Significado de Lucas 18
Lucas 18
Lucas 18 contém várias parábolas e ensinamentos de Jesus sobre vários temas. O capítulo inicia com a parábola da viúva persistente, onde Jesus ensina sobre a importância da persistência na oração e da confiança na justiça de Deus. Ele então conta a história do fariseu e do cobrador de impostos, destacando o valor da humildade e do arrependimento.
Nos versículos seguintes, Jesus abençoa as crianças e ensina sobre a importância da fé infantil. Ele então conhece um jovem governante rico que lhe pergunta como herdar a vida eterna. Jesus diz a ele para vender todos os seus bens e segui-lo, o que o jovem governante não está disposto a fazer. Esta história ilustra a dificuldade de abrir mão de bens materiais e o custo de seguir a Jesus.
O capítulo termina com Jesus predizendo sua morte e ressurreição e curando um mendigo cego que o chama. No geral, Lucas 18 apresenta vários ensinamentos sobre oração, humildade, fé e o custo de seguir a Jesus. Jesus enfatiza a importância da persistência na oração, da humildade no relacionamento com Deus e da fé infantil. Ele também adverte contra os perigos do materialismo e encoraja seus seguidores a estarem dispostos a desistir de tudo pelo bem do Reino de Deus. Finalmente, ele demonstra seu poder e compaixão por meio da cura do mendigo cego.
I. Hebraísmos e o Texto Grego
Lucas 18, apesar de redigido em grego koiné, pensa e fala com a sintaxe, o vocabulário e as imagens da Bíblia hebraica. O capítulo progride por parataxe — encadeamentos por “e” (kai) e fórmulas como “e aconteceu” (calco do wayehi) e “eis” (idou, espelho do deítico hinneh) —, usa perguntas retóricas de timbre profético, hipérboles orientais, raciocínios do tipo qal waḥômer (do menor ao maior) e léxicos gregos operando sob campos semânticos hebraicos como šûv (retornar), ṣĕdāqāh (justiça), ḥesed (lealdade misericordiosa), raḥămîm (ternura visceral), yāšaʿ (salvar) e tsādaq (declarar justo). Logo na parábola da viúva persistente (Lucas 18:1–8), a moldura jurídica é semítica: a viúva — figura emblemática do vulnerável na Torá — clama por “fazer justiça” (ekdikein) contra o “adversário”, com ecos do dever de defender viúvas e órfãos (Êxodo 22:22–24; Deuteronômio 10:18; Deuteronômio 24:17; Isaías 1:17; Jeremias 22:3). O juiz “que não teme a Deus, nem respeita homem” representa a negação do princípio sapiencial segundo o qual o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria (Provérbios 1:7) e o Deus da aliança “não faz acepção de pessoas” (Deuteronômio 10:17). O argumento de Jesus é qal waḥômer: se até um juiz injusto cede à insistência, quanto mais o Deus justo fará justiça aos seus “eleitos”. O “clamar dia e noite” retoma a liturgia do lamento que sobe constantemente (Salmos 88:1; Salmos 55:17) e a vigília intercessória de Isaías 62:6–7, enquanto a tensão entre a longanimidade de Deus (makrothyméō, ideia de êxodo em Êxodo 34:6) e o “depressa” (en tachei) se resolve na certeza profética: “a visão... não tardará” (Habacuque 2:3). O fecho — “quando vier o Filho do Homem, achará fé na terra?” — desloca a questão do tempo para a fidelidade (ʾĕmûnāh) esperada do justo (Habacuque 2:4), e o título “Filho do Homem” transcreve o aramaico bar ʾenāš de Daniel 7:13–14, matriz apocalíptica do juízo.
A parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18:9–14) revela hebraísmos na dicção, na teologia e na gestualidade. O fariseu “de pé” ora enumerando méritos; o publicano “de longe” (merāḥōq em hebraico sugere distância cultual) “nem os olhos levantava ao céu”, gesto que, em chave de Salmos 123:1–2, seria próprio do adorador confiante, mas aqui é substituído por bater no peito — sinal de luto e contrição que os profetas conhecem (Isaías 32:12). O pedido do publicano — “sê propício a mim, o pecador” — usa hilásthēti, verbo cultual que verte o hebraico kippēr (expiar, propiciar), voz maior de Levítico 16 (o dia da expiação) e da súplica penitencial dos Salmos (Salmos 51:1–2). O veredito “desceu justificado” usa dikaioō no sentido forense veterotestamentário de declarar justo (tsādaq) em tribunal (Deuteronômio 25:1; Provérbios 17:15), enquanto o refrão “quem se exalta será humilhado; quem se humilha será exaltado” sintetiza a teologia de reversão de 1 Samuel 2:7–8 e Provérbios 29:23. Em todo o quadro, o grego de Lucas acolhe a sintaxe semítica: paralelismo antitético (justo/ímpio; exaltação/humilhação), litotes e deítico implícito.
A cena das crianças traz a antropologia bíblica do pequeno como paradigma do Reino (Lucas 18:15–17). “Deixai vir a mim os pequeninos” alinha-se à proteção deuteronômica dos “pequeninos” como destinatários da terra (Deuteronômio 1:39) e à imagem de confiança mansa de Salmos 131:2. Receber o Reino “como uma criança” não é sentimentalismo helenista; é a teologia da dependência e do coração indiviso (lēb) pedida pela aliança (Deuteronômio 6:5; 10:12), em que a fraqueza é lugar de acolhida da graça (cf. Isaías 57:15). O “em verdade vos digo” conserva a partícula semítica ʾāmēn como fórmula de autoridade profética.
No encontro com o “chefe” rico (Lucas 18:18–30), tudo respira a Torá. A pergunta “que farei para herdar a vida eterna?” usa “herdar” em registro pactual, como quem recebe por promessa o que pertence à casa (Números 26–27). A resposta remete aos mandamentos do decálogo (Êxodo 20; Deuteronômio 5), e a réplica de Jesus — “Ninguém é bom senão um, Deus” — reinscreve “bom” (ṭôv) na teologia do Único (Deuteronômio 6:4–5). O chamado a vender e dar aos pobres e a seguir o Messias convoca a justiça-caridade como essência da fidelidade (ṣĕdāqāh/ḥesed, Provérbios 19:17; Deuteronômio 15:7–11; Isaías 58:6–7) e promete “tesouro nos céus”, idiomatismo judaico que ecoa a abertura dos “céus” como depósito da benevolência divina (Deuteronômio 28:12) e a balança moral de Malaquias 3:10. A hipérbole “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha” é figura oriental de impossibilidade, equivalente a montes que saltam (Salmos 114:4) e a perguntas retóricas que dramatizam o impossível humano, ao que se contrapõe o possível divino (“acaso para o SENHOR haveria coisa demasiadamente difícil?”, Gênesis 18:14; cf. Jeremias 32:17, 27). A retribuição prometida a quem deixa casa e família por causa do Reino se ancora na economia bíblica das duas eras (antecipada em Daniel 12:2) e na restauração cem por um como linguagem de superabundância de aliança (Isaías 61:7).
A terceira previsão da paixão (Lucas 18:31–34) é inteiramente tecida em chave de cumprimento. “Eis que subimos a Jerusalém” traz o idou/hinneh que chama atenção para o cumprimento de “tudo o que está escrito pelos profetas acerca do Filho do Homem”: a entrega aos gentios, escárnio, ultrajes, cusparadas e açoites pertencem ao catálogo do Servo e do Justo sofredor (Isaías 50:6; 52:13–53:12; Salmos 22:6–8; 69:7–9), e o “terceiro dia” reencena o marcador triádico semítico de restauração (Oséias 6:2). O comentário “eles nada entenderam... esta palavra lhes era encoberta” reencontra o motivo da cegueira judicial (Isaías 6:9–10) e do selo sobre palavras até o tempo designado (Daniel 12:4), insistindo que a compreensão é dom escatológico.
