Lucas 12 — Comentário Devocional

Lucas 12

Lucas 12 ensina lições sobre priorizar a autoridade de Deus, confiar em Sua provisão, buscar valores eternos, estar atento e pronto, evitar a ganância, compreender os custos do discipulado, discernir os tempos e ser mordomos fiéis.

1. Temor de Deus, não do homem: Jesus encoraja Seus discípulos a não temerem aqueles que podem prejudicar o corpo, mas a temerem a Deus que detém a autoridade final. Isso nos ensina como priorizar a reverência a Deus em detrimento das opiniões humanas.

2. Provisão e Cuidado de Deus: Jesus lembra Seus seguidores do cuidado de Deus para com eles, usando exemplos da natureza. Isto nos ensina sobre a confiança na provisão de Deus e a natureza passageira das preocupações materiais.

3. Buscar o Reino de Deus: Jesus enfatiza a busca pelo reino de Deus e a confiança de que as necessidades materiais serão supridas. Isto nos ensina sobre prioridades adequadas e as recompensas de colocar Deus em primeiro lugar.

4. Riquezas e tesouros eternos: Jesus alerta contra a ganância e enfatiza o acúmulo de tesouros eternos em vez de focar apenas na riqueza. Isto nos ensina sobre a natureza transitória dos bens materiais e o valor duradouro dos investimentos espirituais.

5. Vigilância e Prontidão: Jesus instrui Seus discípulos a estarem atentos ao Seu retorno, estando prontos em todos os momentos. Isso nos ensina a viver com consciência do eterno e a estar preparados para a vinda de Cristo.

6. Fidelidade e Responsabilidade: Jesus ressalta a importância da fidelidade no cumprimento de responsabilidades, sejam elas pequenas ou grandes. Isso nos ensina sobre integridade e diligência em nossas ações.

7. Divisões causadas por Jesus: Jesus reconhece que Sua mensagem pode causar divisões, mesmo entre relacionamentos íntimos. Isto nos ensina sobre os custos potenciais de seguir a Cristo e a necessidade de firmeza.

8. Interpretando os Tempos: Jesus incentiva o discernimento na compreensão dos sinais dos tempos. Isso nos ensina como observar o mundo com uma perspectiva espiritual e responder de acordo.

9. Sendo servos fiéis: Jesus ensina sobre a responsabilidade dos servos de serem fiéis e preparados para o retorno de seu senhor. Isto nos ensina sobre a nossa responsabilidade perante Deus e o significado da mordomia fiel.

Em resumo, Lucas 12 oferece lições sobre como priorizar a autoridade de Deus, confiar na Sua provisão, buscar valores eternos, estar atento e pronto, evitar a ganância, compreender os custos do discipulado, discernir os tempos e ser mordomos fiéis.

Devocional

12.4, 5 O medo da oposição ou do ridículo pode enfraquecer o nosso testemunho a favor de Cristo. Frequentemente, apegamo-nos à paz e ao conforto, mesmo à custa de nossa vida de comunhão com Deus. Nesse texto. Jesus nos lembra que devemos temer a Deus, pois Ele controla as consequências eternas, e não apenas as temporais. Não permita que o medo em relação a uma pessoa ou a um grupo impeça você de posicionar-se a favor de Cristo. 

12.7 Nosso verdadeiro valor é expresso pelo conceito que Deus tem de nós, não pela opinião das outras pessoas. Elas nos avaliam e rotulam de acordo com o nosso desempenho, com aquilo que alcançamos e com a nossa aparência. Mas Deus cuida de nós, como faz com todas as suas criaturas, porque pertencemos a Ele. Assim, podemos enfrentar a vida sem temor. 

12.8, 9 Nós negamos a Jesus quando: (1) esperamos que ninguém descubra que somos cristãos: (2) decidimos não proclamar o que é correto; (3) mantemos silencio a respeito de nosso relacionamento com Deus; (4) misturamo-nos com a sociedade, compartilhando costumes ímpios e profanos; (5) aceitamos os valores não cristãos de nossa cultura. Em contrapartida, nos reconhecemos a Jesus quando: (1) vivemos uma vida moral integra que honra a Cristo; (2) procuramos oportunidades para partilhar nossa fé com os outros; (3) ajudamos aqueles que es tão passando por necessidades; (4) posicionamo-nos a favor da justiça; (5) amamos as pessoas; (6) reconhecemos a nossa lealdade a Cristo; (7) usamos nossa vida e recursos para fazer a vontade do Senhor, e não a nossa. 

