Eclesiastes 4 — Estudo Teológico das Escrituras

Eclesiastes 4

4:1 Aqui está outra reclamação que ameaça o plano de Deus. O oprimido pode sentir tanta dor que ele pode até mesmo perder a esperança de viver (1 Reis 19:4; Jó 3:3-10). Somente quando os oprimidos entrarem na casa de Deus eles ganharão perspectiva para uma possível recuperação (5:1-6; Salmos 73:17). Eles não têm consolador: a ausência de quem os ofereça consolo só aumenta a dor e a frustração.

4:2 Eu elogiei os mortos: estar sem um consolador é muitas vezes pior do que a própria morte.

4:3 aquele que nunca existiu: tão poderosamente errado e tão solitário é o sofrimento dos oprimidos, que Salomão, com uma boa dose de licença poética semelhante a Jó 3:3-10, argumenta que a inexistência pode ser preferida à existência.

4:4 um homem é invejado por seu vizinho: aos obstáculos anteriores para aceitar que o plano de Deus engloba tudo agora é adicionado um quarto: a inveja e a competição cruel encontrada no mundo.

4:5, 6 Dois provérbios se seguem. O tolo: existem inúmeras declarações no livro de Provérbios sobre a natureza autodestrutiva da preguiça. um punhado: A moderação é preferível ao esforço excessivo. Em lugar da competição às vezes cruel do mercado, Salomão recomendou: “Melhor é um pouco com justiça do que grandes receitas sem justiça” (Provérbios 16:8).

4:7, 8 O problema da tristeza e da solidão é outro obstáculo para aceitar o fato de que Deus tem um plano que abrange tudo. Considere a pessoa que não tem família, nem mesmo um herdeiro para quem possa deixar tudo pelo qual trabalhou tanto. Em 4:1, não há “consolador”. Em 4:4-6 não há descanso. Em 4:8 não há companheiro. infortúnio grave: refere-se literalmente a uma tarefa perversa ou pesada (3:10).

4:9–12 Em toda esta seção há uma ênfase nos benefícios óbvios dos companheiros. A intimidade e a partilha da vida trazem alívio para o problema do isolamento e da solidão. Um acompanhante pode oferecer assistência, conforto e defesa. cordão triplo: o Pregador usa este proverbial ditado para encerrar seu caso sobre o valor dos amigos.

4:13, 14 Antes de o Pregador listar o obstáculo final (vv. 14-16) para acreditar no bom plano de Deus, ele primeiro coloca a resposta na forma proverbial. A popularidade, mesmo na forma de poder real, é evasiva. Em um caso, um velho rei havia nascido para o trono, mas se tornou tão tolo e senil que não pode discernir que seus dias para governar acabaram. Em outro caso, um jovem, como José, pode se levantar da prisão para assumir o trono (Gênesis 41:14, 37–41).

4:16 aqueles que vêm depois: Até mesmo o jovem que substitui seu antecessor terá o mesmo destino do velho rei. O herói de hoje pode se tornar o mendigo de amanhã.

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