Atos 21 — Comentário Devocional

Atos 21

21.4 Paulo desobedeceu ao Espírito Santo indo a Jerusalém? Não, provavelmente, o Espírito revelou aos cristãos o sofrimento que Paulo enfrentaria em Jerusalém. Eles chegaram à conclusão de que Paulo não deveria ir àquela cidade por causa de tal perigo. Essa interpretação é apoiada pelo episódio descrito em Atos 21.10-12, em que, depois de ouvirem do profeta Ágabo que Paulo seria entregue aos romanos, os cristão de Cesareia também imploraram que ele não fosse a Jerusalém.

21.8 Este é o Filipe mencionado em Atos 6.5; 8.26-40.

21.9 O dom da profecia foi dado tanto a homens como a mulheres. Elas participavam ativamente na obra de Deus (2.17; Fp 4.3). Outras mulheres que profetizaram foram Miriã (Êx 15.20), Débora (Jz 4.4), Hulda (2 Rs 22.14), a esposa de Isaías (Is 8.3) e Ana (Lc 2.36-38).

21.10 Quinze anos antes Ágabo havia predito que haveria fome em Jerusalém (11.27-29).

21.13, 14 Paulo sabia que seria preso em Jerusalém. Embora seus amigos tivessem pedido que não partisse de Cesareia, o apóstolo sabia que deveria partir, porque esta era a vontade de Deus. Ninguém aprecia a dor, mas um discípulo fiel quer, acima de tudo, agradar a Deus. Nossa vontade de agradar-lhe deve superar nosso desejo de evitar o sofrimento e a dor. Quando real mente queremos fazer a vontade de Deus, devemos aceitar tudo o que vem com ela, mesmo a dor. Então poderemos falar como os companheiros de Paulo: “Faça-se a vontade do Senhor!”

21.18 Tiago, irmão de Jesus, era o líder da Igreja em Jerusalém (15.13-21; Gl 1.19;2.9).

21.21 O Concilio de Jerusalém (At 15) havia decidido a questão da circuncisão dos cristãos gentios. Evidentemente, existia um rumor de que Paulo tivesse ido além da decisão do Concilio, proibindo os judeus de circuncidarem seus filhos. Mas isso não é verdade. Paulo, de boa vontade, submeteu-se ao costume judeu, tanto para não agir em inconformidade com a decisão do Concilio quanto para assegurar sua identidade como judeu. Às vezes, devemos “andar a segunda milha” para evitar ofender os outros, especialmente quando há o risco de prejudicar a obra de Deus.

21.23, 24 Devido ao fato de Paulo participar do voto com os quatro homens, ele pagou algumas despesas pertinentes e tomou parte no ritual de purificação para entrar no templo (Nm 6.9-20). Paulo se submeteu ao costume judeu para manter a paz na Igreja em Jerusalém. Embora fosse um homem de convicções fortes. Paulo estava disposto a ser transigente nos pontos que não fossem essenciais, fez-se “tudo para todos, para. por todos os meios, chegar a salvar alguns” (1 Co 9.19-23). Frequentemente, uma igreja fica dividida por discordâncias sobre questões menores ou tradições. Como Paulo, devemos permanecer firmes nos pontos essenciais da fé cristã e sermos flexíveis nas questões secundárias. É claro que ninguém deve violar suas verdadeiras convicções, mas às vezes precisamos honrar a Cristo pela submissão mútua, por amor às Boas Novas.

Existem duas maneiras de pensar as leis judaicas. Paulo rejeitou uma e aceitou a outra. (1) Paulo descartou a ideia de que as leis do AT trouxessem a salvação àqueles que as guardassem. Nossa salvação é gratuitamente concedida pela graça de Deus. Recebemos a salvação pela fé. As leis não têm valor para a salvação; apenas nos mostram os nossos pecados. (2) Paulo aceitou que as leis do AT nos preparam e ensinam sobre a vinda do Messias. Jesus Cristo cumpriu a lei e libertou-nos do fardo da culpa. Mas a lei também nos ensina muitos princípios valiosos e nos dá as diretrizes para o correto modo de viver. Paulo não observou as leis a fim de ser salvo. Simplesmente guardou-as como um costume, para não ofender aqueles que desejava alcançar com as Boas Novas (ver Rm 3.21-31; 7.4-6; 13.9,10). Para mais informações sobre a Lei, ver os textos em Gálatas 3.23-29; 4.21-31 e o quadro em Gálatas.

21.28, 29 Esses judeus sabiam como o trabalho de Paulo foi eficiente na Ásia. A estratégia deles era desacreditar Paulo de forma que o trabalho do apóstolo fosse enfraquecido. Fique alerta quando ouvir acusações contra os obreiros de Deus. Alguém pode estar tentando desacreditá-los ou obstruir o trabalho deles. Mantenha a mente aberta e ore pelos obreiros. Eles serão fortalecidos por seu apoio.

21.31 Por Jerusalém estar sob o controle de Roma, um tumulto na cidade seria Investigado pelas autoridades romanas. O comandante das tropas da época era Cláudio Lisias (23.26). Ele era o comandante do regimento (um grupo especial, parte de uma legião) de soldados romanos; ocupava o mais alto posto romano em Jerusalém.

21.37-38 Ao falar em grego, Paulo demonstrou que era um homem culto, não um agitador, um rebelde que provocava se dições nas ruas. O idioma grego chamou a atenção do comandante, e ele deu a Paulo proteção e a oportunidade de defender-se.

21.37-38 O historiador Josefo escreveu sobre um egípcio que liderou uma revolta de quatro mil pessoas em Jerusalém em 54 d.C. e depois desapareceu. O comandante presumiu que Paulo fosse esse rebelde.

21.40—22.2 Paulo provavelmente falava o aramaico, o idioma comum aos judeus palestinos. Ele usava esse idioma não apenas para se comunicar com seus ouvintes, mas também para mostrar que era um judeu devoto e tinha respeito pelas leis e costumes judaicos. Paulo falava grego com os oficiais romanos e aramaico com os judeus. Para ministrar às pessoas mais eficazmente, fale no idioma delas!

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