Provérbios 6 — Estudo Teológico das Escrituras

Estudo Teológico de Provérbios 6





Provérbios 6

6:1–5 Esses versículos alertam contra a constituição de fiança (ver 11:15) ou a fiança de um empréstimo. Isso não significa que nunca devemos ser generosos ou prestativos se tivermos os meios, apenas que não devemos prometer o que não podemos cumprir. Nos dias de Salomão, um fiador que não pudesse pagar poderia perder tudo o que tinha e ser reduzido à escravidão. Embora as leis sejam diferentes hoje, a incapacidade de pagar uma dívida ainda é uma forma de escravidão e pode ser um problema sério. As condições modernas são diferentes dos tempos de AT, mas o aviso ainda se aplica.

6:6–11 Esta passagem adverte contra a armadilha da preguiça. O preguiçoso é mantido cativo do lazer. Ele pode aprender tudo o que precisa saber estudando a formiga, uma criatura humilde que se ocupa em armazenar alimentos durante o verão contra o inverno que está por vir. Como a formiga, o sábio trabalha muito. Em contraste, a pessoa preguiçosa é viciada em dormir e perdeu todo o interesse pelo trabalho (ver 26:13-16).

6:12–15 Um homem iníquo é um encrenqueiro. Ao contrário do preguiçoso, cujo único desejo é outro lugar para tirar uma soneca, o encrenqueiro não pode esperar para causar mais problemas ou entrar em mais travessuras. Ao contrário do preguiçoso (ver v. 6), ele está muito ocupado, embora esteja fazendo coisas erradas. Ele tem prazer em trazer dissensão. Mas, como o preguiçoso, ele não percebe que a calamidade o espera.

6:16–19 Esta passagem é um provérbio numérico (ver 30:15–31) que descreve sete coisas que o Senhor odeia. O uso de progressão numérica - seis, até sete - nesses provérbios é um recurso retórico que embeleza a poesia, fornece um auxílio à memória e leva ao clímax. A progressão envolve não apenas os números, mas também as palavras que descrevem a resposta de Deus; a palavra odeia progride para abominação. A palavra abominação é a expressão mais forte da Bíblia de ódio pela maldade (compare Levítico 18:22). Em uma lista desse tipo, o último item é o mais proeminente. Assim, o leitor sabe que causar discórdia entre os irmãos (ver v. 14) causa a maior desaprovação de Deus. Compare a bênção de Deus sobre os irmãos que vivem juntos em paz (Salmos 133:1).

6:20–24 Esta passagem liga o ensino do pai com o da mãe (ver 1:8). A instrução da mãe deve ser ligada ao coração e ao pescoço, um companheiro constante e um guia confiável - assim como a lei de Deus (compare com o Deuteronômio 6:4-9; 11:18-21). luminária... luz: compare Salmos 119:105.

6:30-35 rouba para satisfazer: esta passagem não tolera o roubo. Simplesmente compara o roubo, que pode ser um curso de ação compreensível, com o adultério, que nunca faz sentido. Jogar fora o compromisso com o companheiro de toda a vida é pura loucura. Para os antigos israelitas, a fidelidade conjugal era uma marca da fidelidade a Deus.