Gênesis 3 — Explicação das Escrituras
Gênesis 3
• N. Hom. 3.1 Nem Deus nem o homem é autor do pecado, pois este é algo que vem de fora, mediante a serpente (Satanás, cf. 2 Co 11.14; Ap 12.9 ; 20.2). Observe-se que a tentação está associada à dúvida relativa à Palavra de Deus, “Deus disse”. São estes os estágios da tentação: 1) A curiosidade e a desconfiança despertadas em Eva (v. 1), 2) Insinuação de tríplice dúvida com referência a Deus: sua bondade no tocante à restrição; sua retidão relativamente à afirmação de que morreriam (v. 4); e, por fim, sua santidade quando Satanás assevera que, ao contrário de morrerem, “como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (v. 5) - esta tríplice dúvida conduz à 3) Incredulidade, que por seu turno se desfecha na 4) Desobediência (v. 6).3.10 A consciência despertada com relação ao pecado e, em consequência, a vergonha, leva ao temor e à tentativa de esconder-se, mostrando claramente a natureza decaída da humanidade, desde então, até a presente.
3.12, 13 Sintomático do estado impenitente reinante nos corações de Adão e Eva é a maneira como procuram lançar a culpa um sobre o outro.
3.15 Aqui está que se denomina de Proto-evangelho, isto é, a primeira referência feita ao necessário Redentor, capaz de efetuar a purificação pelo pecado, bem como pagar a horrenda pena que este acarreta. Observe-se que o termo “descendente” encontra-se no singular, portanto, uma referência clara feita a certa pessoa (Cristo) descendente de Eva, e não a toda a raça humana (cf. Gl 3.16).
3.20 Eva quer dizer vida. A linguagem primitiva não era a hebraica mas, à medida que os pensamentos se transmitem de uma para outra língua, os nomes vão se ajustando para manterem a significação original.
3.21 A tentativa feita pelo homem de cobrir-se com folhas (7), era tão inadequada como o desejo de desculpar-se pelo pecado. A provisão de Deus, fazendo-lhes vestimentas de peles é o primeiro vestígio da exigência divina de uma vítima sacrificial que ofereça uma cobertura (propiciação: heb caphar) capaz de promover a reconciliação.
3.22 Foi devido à misericórdia de Deus que não se permitiu ao homem comer da “árvore da vida”, de modo a perpetuar e agravar ainda mais a sua condição pecaminosa.
3.23 A separação é o resultado inevitável do pecado (cf. Is 59.2). O pecado e o paraíso (significando o lugar onde Deus pode ser encontrado para com Ele manter-se Comunhão) são realidades incompatíveis.
3.24 Querubins, uma categoria de anjos; têm a tarefa de zelar pela santidade de Deus. Por isso Deus mandou que, no Santo dos Santos, Moisés colocasse dois querubins de ouro, simbolizando o local da presença sagrada e gloriosa de Deus no tabernáculo (Êx 37.7-10).
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