História da Adivinhação e Magia

História da Adivinhação e Magia

História da Adivinhação e Magia
Tábua de Adivinhação Babilônica (c. 200 a.C.)
Adivinhação e magia são conhecidas desde os tempos mais remotos entre as diversas culturas. O AT reflete a situação na cultura da época: moabitas (Nm 23.23), filisteus (ISm 6.2), e babilônios (Is 44.25). Os magos egípcios procuraram repetir os atos de Moisés e Arão (Ex 7.8-13,22; 8.7,18). Aparentemente José aprendeu a adivinhar pela observação da água numa taça (Gn 44.1-5,15), muito embora o relato em hebraico possa ser compreendido no sentido de que atribui sabedoria a José concernente (ao invés de ser por meio de) à taça em questão, mas isto é entendido como sendo uma revelação de Deus (40.8), e não pela repetição de técnicas pagãs.

Adivinhação, na Grécia antiga, não era originalmente uma função religiosa, tanto quanto nas outras culturas. O vidente era uma figura familiar. Sonhos e presságios tiveram grande importância ao longo da história da Grécia. Presságios eram especialmente procurados com relação a opções de ação. Astrologia, introduzida por meio da Babilônia, era aceita por muitos, por causa de sua alegada precisão científica. Ela fez grandes progressos depois da unificação do mundo no período helenístico e da decadência da religião formal e da filosofia, oque tomou atraente suas alegações de unidade cósmica e sua oferta de direção espiritual. Oráculos eram oferecidos não apenas no famoso santuário de Apoio, em Delfos, mas também no de Zeus, em Dodona (o santuário mais antigo), e outros. Em Delfos, a profetiza Pitia sentava-se num trípode, sobre uma fissura por onde saía vapor, comunicava o oráculo, que geralmente tinha de ser interpretado pelos “profetas” locais. A ambiguidade de muitas destas interpretações proféticas é bem conhecida.

Pode-se observar, do que foi apresentado acima, que os gregos praticavam tanto a adivinhação pessoal quanto a impessoal. Com frequência, a pessoal envolvia possessão por uma “divindade”, ou “inspiração divina”. Este tipo não encontrou aceitação em Roma. Cleromancia, especialmente sortilégio, aruspício e vários presságios, eram populares. Augúrios eram usados para determinar datas para funções oficiais, que eram “auspiciosas” (de auspicium,  adivinhação pelo voo dos pássaros). Tais práticas, embora amplamente usadas, eram, como a astrologia, rejeitadas por alguns romanos. Mesmo assim, elas tiveram sua influência, como também os Oráculos Sibilinos, que tinham total aceitação.