Significado de Números 33

Números 33

Números 33 fornece um resumo detalhado da jornada dos israelitas do Egito às planícies de Moabe, no lado leste do rio Jordão. O capítulo lista todos os locais onde os israelitas acamparam e os eventos significativos que ocorreram durante sua jornada de 40 anos no deserto.

O capítulo começa afirmando que os israelitas partiram de Ramsés, no Egito, no décimo quinto dia do primeiro mês, um dia após a Páscoa. Moisés registra cada acampamento subsequente onde eles pararam, incluindo Sucot, Etham, Pi Hahiroth, Marah, Elim e o Mar Vermelho. A narrativa continua com a jornada dos israelitas pelo deserto de Sin, as regiões de Dofcá e Alush, e seu acampamento em Refidim, onde sentiram falta de água.

O capítulo 33 continua mencionando os vários lugares onde os israelitas acamparam durante sua jornada, como o Monte Sinai, onde receberam os Dez Mandamentos e as leis de Deus. Números 33 menciona ainda os encontros dos israelitas com os amalequitas, os cananeus e o rei de Arad, bem como suas vitórias e derrotas subsequentes. Ele também destaca marcos significativos, como a morte de Arão e Miriã e a nomeação de Eleazar como sumo sacerdote no lugar de Arão.

O capítulo conclui observando a jornada dos israelitas do monte Hor até as planícies de Moabe, no lado leste do rio Jordão, onde chegaram no quadragésimo ano após deixarem o Egito. Ele especifica os locais onde eles acamparam, incluindo Zalmonah, Punon, Oboth, Iye Abarim, Dibon Gad, Almon Diblathaim, as montanhas de Abarim antes de Nebo e as planícies de Moabe perto do Jordão.

Em resumo, Números 33 fornece um relato abrangente da jornada dos israelitas do Egito às planícies de Moabe. Ele lista os vários locais onde eles acamparam e relembra os eventos significativos que ocorreram durante sua estada de 40 anos no deserto. O capítulo serve como um registro histórico de suas viagens, destacando marcos importantes, encontros com outras nações e momentos-chave em sua jornada rumo à Terra Prometida.

Comentário de Números 33

33.1 O capítulo 33 registra a jornada do povo de Israel desde Ramessés, no Egito (v. 3), até as campinas de Moabe (v. 49). Este capítulo é marcado por algumas dificuldades. A maioria dos lugares citados não é conhecida hoje. Isto se dá porque a maior parte deles não eram cidades, mas meros acampamentos no deserto do Sinai.

33.2 Escreveu Moisés. Estas notáveis palavras indicam que o próprio Moisés escreveu a passagem a seguir. Curiosamente, usando estudos e resoluções prévias contra o trabalho de autoria de Moisés, alguns estudiosos rejeitam esta expressão, e não a consideram válida. Esta postura que duvida da autoria do Pentateuco por Moisés está tão enraizada para alguns que, mesmo quando o texto diz que o profeta o escrevera, isso é negado! O fato de muitos lugares mencionados neste capítulo não serem conhecidos por nós, ou não estarem em nenhuma outra passagem na Bíblia, é uma marca da antiguidade do capítulo, e uma garantia de sua autenticidade. Enquanto alguns cristãos tendem a considerar que Moisés exercia a profissão de pastor, os judeus defendem que o profeta foi um professor ou um escriba.

33.3-5 Ramessés é geralmente conectada com Tânis (Gn 47.11; Êx 1.11). Há certa simetria estrutural na listagem dos nomes de lugares neste capítulo. Em essência, esta lista de locais é um cântico de louvor à fidelidade de Deus. Em cada passo e em cada acampamento, Deus conduziu os israelitas triunfantemente à Terra Prometida. Significativamente, há 40 lugares mencionados entre Ramessés e as campinas de Moabe. Algumas das localidades registradas aqui (incluindo muitas outras dos versículos 5-18) são também citadas em Êxodo e Números; outras são relatadas somente nesta passagem (incluindo a maioria listada nos versículos 19-29). Além disso, algumas das áreas mencionadas em Êxodo e Números não são registradas neste trecho bíblico (incluindo Taberá, em Números 11.3).

33.6-37 Sucote, Etã e Pi-Hairote ficavam a oeste do mar dos Juncos. O resto dos lugares ficava no deserto do Sinai.

33.38-49 Monte Hor. Com a menção deste lugar, um breve memorial é feito em homenagem a Arão, o sumo sacerdote, que morreu no último ano da jornada israelita no deserto. A jornada de Ramessés até o monte Hor completou os 40 anos do ciclo de peregrinação após a saída do povo de Israel do Egito rumo à Terra Prometida.

33.50-56 Na área de parada anterior à invasão da Terra Prometida, Deus deu a Moisés instruções para o povo conquistar Canaã. Israel deveria exterminar os cananeus e tomar posse de sua terra. Há mais de 400 anos, desde o tempo da aliança divina com Abraão em Gênesis 15.17-21, o Senhor avisou que este tempo chegaria e Ele puniria a perversidade dos cananeus. Este povo, por causa de seus contínuos atos pecaminosos, não desfrutaria do direito de viver na terra de Canaã. Deus, o verdadeiro dono da terra, passou o direito de posse para Israel. Então, Suas palavras têm a conotação de uma transferência legal: porquanto vos tenho dado esta terra, para possuí-la. A área deveria ser dividida por sorteio, com as maiores partes indo para as maiores tribos, como já foi descrito em Números 26.52-56.

33.55, 56 As ordens de Deus para que os israelitas erradicassem os cananeus da terra eram consequentes expressões de Sua misericórdia para com Israel: Mas, se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então, os que deixardes ficar vos serão por espinhos... Se os cananeus idólatras fossem autorizados a viver entre o povo de Deus, eles se tornariam uma constante fonte de problemas para os israelitas, como farpas nos olhos e espinhos nas costas. Na verdade, se o povo perverso ficasse, os israelitas se tornariam como ele. O resultado seria a necessária expulsão de Israel da terra. Tristemente, a experiência de Israel na terra levou a este desfecho. Este capítulo serve como uma conclusão emocional e lógica de Números. A citação dos lugares e dos encarregados pela conquista dá ao leitor um sentido de encerramento desta fase da existência de Israel, bem como uma antecipação do futuro. Os últimos três capítulos servem de apêndices.

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