A cura do cego junto a Jericó (Lucas 18:35–43) coroa o capítulo com a simbólica profética da luz que rompe a cegueira. O clamor “Filho de Davi, tem misericórdia de mim” convoca a promessa régia (2 Samuel 7:12–16; Jeremias 23:5–6) e traduz eleéō (ter misericórdia) no campo de raḥēm/ḥānan, termos da piedade pactuai que os salmos reiteram (Salmos 86:15). Quando Jesus responde “recobre a vista; a tua fé te salvou”, pístis (confiança) e sōzō (salvar/curar) convergem na soteriologia hebraica de ʾāman (crer, firmar-se) e yāšaʿ (salvar, livrar), e a cura visual explicita aquilo que os profetas prometeram: “os olhos dos cegos serão abertos” (Isaías 35:5; 42:7) e “o SENHOR abre os olhos aos cegos” (Salmos 146:8). A doxologia comunitária final — o curado glorifica a Deus e todo o povo louva — segue a liturgia de reconhecimento dos salmos de ação de graças após livramento (Salmos 30; 116), e o “imediatamente” com que a visão retorna é um “eis” narrativo que sela o sinal.
Do ponto de vista formal, a composição inteira sozinha pela sintaxe hebraica: parataxe cumulativa (pouca subordinação e muito “e”), paralelismos antitéticos e sinonímicos (viúva/juiz, fariseu/publicano, rico/pobres, cegueira/visão), deíticos de foco (idou/hinneh em 18:31), máximas proverbiais que arrematam perícopes (“quem se exalta será humilhado...”), hipérboles semíticas (camelo e agulha; árvore arrancada e plantada no mar) e perguntas retóricas que exigem juízo moral. O léxico grego é carregado por matrizes hebraicas: metanoeō é ouvido como šûv; dikaioō como tsādaq; eleos e oiktirmos respiram ḥesed e raḥămîm; psychē (“vida”) funciona como nepeš (vida integral, não uma “alma” abstraída); basileia (Reino) concretiza a malkût do Deus presente “no meio” do seu povo; hilásthēti retoma kippēr; pístis e sōtēria confluem com ʾāman e yāšaʿ. E as comparações veterotestamentárias não são ornamento, mas tecido estrutural: defesa das viúvas (Êxodo 22:22–24; Deuteronômio 10:18; 24:17; Isaías 1:17; Jeremias 22:3), clamor “dia e noite” (Salmos 88:1; Isaías 62:6–7), paciência e prontidão do juízo (Êxodo 34:6; Habacuque 2:3), justificação forense (Deuteronômio 25:1; Provérbios 17:15), penitência cultual (Levítico 16; Salmos 51), reversão de honra (1 Samuel 2:7–8; Provérbios 29:23), crianças e “pequeninos” (Deuteronômio 1:39; Salmos 131:2), esmola e justiça (Deuteronômio 15:7–11; Provérbios 19:17; Isaías 58:6–7), possibilidade divina (Gênesis 18:14; Jeremias 32:17, 27), cumprimento profético da paixão (Isaías 50:6; 52–53; Salmos 22; 69; Oséias 6:2), abertura dos olhos (Isaías 35:5; 42:7; Salmos 146:8). Em suma, o grego de Lucas 18 é o veículo de uma mente que pensa com a gramática, a poética e a teologia de Israel: a justiça e a misericórdia de aliança, a fé confiante, o arrependimento como retorno, o Reino como governo real de Deus e a reversão escatológica que confirma a fidelidade do SENHOR.
II. Comentário de Lucas 18
Lucas 18.1 O dever de orar sempre e nunca desfalecer. Lucas deixa claro o motivo pelo qual Jesus conta essa parábola.
Lucas 18.2 Os romanos permitiam que os judeus gerenciassem grande parte de seus negócios. Esse juiz não temia a Deus. Por essa razão, era provavelmente um juiz secular, e não religioso. O magistrado desonesto representava o poder corrompido.
Lucas 18.3 A mulher na parábola é uma viúva, dependente do auxílio da sociedade. Lucas frequentemente observa, em especial, a condição das viúvas (Lc 2.37; 4.25,26; 7.12; 20.47; 21.2,3; At 6.1-7; 9.39,41). Faze-me justiça. Talvez a mulher estivesse apelando para que se resolvesse algum problema financeiro.
