Vaso de Alabastro

Vaso de Alabastro
ALABASTRO. O uso atual do termo refere-se a uma variedade de gesso (sulfato de cálcio anidro) bem fino, granulado e compacto, branco-neve ou de cor suave empregado para a ornamentação de interiores. O alabastro dos antigos, ou alabastro oriental (inclusive o ônix algeriano), era o mármore. Era usado na fabricação de vasos para unguento (Mateus 26.7; Marcos 14.3); o ônix algeriano foi empregado na construção de edifícios em Cartago e em Roma. O mármore geralmente é confundido com o assim chamado ônix-mármore, que consiste de faixas concêntricas de calcita ou aragonita (ambas formadas de carbonato de cálcio). Quando puro, o alabastro é branco ou translúcido. As impurezas lhe dão uma grande variedade de cores, principalmente creme, amarelo, castanho, marrom e vermelho, devido à presença de óxido de ferro. Estritamente falando, não se trata nem de mármore e nem de ônix, pois o ônix é uma calcedônia listrada (q.v.), composta largamente de dióxido de silicone.

A formação do alabastro é resultado de depósitos de água fria no interior das cavernas (q.v.), principalmente como estalactites e estalagmites, em pequenas reentrâncias rochosas próximas a mananciais de água. Este tipo de depósito ocorre em regiões onde há formações calcárias (carbonato de cálcio). O carbonato de cálcio é dissolvido pela água contendo dióxido de carbono, a qual se move ao longo de aterros planos e gretas. Nas cavernas, formadas abaixo dos lençóis de água, a calcita ou a aragonita precipitam-se quando o dióxido de carbono se solta da água no solo. As estalactites pendem verticalmente do teto da caverna em anéis concêntricos de cristal, os quais vão sendo acrescentados pelo gotejar contínuo (e lento) da água. O índice médio de crescimento em geral é de 0,25-3mm/ano. As estalagmites se formam em anéis concêntricos a partir do solo da caverna.