Interpretação de Romanos 15

Romanos 15

Romanos 15 abordar temas relacionados à unidade dos cristãos, à vida em harmonia e à missão do Evangelho. Aqui está uma interpretação dos pontos-chave em Romanos 15:

1. Vida altruísta pelos outros: Paulo começa encorajando aqueles que são fortes na fé a suportar as falhas dos fracos, seguindo o exemplo de Cristo. Ele enfatiza a importância do altruísmo e não de agradar a si mesmo, mas de buscar edificar os outros. Isto reflete a atitude de Cristo, que veio para servir e não para ser servido (Romanos 15:1-3).

2. As Escrituras para Encorajamento: Paulo recorre às Escrituras, particularmente ao Antigo Testamento, para mostrar que o plano de Deus inclui tanto Judeus como Gentios na adoração a Deus. Ele encoraja os crentes a encontrarem esperança e perseverança através das Escrituras, à medida que elas revelam o caráter e a fidelidade de Deus (Romanos 15:4).

3. Unidade de Judeus e Gentios: Paulo enfatiza que o propósito de Deus era unir judeus e gentios em louvor e serviço a Ele. Cristo tornou-se servo da circuncisão (judeus) para confirmar as promessas de Deus a eles, mas também acolhe os gentios para glorificar a Deus pela Sua misericórdia. Esta unidade entre os crentes, tanto judeus como gentios, reflete a amplitude do plano redentor de Deus (Romanos 15:5-13).

4. O Ministério de Paulo aos Gentios: Paulo discute o seu ministério apostólico aos gentios, enfatizando o seu desejo de pregar o Evangelho onde Cristo ainda não foi nomeado. Ele se vê como um ministro de Cristo para os gentios e espera ser apoiado pelos crentes romanos na sua missão na Espanha. Paulo busca não apenas a conversão dos gentios, mas também a sua santificação através do Evangelho (Romanos 15:14-21).

5. O Plano para Visitar Roma: Paulo expressa seu desejo de visitar Roma, pois desejava fazê-lo e pretende viajar para a Espanha depois. Ele espera vir a Roma de passagem e ser revigorado pelos crentes de lá. Ele também busca suas orações para sua libertação daqueles que se opõem a ele em sua missão (Romanos 15:22-32).

6. Doxologia Final: Paulo encerra o capítulo com uma doxologia, louvando a Deus por Sua fidelidade e pelo cumprimento de Suas promessas em Cristo. Ele enfatiza que Deus é digno de louvor entre todas as nações e deseja que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, O louvem (Romanos 15:33).

Em Romanos 15, Paulo destaca a importância da unidade entre os crentes, independentemente da sua formação ou convicções sobre assuntos controversos. Ele incentiva uma vida altruísta, modelando o exemplo de Cristo, e enfatiza a inclusão de judeus e gentios no plano redentor de Deus. O capítulo também revela o zelo missionário de Paulo e seu desejo de compartilhar o Evangelho com aqueles que ainda não o ouviram. Serve como um apelo à unidade, missão e louvor entre os crentes, à medida que vivem a sua fé em harmonia uns com os outros.

Interpretação

15:1 Ter paciência com os escrúpulos excessivos – debilidades – dos fracos (sem maturidade cristã) é a obrigação dos que são fortes (na fé).

15:2 Um crente deve agradar seu próximo para o bem do próximo e para sua edificação.

15:3 O crente tem o seu exemplo em Cristo, que não se agradou a Si mesmo. Paulo aplica as palavras de Davi em Sl. 69:10 a Cristo. Os opróbrios que recaíram sobre Cristo são evidência de que Ele não se agradou a Si mesmo.

15:4 Qual o valor que o V.T, tem para o cristão? Ele tem instruções para os crentes cristãos. Ao ler e aceitar as Escrituras do V.T., o cristão recebe as duas coisas, paciência e consolação. Instrução, paciência e consolação são todos elementos essenciais para o cristão que tem esperança (v. 4). O V.T, pode fazê-lo porque é um livro sobre Deus e Seu povo, mais do que sobre ideias.

15:5 Paulo ora, que o Deus, que dá paciência e consolação, possa mudar seus leitores a viverem em harmonia entre si, com Cristo Jesus por padrão.

15:6 O propósito dessa harmonia é que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Observe que a união dos crentes é essencial se quiserem glorificar a Deus.

15:7 Ao concluir a questão do relacionamento entre os cristãos forte e fraco, Paulo insiste que eles se recebam mutuamente dentro da sociedade como também Cristo nos acolheu na Sua comunhão. O resultado de tal recepção é a glória de Deus.

15:8, 9 Por dois motivos Cristo se tornou o ministro da circuncisão (isto é, dos judeus): 1) para provar que às promessas feitas aos pais são dignas de confiança; 2) capacitar os gentios a glorificar a Deus pela Sua misericórdia. Ao desfrutar das promessas feitas a e por meio dos judeus, os gentios glorificaram a Deus (cf. Rm. 11:11-36; Ef. 3:6). Ao se tomar ministro do povo judeu, Cristo se tornou ministro de todos os homens.

15:9b-12 Então Paulo faz quatro citações da versão grega do V.T. (LXX). Estas citações descrevem os gentios ouvindo um testemunho pessoal (Sl. 18:49), regozijando-se com o povo de Deus (Dt. 32:4, LXX), sendo exortados a louvar o Senhor (Sl. 117: 1), a serem governados pelo Rei messiânico e a terem esperança nEle (Is. 11:10).

15:13 Depois de mostrar o que está envolvido na conduta cristã, Paulo conclui com uma oração pelos seus leitores. E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos na esperança no poder do Espírito Santo. “Abundando em esperança cristã” deveria ser uma descrição exata de cada cristão. O cristão olha para o futuro com um entusiasmo contagiante. Deus o encheu com esperança.

