a terra.
24:21 “O exército dos elevados” refere-se às forças espirituais que se opõem a Deus. Ninguém, nem mesmo os chamados altos, escapará do castigo devido.
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