12.10 Jesus disse que a blasfêmia contra o Espirito Santo é imperdoável. Isto preocupa muitos cristãos sinceros, mas não na motivo para tal preocupação. O pecado imperdoável é atribuir a Satanás a obra que o Espírito Santo realiza (ver as notas Mt 12.31,32 e Mc 3.28.29). Deste modo, a blasfêmia consiste na rejeição deliberada e contínua da obra do Espírito Santo e do próprio Deus. Uma pessoa que cometeu este pecado está longe de Deus e totalmente alienado, não tem consciência de que pecou. Assim, se você teme ter cometido este pecado, tenha a certeza de que a sua preocupação demonstra que você não o cometeu. 

12.11, 12 Os discípulos sabiam que nunca poderiam ter vantagem em uma disputa religiosa com os doutores da lei. No entanto, não estariam despreparados. Jesus prometeu que o Espírito Santo lhes daria as palavras apropriadas, de acordo com a necessidade do momento. O testemunho dos discípulos não faria com que parecessem impressionantes, mas indicaria a obra de Deus no mundo por intermédio da vida de Jesus. Precisamos orar por oportunidades do testemunhar a respeito de Cristo e confiar que Ele nos ajudará, dando-nos as palavras adequadas. Essa promessa de ajuda do Espírito, porém, não compensa a falta de preparo. Lembre-se de que os discípulos tiveram três anos de ensino e aplicação prática. Precisamos estudar a Palavra de Deus. Então. Deus trará as suas verdades à nossa mente quando mais precisarmos delas, ajudando-nos a apresentá-las aos outros da maneira mais eficaz. 

12.13ss Problemas como esse eram frequentemente levados aos mestres para que eles os resolvessem. Embora Jesus tenha respondido com outra pergunta e uma recomendação, não mu dou de assunto. Jesus apontou para uma questão mais importante: a atitude correta em relação à acumulação de riquezas. A vida é mais do que os bens materiais; e o nosso relacionamento com Deus é ainda muito mais importante. Assim. Jesus atingiu o âmago da questão levada por aquele homem. Quando levamos os nossos problemas a Deus em oração. Ele nos responde, frequentemente mostra-nos como precisamos mudar e crescerem nossa atitude em relação aos problemas. Este tipo de resposta não é a quo normalmente procuramos, porém é mais eficaz, pois ajuda-nos a encontrar o auxílio de Deus para a nossa vida. 

12.15 Jesus disse que uma vida boa nada tem nada a ver com ser rico, por esta razão, guarde-se da cobiça (o desejo pelo que não tem). Isto é exatamente o oposto do que a sociedade normalmente diz. Os empresários gastam milhões de dólares com publicitários e comerciais, a fim de levar-nos a pensar que. se comprarmos os produtos anunciados, seremos mais felizes, es taremos mais satisfeitos e confortáveis. Como você responde a constante pressão para o consumo? Aprenda a desligar-se das Tentações e a concentrar-se na vida que é verdadeiramente satisfatória: aquela que assegura um relacionamento correto com Deus e em servi-lo adequadamente.

12.16-21 O homem rico nessa história morreu antes que pudesse começar a usar o que estava armazenado em seus grandes celeiros. Planejar a aposentadoria, preparar-se para desfrutar a vida depois de anos de trabalho é sábio, mas negligenciar a vida depois da morte é desastroso. Aqueles que acumularem riquezas somente para enriquecer, sem a preocupação de ajudar os outros, entrarão na eternidade de mãos vazias.

12.18-20 Para que você economiza o seu dinheiro? Para a aposentadoria, para comprar carros ou brinquedos mais caros ou para estar seguro? Jesus nos desafia a pensar além dos objetivos materialistas e a usar aquilo que recebemos para o Reino de Deus. Fé, serviço e obediência são o caminho para tornar-se rico espiritualmente.