Lucas 18.4, 5 A insistência da viúva é a lição da parábola. Deus é um exemplo inverso desse juiz. Ele não responde a um pedido de má vontade. A mensagem de Jesus é clara: se até mesmo um juiz insensível atende às frequentes solicitações de alguém, Deus certamente responderá às contínuas orações dos cristãos.
Lucas 18.6,7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos. Deus responderá à injustiça e à perseguição religiosa que oprimem o Seu povo. No final, Ele se vingará.
Lucas 18.8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Jesus pergunta aqui se, no Seu retorno, os que creem ainda estarão buscando por Ele. A perseguição pode fazer com que um fiel perca seu entusiasmo. Ao indagar tal coisa, Jesus estava aconselhando os cristãos a não desanimarem (Lc 18.1).
Lucas 18.9 Uns que confiavam em si mesmos. Jesus sempre desafia o orgulho religioso e aqueles que honram a si mesmos, ao mesmo tempo em que aprova a humildade (Lc 5.29-32; 7.36-50; 14.1-14).
Lucas 18.10-12 Ó Deus, graças te dou. O tom da oração revela o problema do fariseu. Ele usa a primeira pessoa do singular cinco vezes nesses dois versículos. A atitude desse homem dá a impressão de que Deus deve sentir-se grato por causa de seu comprometimento. O fariseu provavelmente menosprezava as outras pessoas e sentia-se orgulhoso por causa do jejum e do dízimo que dava.
Lucas 18.13 Aqui encontramos um exemplo do humilde espírito de arrependimento, o qual Jesus aprova. O publicano sabia que não podia influenciar ou dizer algo que melhorasse a sua reputação diante de Deus. O homem tinha consciência de que apenas a misericórdia e a graça de Deus, e não as obras realizadas por ele, poderiam libertá-lo.
Lucas 18.14 Jesus identificou a diferença entre o fariseu e o publicano: um era orgulhoso e o outro humilde. É o mesmo contraste entre aqueles que se exaltam e os que se submetem. Deus exalta quem se humilha e rebaixa quem se exalta (Lc 1.52; 14.11).
Lucas 18.15 Repreendiam-nos. Os discípulos supunham que Jesus era muito importante e ocupado para atender as crianças. Os pais delas provavelmente desejavam que Jesus as tocasse, a fim de abençoá-las.
Lucas 18.16, 17 Jesus usou a repreensão dos discípulos para transmitir duas mensagens: (1) todas as pessoas, até mesmo as crianças, são importantes para Deus. (2) O Reino de Deus é formado por aqueles que respondem a Deus com a mesma confiança que os pequenos demonstram ter em seus pais.
Lucas 18.18-21 Todas essas coisas tenho observado. Agindo da mesma forma que o fariseu nos versículos 11 e 12, o príncipe tinha certeza de que vivia honradamente.
Lucas 18.22 Vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres. Esta prova testava radicalmente o interesse do homem importante pelo seu próximo (Lc 12.33,34). Jesus determinou, nesse trecho, se o tesouro do jovem rico (Mt 6.19-21) estava fundamentado em Deus ou no dinheiro (Lc 16.13). Cristo, por meio dessa ação, não estabeleceu uma nova exigência para a salvação. Ele estava checando se o jovem se orientava por Deus, confrontando-o com aquilo que obstruía seu caminho, isto é, sua riqueza. Zaqueu, ao contrário do jovem nessa passagem, foi um homem rico que respondeu bem a Jesus (Lc 19.8-10).
Lucas 18.23 Ficou muito triste, porque era muito rico. Encontramos aqui o lamentável comentário sobre a forma como o jovem rico respondeu. Sua riqueza não o deixava sequer considerar a admoestação de Jesus.
