Números 8
G. O Candelabro de Ouro. 8: 1-4.
Os detalhes sobre o candelabro foram
apresentados em outras passagens: em Êx. 25:31,40, onde foi planejado; em Êx.
37:17,24, onde foi feito; em Êx. 40:24, 25, quando foi ornado; e em Lv. 24: 2,
onde se fala do azeite caro que devia ser usado nele. Aqui em Nm. 8, vemo-lo em
uso, derramando sua sagrada luz cerimonial diante do Senhor continuamente
(cons. Jo. 8:12).
2. As lâmpadas . . . as sete. Joseph P. Free, em suas escavações em
Dotã, encontrou em uma camada primitiva um candeeiro de cerâmica com sete
bicos, que tende a refutar a noção nutrida por alguns mestres de que tal
candeeiro era desconhecido no tempo de Moisés.
3. Colocou as lâmpadas para que
alumiassem defronte do candelabro. Não é necessário acrescentar as palavras “para
que alumiassem” Traduza 8:2,3 assim: “Quando colocares as lâmpadas defronte do
candelabro, as sete lâmpadas alumiarão . . . E Arão fez assim; colocou as
lâmpadas defronte do candelabro . . “.
H. Consagração dos Levitas e Sua Aposentadoria. 8:5-26.
Os levitas deviam lavar suas vestes e
barbear sua pele, serem aspergidos com água santa, trazer ofertas apropriadas e
reunir-se diante do Tabernáculo, junto com toda a congregação. Nessa ocasião
Arão oferecia os levitas como sacrifícios vivos (ofertas movidas) em lugar dos
primogênitos, os quais o Senhor, por ocasião da Páscoa no Egito, comprara para
o seu serviço. Por isso os levitas deviam ser “oferecidos”, inteiramente
dedicados ao serviço do santuário. Sua posição especifica, na vizinhança imediata
do Tabernáculo e à sua volta, servia para evitar a violação dos recintos sa,
grados pelos israelitas seculares (v. 19). Aos cinquenta anos de idade os
levitas se retiravam do serviço manual, que era sua principal ocupação. Mas
continuavam ministrando dentro de sua capacidade, talvez como instrutores dos
jovens e em outras obrigações menos cansativas
7. Esparge sobre eles a água da expiação.
Esta é a chamada água
do pecado (me hattei't). A oferta pelo pecado era oferecida por
causa do pecado; esta água eia para a purificação do pecado. Talvez está água
possa ser identificada com a “água da separação” que se fazia com as cinzas de
uma novilha vermelha também chamada hattei't, “pelo pecado” (Nm. 19). E
sobre todo o seu corpo farão passar a navalha. Uma vez que a língua
hebraica tem uma outra palavra para “rapar completamente” (6:9, 18), alguns
comentadores acham que isto significa apenas “aparar o cabelo” (KD, pág. 47).
Mas é ordem era: “Passar uma navalha por todo o corpo”. Certamente isto
significava que eles deviam remover todo o cabelo (cerimonialmente
contaminado), tal como a lavagem das roupas removia a imundícia destas e o
aspergir da “água do pecado” servia para purificação dos seus corpos. Esta
limpeza cerimonial não apenas era uma sombra da purificação espiritual da
Igreja feita por Cristo (Ef. 5:25, 26), mas também envolvia o elemento
essencial da obediência à Palavra de Deus, através da qual Cristo realizaria a
purificação.
10. Os filhos de Israel porão as mãos
sobre eles. Isto
era, sem dúvida, feito de alguma maneira representativa, embora seja possível
que cada primogênito realmente impusesse suas mãos sobre um dos levitas. Por
meio deste ato a verdade era representada objetivamente, quando estes levitas
passavam a ser os substitutos dos primogênitos no serviço do santuário. A
igreja primitiva continuou essa conhecida prática da imposição de mãos (Atos
6:6; I Tm. 4:14).
11. Arão apresentará os levitas como
oferta movida. Como
os milhares de levitas poderiam ser movidos como oferta movida, apenas
percebemos no versículo 13. Este tecnicismo, entretanto, é muito menos
importante do que o significado da oferta. Alguns acham que a palavra pode ter
perdido seu significado original, de modo que agora significava apenas oferecer
(Êx. 35:22). Parece mais provável que o termo tivesse uru significado
especializado, fosse ou não fosse o processo da movimentação executado sempre.
Era um “rito no qual originalmente o sacerdote levantava a sua parte da oferta
e a movimentava, isto é, levava até o altar e trazia de volta, como sinal de
apresentação a Deus e o seu retorno da parte de Deus ao sacerdote (BDB, pág.
632). Assim a cerimônia demonstrava que os levitas pertenciam ao Senhor, mas
eram devolvidos a Arão para servirem como sacrifícios vivos no Tabernáculo.
12. Os levitas porão as mãos sobre a
cabeça dos novilhos. Novamente o princípio da substituição é a lição ensinada. Com a
substituição de uma vítima inocente, fazia-se a expiação (reparação) pelos (“em
favor dos”) levitas.
14. E separarás os levitas. . . os
levitas serão meus. Deus exige separação do limpo e do imundo, do Seu povo e dos pagãos com
suas práticas. Aqui está uma verdade que se encontra na trama e na urdidura dos
ensinamentos do Velho e do Novo Testamento, mas geralmente negligenciada pela
igreja. Deus é santo, e o Seu povo tem de ser santo, pois Lhe pertence:
portanto Ele faz uma divisão entre Ele e os outros (Lv. 20:26). Assim Cristo
veio para convocar os homens à santidade, fazendo consequentemente uma
distinção entre as pessoas, de modo que os inimigos de um homem podem ser
aqueles que são de sua própria casa (Mt. 10:34-46).
19. E os levitas . . . entreguei-os. Observe a sequência. “Tomei os levitas”
(v. 18); “Entreguei-os”. A própria sequência cumpre o propósito do tenupa,
“oferta movida”. Deus tomou e devolveu a Arão aqueles sacrifícios vivos como “ofertas”.
A igreja igualmente fala daqueles a quem Deus “deu” a ela (cons. Ef. 4:11, 12),
não como sacerdotes mas como seus ministros, porque deles é a “obra de servir,
na edificação do corpo de Custo”. Para fazerem o serviço dos filhos de
Israel. . . para fazerem expiação . . . para que não haja praga. Só havia
um Servo por excelência que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate de muitos” (Mc. 10:45). Estes servos, como ele, eram
substitutos, tomando o lugar dos filhos de Israel, fazendo expiação com o seu
serviço, providenciando o resgate que lhes trazia o livramento da ira de Deus.
21. Os levitas se purificaram. Como a “água da expiação” (v. 7) e a
oferta pelo pecado tinham a intenção de remover o pecado, este verbo da mesma
raiz hatei' significa despecar alguém, ou melhor, “fazer as coisas
necessárias para a purificação cerimonial”.
24. Da idade de vinte e cinco anos para cima. Isto não concorda com 4:35 (e outros versículos), onde a idade é de trinta anos. Tal diferença óbvia não parece ser um erro de texto. A obra exata desta “luta”, na qual erros de mãos destreinadas resultaram em morte (II Sm. 6:6,7), talvez exigisse um aprendizado de cinco anos.
24. Da idade de vinte e cinco anos para cima. Isto não concorda com 4:35 (e outros versículos), onde a idade é de trinta anos. Tal diferença óbvia não parece ser um erro de texto. A obra exata desta “luta”, na qual erros de mãos destreinadas resultaram em morte (II Sm. 6:6,7), talvez exigisse um aprendizado de cinco anos.
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Um comentário:
Maravilhoso esse estudo :)
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