Páscoa – Celebrações do Novo Testamento

Páscoa – Celebrações do Novo Testamento

Páscoa

Celebrações do Novo Testamento



Outras evidências, se for necessária alguma, quanto a importância da Páscoa na vida dos judeus do Segundo Templo, se encontra no Talmude, que consagra a esta dissertação um tema inteiro, Pesahim sobre o qual temos tanto da Guemará Babilônica e Palestínica. Estes são dedicados para o lado sacrificial e as minúcias de procurar e destruir o fermento, o que constitui o fermento, e questões semelhantes, instruções que os filhos de Israel buscavam por 30 dias antes da Páscoa. Josefo fala do festival, muitas vezes (Ant., II, XIV, 6, III, X, 5, IX, iv, 8; XIV, II, 2; XVII, IX, 3; BJ, II, i, 3; V, iii, 1; ix, VI, 3). Além de repetir as informações já explicadas na Bíblia, ele fala de multidões inumeráveis que vinham para a Páscoa em Jerusalém de fora do país e até mesmo de fora de seus limites. Ele estima que em um ano, nos dias de Cestius, 256.500 cordeiros foram abatidos e que pelo menos 10 homens foram contados para cada um. (Esta estimativa inclui, obviamente, a população regular de Jerusalém. Mas mesmo assim, é, sem dúvida, exagerada.) O Novo Testamento dá testemunho, igualmente, da vinda de grandes multidões à Jerusalém (João 11:55; compare também 2:13; 6:4). Nesta grande festa, os oficiais romanos até mesmo libertavam presos em reconhecimento da festa do povo. Viagens e outras atividades comuns eram, sem dúvidas, suspensas (Compare At 12:3; 20:6). Naturalmente, os detalhes foram impressos na mente das pessoas sobre os efeitos simbólicos e homiléticos (compare 1Cor 5:7; João 19:34-36, onde o cordeiro pascal é considerado a tipificação de Jesus, Heb 11:28). O exemplo mais conhecido de uso simbólico, é a instituição da Eucaristia, na base da refeição pascal. Alguns têm dúvidas quanto ao fato de a Última Ceia ter sido a refeição pascal ou não. De acordo com os Evangelhos Sinópticos, foi (Lucas 22:7; Mat 26:17; Mar 14:12), enquanto que, de acordo com João, a Páscoa devia ser comido algum tempo após a Última Ceia (João 18:28). Vários harmonizações dessas passagens foram sugeridas, a maioria geniais, provavelmente, estando na teoria de que quando a Páscoa caia na noite de sexta-feira, os fariseus comiam a refeição ne quinta-feira e os saduceus na sexta-feira, e que Jesus seguiu o costume dos fariseus (Chwolson, Das letzte Passahmal Jesu, 2 ª edição, São Petersburgo, 1904). Até o Concílio de Nicéia, no ano 325, a igreja observava a Páscoa judaica. A partir daí, tomou as precauções necessárias para separar os dois, condenando a confusão como o arianismo.


Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General.


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