Jó 2 — Comentário Devocional

Jó 2

2.3-6 Pode Satanás persuadir Deus a modificar seus planos? A princípio Deus havia dito que não queria danos físicos a Jó, mas então decidiu permiti-lo. Satanás não pode persuadir Deus a agir contra seu caráter. Deus e completamente e eternamente bom. Porém Deus estava disposto a concordar com o plano de Satanás, pois conhecia o final da história de Jó. Deus não pode ser enganado por Satanás. O sofrimento de Jó foi um teste para ele próprio, para Satanás e para nós - não para Deus.

2.4, 5 “Pele por pele" foi o comentário de Satanás quanto á reação de Jó à perda de sua família. Satanás ainda teimava que Jó era fiel apenas em troca das bênçãos de Deus. Acreditava ele que Jó estaria disposto a aceitar a perda da família e das propriedades, desde que a sua pele estivesse a salvo. Seu próximo passo era impor a Jó sofrimento físico, a fim de provar sua acusação original (1.9).

2.6 Satanás novamente teve de pedir permissão a Deus para infligir dor a Jó. Deus limita Satanás, e neste caso não lhe permitiu destruir Jó.

2.9 Porque a esposa de Jó foi poupada quando o restante do sua família foi morto? É possível que sua presença tenha causa do ainda mais sofrimento a Jó, através de sua murmuração ou tristeza pelo que haviam perdido.

2.10 Muitos pensam que, por crerem em Deus, Ele os livra dos problemas. Assim, quando ocorrem as calamidades, questionam a bondade e a justiça divinas. Mas a mensagem de Jó ó que não desistamos de Deus quando Ele permite que tenhamos experiências ruins. A fé em Deus não garante prosperidade pessoal, e a falta de fé não ó sinônimo de problemas nesta vida. Se assim fosse, as pessoas creriam em Deus apenas para enriquecimento próprio. Deus é capaz de nos resgatar do sofrimento, mas pode também permitir que o sofrimento ocorra por motivos além da nossa compreensão. A estratégia de Satanás é fazer com que duvidemos de Deus neste exato momento. Aqui Jó mostra uma perspectiva maior que a busca de seu conforto pessoal. Se sempre soubermos os motivos de nossos sofrimentos, nossa fé não terá espaço para crescer.

2.11 Elifaz, Bildade, e Zofar não eram apenas amigos de Jó, mas também conhecidos por sua sabedoria. Ao final, porém, sua sabedoria demonstrou-se limitada e incompleta.

2.11 Ao saber das dificuldades de Jó, três dos seus amigos foram apoiá-lo e confortá-lo. Mais tarde, vemos que as suas palavras de conforto não ajudaram — mas pelo menos tentaram. Deus os repreendeu pelo que falaram (42.7), mas não pelo que fizeram — esforçaram-se para ajudar alguém que estava em necessidade. Infelizmente, quando foram, fizeram um trabalho ruim, não confortaram Jó, pois tinham orgulho dos seus próprios conselhos, e estavam insensíveis às necessidades do amigo. Quando alguém estiver em necessidade, auxilie esta pessoa, mas seja sensível ao confortá-la.

2.13 Por que os amigos chegaram e se sentaram em silêncio? De acordo com a tradição judaica, a pessoa que confortava alguém em luto não deveria falar até que c enlutado o fizesse. A melhor resposta para o sofrimento de alguém é o silêncio. Os amigos de Jó perceberam que a sua dor era muito profunda para ser curada com meras palavras; assim, nada disseram. (Se apenas tivessem continuado sentados em silêncio!) Com frequência sentimos a necessidade de dizer algo espiritual e significativo a um amigo que está sofrendo. Talvez o que ele ou ela mais necessite seja apenas a nossa presença, demonstrando que nos importamos. Respostas tocantes e citações banais dizem menos que um silêncio significativo e um companheirismo amoroso.

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