Significado de Levítico 8

Levítico 8

8:1, 2 Arão liderou Israel no episódio de idolatria do bezerro de ouro. Contudo, Deus lhe deu uma segunda chance ao permitir que fosse ordenado seu sumo sacerdote. O ministério de Arão afetaria todos os israelitas, pois expiaria os pecados deles e os levaria a uma comunhão com Deus. As nestes de sumo sacerdote que Arão usou foram prescritas pelo Senhor a Moisés em Êxodo 28:1-39. O azeite da unção, que o profeta derramou no tabernáculo e sobre Arão, para santificá-los, era feito de mirra, canela, cana, cássia e azeite de oliva (Êx 30.23-25).

8:3 A ordenação dos sacerdotes era tão importante que toda a congregação devia testemunhá-la.

8:4, 5 Isto é o que o Senhor ordenou ou expressões similares são encontradas nove vezes neste capítulo (v. 4, 5, 9, 13, 17, 21, 29, 34, 36). Era muito importante que as instruções de Deus acerca da adoração fossem realizadas meticulosa mente. A adoração malfeita, descuidada, ou irrefletida não honrava a Deus.

8:6 Na posição de profeta de Deus e líder dos israelitas (Dt 18:15-18; 34.1-12), Moisés era a única pessoa qualificada para ordenar Arão e os filhos deste a sacerdotes, por isso os fez chegar e os lavou com água, o que simbolizava a purificação moral. Antes de o profeta conferir as ordens a eles, Arão e seus descendentes não eram sacerdotes e não podiam conduzir a adoração do povo de Israel. O ministério profético de Moisés tinha precedência sobre o ministério sacerdotal de Arão.

8:7 O éfode era uma magnífica veste feita de linho fino, fios de ouro e fios de tecido azul, roxo e vermelho usada por cima das outras vesti mentas (Êx 28:5, 6).

8:8 O Urim e o Tumim eram objetos sagra dos usados para consultar a vontade de Deus. Não se sabe nada sobre sua aparência e o modo como eram empregados. Possivelmente, o sumo sacerdote fazia perguntas e as respostas vinham por meio de tais objetos, de maneira que indicassem sim ou não.

8:9 A lâmina de ouro também era conhecida como a coroa da santidade do sumo sacerdote. Nela estava gravado Santidade ao Senhor (Ex 28:36).

8:10-12 A unção do tabernáculo, de toda a sua mobília e de Arão como sumo sacerdote retirou-os do trabalho comum e consagrou-os. Desta forma, foram separados, santificados e adequados para servir a Deus. A unção de Arão iniciou a consagração de Israel para um culto especial e para formar o povo de Deus, que, nos dias de hoje, corresponde à Igreja.

8:11 Visto que o altar era a peça principal do tabernáculo para a expiação dos pecados, aspergir sete vezes o óleo de unção sobre ele representava a consagração completa do santuário e de todas as coisas e utensílios contidos neste.

8:12 Os sumos sacerdotes de Israel, começando aqui com Arão, foram ungidos, assim como os reis de Israel (1 Sm 10.1; 16.13) e alguns dos profetas (1 Rs 19.16). Jesus reúne as qualidades de Sumo Sacerdote, Rei e Profeta. Além disso, Ele é o Ungido. E isto que significa Messias (em hebraico) e Cristo (em grego).

8:13 Mesmo que os filhos de Arão também tenham sido separados e ordenados sacerdotes, eles não foram ungidos. Apenas o sumo sacerdote foi.

8:14-29 Nestes versículos são narradas as três ofertas de Moisés por Arão e seus filhos. A primeira foi a oferta pelo pecado ou pela purificação (v. 14-17), a segunda foi a oferta de holocausto (v. 18-21) e a terceira (v. 22-29) seguiu básica mente o rito da oferta de paz. Estas foram as primeiras ofertas [previstas na lei mosaica]. Assim, algumas das cerimônias relativas à consagração do altar e de Arão e seus filhos não fizeram parte dos ritos “comuns” de sacrifícios determinados em Levítico 17. Como Arão e seus filhos ainda não eram de fato sacerdotes, coube ao próprio Moisés realizar as atribuições sacerdotais.

8:15-21 As ações de Moisés foram um pouco diferentes das que normalmente eram executadas quando se oferecia a oferta pelo pecado descrita no capítulo 4. O propósito é bastante claro quando observamos a purificação e a consagração do altar no versículo 15. Os sacerdotes, o altar e tudo que estava associado com o sistema sacrifical deveria ser puro e consagrado a Deus. De outra forma, os sacrifícios não expia riam os pecados de Israel.

8:22-29 A maneira como se deu o sacrifício do carneiro com o pão asmo se assemelhou ao rito do sacrifício pacífico descrito em Levítico 3.1-5 e ao da oferta de manjares registrado em Levítico 2.4-6. Contudo, esta cerimônia foi um pouco diferente porque este era o carneiro da consagração sacerdotal de Arão e seus filhos.

8:23, 24 A razão da aplicação do sangue do sacrifício na orelha, no polegar da mão e no polegar do pé de Arão não é clara. Tais partes são as extremidades do corpo de uma pessoa, de cima a baixo, e o rito possivelmente representou a cobertura total dos pecados do futuro sacerdote pelo sangue sacrifical. O sangue da oferta também foi colocado sobre as pontas do altar em redor (v. 15), simbolizando uma conexão entre o altar e as pessoas que ministrariam perante este.

8:25, 26 Normalmente, a espádua direita era a porção individual das ofertas de paz do sacerdote em exercício (Lv 7.32). Neste caso, foi uma oferta de consagração por todos os sacerdotes. Por isso, foi queimada no altar.

8:27-29 Deus recebeu a espádua direita queimada no altar, e Moisés, o peito. Visto que estas duas partes pertenceriam aos sacerdotes (Lv 7.31, 32), o arranjo descrito nestes versículos pode simbolizar Deus e Moisés agindo em conjunto, no papel de sacerdotes, para consagrar Arão e seus filhos ao sacerdócio de Israel. Tal fato sustenta a ideia de que aqueles já consagrados (os santos) devem ser as pessoas que consagram os que se tornarão santos. tinha dado ao sacerdote uma segunda chance. Este, de fato, é o Deus da segunda chance para qualquer pessoa que responda a Ele com fé.

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