Lucas 18.24 Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Jesus sabe que a riqueza pode dar origem ao orgulho e ao sentimento de domínio. Uma pessoa abastada, muitas vezes, pensa que não precisa de Deus, que está no controle de sua vida ou a controla por intermédio de suas posses. Isto indica subserviência à criação, e não ao Criador. Por este motivo, Jesus diz que é difícil dar prioridade a Deus e ao Seu Reino quando se confia nos bens materiais. Tudo isso é ainda mais trágico quando se pensa que o Reino de Deus dura para sempre, e as riquezas deste mundo passam rápido (2 Pe 3.10-12).
Lucas 18.25 E mais fácil. Trata-se de uma hipérbole. E impossível que um camelo passe pelo fundo de uma agulha. Entretanto, até mesmo isso é mais fácil de acontecer do que um rico entrar no Reino de Deus. Tal afirmação deve ter chocado Seus ouvintes judeus, que acreditavam que riqueza significava a presença da bênção de Deus.
Lucas 18.26, 27 Logo, quem pode salvar-se? Jesus respondeu a esta pergunta explicando que a mudança no coração que uma pessoa deve experimentar, a fim de conhecer a Deus, é possível por meio dele. Qualquer um que entra no Reino dos céus só o faz por causa da maravilhosa graça de Deus (Jo 3.3).
Lucas 18.28 Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. Pedro queria que o sacrifício dos discípulos fosse assegurado, quando comparado ao do príncipe.
Lucas 18.29 Pelo reino de Deus. Jesus garantiu que o sacrifício que os discípulos fizeram, deixando tudo para segui-lo, seria eternamente recompensado em Seu Reino. O sábio e humilde serviço que os discípulos prestavam ao Senhor exemplifica o princípio de Lucas 9.24 e 17.33.
Lucas 18.30 E não haja de receber muito mais... vida eterna. Nós vemos aqui a clara divisão de tempo entre a presente era e a idade vindoura. As bênçãos são abundantes em ambos os períodos para os discípulos. Com o período vindouro chega a vida eterna, pela qual o jovem rico perguntou no versículo 18.
A qualidade de vida que há de vir será tão abundante (Jo 10.10) quanto o investimento de sacrifício do presente (Lc 9.24). N a verdade, Jesus cita a compensação divina como um ganho de muitas vezes mais (Mt 19.29). A remuneração é sempre maior com Deus do que a renúncia suportada.
Lucas 18.31 Embora Jesus tenha falado do sofrimento que iria enfrentar em Jerusalém, um padecimento predito pelos profetas, os discípulos não entenderam o sentido de Suas palavras, até depois da ressurreição. O tema do sofrimento de Jesus é repetido em Lucas 24.25,26,44-47.
Lucas 18.32, 33 Toda a sequência dos acontecimentos que envolvem a morte de Jesus é citada aqui: o julgamento, a crucificação e a ressurreição.
Lucas 18.34 Eles nada disso entendiam. Os discípulos podem ter entendido literalmente as palavras de Jesus, mas não compreenderam porque o escolhido de Deus teria de passar por todo esse sofrimento. Para aqueles que esperavam que o Prometido fosse uma figura exaltada que libertaria o povo de Deus, deve ter sido muito difícil conciliar tal expectativa com o terrível sofrimento descrito. Era encoberta. Os discípulos não compreenderam o contexto do padecimento e da morte de Cristo até que lhes fosse explicado em detalhes depois que Jesus levantou dos mortos (Lc 24.25, 26, 44-47).
Lucas 18.35-37 Jesus estava próximo de Jerusalém. Jericó estava a aproximadamente 28 km desta cidade.
Lucas 18.38 Observe a ironia nesse versículo. O homem cego reconheceu quem era Jesus, o Filho de Davi, de forma mais clara do que muitas pessoas que tinham a bênção da visão física. O cego implorou por misericórdia, demonstrando sua crença de que Jesus Cristo tinha poderes para curá-lo.
Lucas 18.39-41 Clamava ainda mais. A reprimenda da multidão não conteve a vibrante fé do homem cego.
Lucas 18.42 Vê, tua fé te salvou. Jesus, mais uma vez, destaca o valor da fé (Lc 7.50; 8.50; 17.19).
Lucas 18.43 A benevolente obra de Deus originou louvores, não apenas daquele que havia sido abençoado, mas também de todos que presenciaram a bênção.
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