Significado de 2 Reis 25

2 Reis 25

2 Reis 25 conclui o Livro dos Reis descrevendo a queda de Jerusalém e o cativeiro babilônico de Judá.

Após um longo período de infidelidade e idolatria, Nabucodonosor, rei da Babilônia, sitia Jerusalém durante o reinado do rei Zedequias. A cidade sofre uma fome terrível e, após um longo cerco, os babilônios invadem os muros de Jerusalém.

Zedequias e seus filhos tentam escapar, mas são capturados. Os filhos de Zedequias são executados diante de seus olhos, e então seus olhos são arrancados. Ele é levado acorrentado para a Babilônia, onde morre no cativeiro.

Os babilônios queimam o templo do Senhor, destroem os muros da cidade e saqueiam Jerusalém. Os habitantes restantes são levados cativos para a Babilônia, marcando o início do exílio babilônico.

Gedalias é nomeado governador das poucas pessoas que restam em Judá. No entanto, ele é assassinado e muitas das pessoas restantes fogem para o Egito com medo.

O capítulo termina mencionando a libertação do rei Joaquim do cativeiro pelo rei da Babilônia, Evil-Merodaque, depois de passar 37 anos na prisão. Este é um vislumbre de esperança em meio à destruição.

Em resumo, 2 Reis 25 narra a queda de Jerusalém, a destruição do templo e o início do cativeiro babilônico de Judá. O capítulo serve como um lembrete sombrio das consequências da desobediência e do cumprimento das advertências de Deus sobre o destino de Seu povo quando eles se afastam Dele.

Significado

25.1, 2 Undécimo ano. O cerco a Jerusalém durou quase dois anos (v. 1). Uma comparação com outros textos do Antigo Testamento fornece as seguintes informações a respeito dos últimos dias de Jerusalém: a derrubada dos muros dessa cidade pela Babilônia e a fuga de Zedequias (v. 3-7; Jr 39.2-7;52.6-11); o aprisionamento de Jerusalém e de seus cidadãos (v. 8-12; Jr 39.8-10; 52.12-16; 2 Cr 36.19); os saques à cidade (v. 13-17; Jr 52.17-23; 2 Cr 36.18); a execução de oficiais e a deportação de cidadãos (v. 18-21; Jr 52.24-30; 2 Cr 36.17,20,21), poupando Jeremias (Jr 39.11-14).

25.3, 4 A rota de fuga de Zedequias se deu por entre dois muros, perto do jardim real, ao sudeste da cidade.

25.5, 6 Após sua captura, Zedequias foi levado a Ribla, ao rio Orontes, na Síria, que era o campo sede das campanhas do oeste de Nabucodonosor. Jeoacaz já havia sido levado para lá anteriormente, por Faraó-Neco (2 Rs 23.33).

25.7-9 Vazaram os olhos a Zedequias. Os anais do antigo Oriente Médio frequentemente mencionam o vazamento de olhos do povo conquistado. A última cena que Zedequias viu foi a recompensa pela tolice de seu pecado — o horrível espetáculo da morte de seus filhos. Ele ficou com esse evento gravado na memória até morrer numa prisão babilônica (Jr 52.11).

25.10-16 Os muros em redor de Jerusalém permaneceram em ruínas um século e meio (Ne 2.11—6.16).

25.17 Talvez três côvados fossem a altura do capitel sem contar a ornamentação, pois 1 Reis 7.16 e Jeremias 52.22 registram a altura do capitel como cinco côvados.

25.18-20 Apesar de Seraías ter sido executado em Ribla (v. 21), seu filho Jeozadaque foi apenas deportado (1 Cr 6.15). Da linhagem de Jeozadaque viria Esdras, o sacerdote e grande reformista que um dia retornaria a Jerusalém e continuaria a obra de Seraías (Ed 7.1). O segundo sacerdote martirizado, Sofonias, pode ser o sacerdote mencionado por Jeremias (Jr 21.1;29.5). Jerusalém seria menos propensa a futuras revoltas com a ausência dos principais oficiais religiosos e civis.

25.21 Da mesma forma que Israel (2 Rs 17-18), Judá foi levado preso por causa de sua apostasia.

25.22 O pai de Gedalias, Aicão, havia apoiado Jeremias em suas lutas contra os oficiais apóstatas de Judá Jr 26.24). O treinamento de Gedalias e sua descendência de uma família conhecida por seu posicionamento contra as instituições oficiais sem dúvida fizeram-no aceitável aos babilônios. O profeta Jeremias, poupado pelos babilônios (Jr 39.11-14;40.15), teve permissão para ficar e ajudar Gedalias no processo de reconstrução de Judá (Jr 40.6). Há confirmação da importância de Gedalias num selo recuperado em Laquis mencionando-o como alguém “sobre a casa”, isto é, um administrador sênior.

25.23-26 Mispá havia sido por muito tempo um centro de suma importância espiritual e política (1 Sm 10.17; 1 Rs 15.22). Era o local ideal para o governo da província. Quanto ao nome Jazanias, aparece num selo encontrado em Mispa. Os assassinatos de Ismael e o papel de Joanã nos eventos são detalhados por Jeremias (Jr 40.7—43.7).

25.27 Merodaque sucedeu a Nabucodonosor e reinou por pouco tempo (561—560 a.C.) .Tábuas do reinado de Nabonido (555—539 a.C.) registram as provisões diárias de Joaquim, que é chamado de “Yaukin, rei da terra de Yahud (Judá)”.

25.28-30 E lhe falou benignamente. A benignidade de Evil-Merodaque para com Joaquim finaliza o segundo livro de Reis — num raio de esperança. O exílio não foi o fim de Israel nem da linhagem davídica.

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