15:14 –16:27 A conclusão de Paulo é longa porque ele queria contar a seus leitores, quais os alvos que tinha na qualidade de apóstolo. Ele queria que os seus leitores sentissem, que tinham parte no seu ministério. Com suas saudações ele dá instruções, admoestações, e ensinamentos específicos. Esta seção certamente esclarece que Romanos é uma carta.

15:14, 15 Embora o apóstolo se sentisse confiante de que os cristãos romanos estavam cheios de bondade e num estado de plenitude quanto ao conhecimento cristão, ele escreveu esta carta para lembrá-los de certas verdades que eles já sabiam. Observe a modéstia de Paulo. Sua justificativa para escrever-lhes mais ousadamente sobre alguns pontos, surgiu do fato, que ele recebeu uma graça especial para o seu ofício.

15:16 Ele encarava o seu apostolado aos gentios como se fosse um ministério sacerdotal, no qual ele ministrava ou servia o evangelho de Deus, como sacerdote. O propósito de seu ministério era que a oferta dos gentios fosse aceitável, porque ele a consagrara pelo Espírito Santo.

15:17 Uma vez que Paulo recebeu a graça de um apóstolo, e uma vez que ministrava o evangelho de Deus como sacerdote, ele podia declarar: Tenho, pois, motivo de gloriar-me em Cristo Jesus nas cousas concernentes a Deus.

15:18, 19 Mas ele não se gloriava no que tinha feito, mas no que Cristo tinha realizado através de sua palavra e atos, pelo poder de sinais e maravilhas, pelo poder do Espírito. Seu alvo era obediência dos gentios - a qual os gentios já estavam prestando. Paulo encarava o seu território, até então alcançado, como compreendido entre Jerusalém e o Ilírico (também chamado Dalmácia, uma província romana além da Macedônia, estendendo-se desde a costa oriental do Adriático – hoje Iugoslávia).

15:20, 21 Sua ambição era pregar o Evangelho onde Cristo não era mencionado - isto é, não era conhecido. Ele pôs em prática as palavras de Is. 52:15, as quais se referem a reis. Mas Paulo as aplica aos gentios, que creram quando ouviram pela primeira vez as boas novas sobre Cristo.

15:22 Muitas vezes me senti impedido de visitar-vos. Uma vez que Roma era o passo seguinte – exatamente do outro lado do Adriático – Paulo esperara muitas vezes fazer essa viagem.

15:23 Nestas regiões. Antes, nesta oportunidade. No território em que Paulo estivera, já não tinha mais oportunidade de pregar a Cristo, onde Ele antes era conhecido.

15:24 Por isso o apóstolo tinha esperanças de visitar os romanos a caminho da Espanha. Ele anuncia seu plano de ir ter com eles e de ser encaminhado por eles depois de haver primeiro desfrutado um pouco a vossa companhia.

15:25, 26 Mas antes de Paulo poder ir, tinha de completar seu projeto imediato. Recebera contribuições dos crentes da Macedônia e Acaia para os santos pobres de Jerusalém. Ele encarava essa coleta como parte da obrigação espiritual dos gentios.

15:27 Assim como participaram das bênçãos espirituais de Israel, certamente deviam agora ministrar aos cristãos israelitas com seus bens materiais.

15:28 O apóstolo tinha esse fundo em conta de sagrado. Havendo-lhes consignado este fruto, passando por vós, irei à Espanha (veja Arndt, spharigizo, 2,d., pág. 804). Paulo menciona essa coleta em I Co. 16:1 e II Co. 8 e 9. 29. Observe a confiança que o escritor tem de que ele iria na plenitude da bênção de Cristo. A palavra evangelho (E.R.C.) não se encontra nos melhores manuscritos. Paulo iria com as bênçãos de Cristo, mas na qualidade de prisioneiro. Deus cumpriu o seu desejo, mas de um modo. que ele não previu. Ele sabia, entretanto, que o caminho à frente seria difícil. Por isso queda que seus leitores orassem por ele.

15:30 Paulo apelou para os seus leitores por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito que orassem por ele. Ele desejava as mais fervorosas orações – luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor.

15:31 Ele lhes pediu que orassem, em primeiro lugar, que ele fosse libertado dos desobedientes judeus da Judeia. file sabia o quanto os judeus incrédulos da Palestina o desprezavam. Pediu também que os cristãos romanos orassem, para que a contribuição destinada a Jerusalém, fosse bem aceita pelos santos. Paulo desejava que os cristãos judeus aceitassem este gesto de amor cristão da parte dos cristãos gentios – a coleta de todas as igrejas gentias.

15:32 Finalmente, eles deviam orar para que ele, com alegria encontrasse descanso entre eles, quando fosse visitá-los pela vontade de Deus. Quando Paulo chegou a Roma, fê-lo na qualidade de prisioneiro, sem motivos externos para se alegrar. Ele não encontrou refrigério entre os romanos, uma vez que não tinha liberdade de visitá-los, embora eles fossem livres para vir a ele. A vontade de Deus indeferiu alguns dos detalhes do seu pedido, mas o pedido em si foi atendido.

15:33 Uma vez que Deus é o único que realmente pode produzir paz, é natural que Paulo termine esse pedido de oração com uma sentença, que .é uma oração sua pelos leitores: E o Deus de paz seja com todos vós. Amém.

Índice: Romanos 1 Romanos 2 Romanos 3 Romanos 4 Romanos 5 Romanos 6 Romanos 7 Romanos 8 Romanos 9 Romanos 10 Romanos 11 Romanos 12 Romanos 13 Romanos 14 Romanos 15 Romanos 16