12.22-34 Jesus ordena que não andemos preocupados. Mas como podemos evitar isto? Somente a fé pode livrar-nos da ansiedade causada pela cobiça e pela ganância. É bom trabalhar e planejar responsavelmente; é ruim passar um tempo excessivo pensando no que pode dar errado em nosso planejamento. Esta preocupação é sem sentido, porque não pode satisfazer qual quer uma de nossas necessidades; preocupar-se é uma tolice, porque o Criador do universo nos ama e sabe daquilo que precisamos. Ele promete atender todas as nossas necessidades, mas não todos os nossos desejos.

12.31 Fazer do Reino de Deus a sua prioridade significa fazer de Jesus o Senhor, o Rei de sua vida. Ele deve controlar todas as áreas, seu trabalho, sua diversão, seus planos e relacionamentos. O Reino de Deus é apenas uma de suas muitas preocupações ou tem a prioridade em tudo o que você faz? Você está evitando que Deus tenha o controle sobre algumas áreas da sua vida? Como Senhor e Criador. Ele quer ajudar a fornecer o que você precisa, como também o direcionar a usar aquilo que Ele lhe dá.

12.33 O dinheiro, visto como um fim em si mesmo, prende-nos rapidamente e afasta-nos de Deus e dos necessitados. A chave para usar o dinheiro sabiamente é ver o quanto podemos usá-lo a favor dos propósitos de Deus, não o quanto podemos acumular para nós mesmos. O amor de Deus toca a sua carteira? Seu dinheiro lhe traz liberdade para ajudar os outros? Se sua resposta é sim, você está armazenando tesouros duradouros no céu. Se suas metas e finanças o impedem de contribuir com generosidade, amar aos outros e/ou servir a Deus, oferte o que for necessário para colocar a sua vida sob a perspectiva correta.

12.34 - Se você aplicar todo o seu dinheiro em seus negócios, seus pensamentos se concentrarão em obter lucro. Mas se aplicá-lo em prol de outras pessoas, você se preocupará com o bem-estar delas. A que você dedica o seu tempo, dinheiro e energia? Quais são as suas preocupações? Que mudanças você deve fazer no modo como utiliza seus recursos financeiros, a fim de refletir os valores do Reino com mais precisão?

12.35-40 - Jesus disse repetidas vezes que deixaria este mundo, mas que retornaria no futuro (Mt 24-25; Jo 14.1-3). O Senhor também disse que um Reino estava sendo preparado para os seus seguidores. Muitos gregos imaginavam o Reino de Cristo apenas sob o aspecto celestial, espiritual e idealizado. Mas judeus como Isaías e João, o escritor do Apocalipse, viam-no como um Reino terreno restaurado.

12.40 - O retorno de Cristo em um tempo inesperado não é uma armadilha ou uma situação para Deus nos achar despreparados. De fato, Deus está retardando o seu retorno para que mais pessoas tenham a oportunidade de segui-lo (ver 2 Pe 3.9). Antes do retorno de Cristo, temos tempo para viver nossas convicções e refletir sobre o amor de Jesus, à medida que nos relacionamos com as outras pessoas. Aquelas que estão prontas para o retorno do seu Senhor (1) não são hipócritas, mas sinceras (12.1); (2) não estão temerosas, mas prontas para testemunhar (12.4-9); (3) não estão preocupadas, mas confiantes (12.25,26); (4) não são gananciosas, mas generosas (12.34); (5) não são preguiçosas, mas diligentes (12.37). Que a sua vida possa ser mais parecida com a de Cristo, a fim de que você esteja pronto para saudá-lo alegre mente quando Ele voltar!

12.42-44 - Jesus promete uma recompensa para aqueles que lhe forem fiéis. Embora às vezes experimentemos recompensas imediatas por nossa obediência a Deus, esta não é a regra. Se assim fosso, seriamos tentados a nos gabar de nossas realizações e só fazer o bem pelas recompensas. Jesus disse que, se buscarmos as recompensas agora, não as teremos mais tarde (ver Mc 8.36). Nosso prêmio celestial será de acordo com aquilo que fizermos na terra, mas será muito maior do que podemos imaginar.

12.48 - Jesus nos disse como viver até que Ele venha: devemos estar atentos a Ele. trabalhar diligentemente e obedecer a seus mandamentos. Tais atitudes são especialmente necessárias aos líderes. Aqueles que forem atentos e fiéis receberão cada vez mais oportunidades e responsabilidades. Quanto mais recursos, talentos o entendimento tivermos, mais solicitados seremos a usá-los eficazmente Deus não nos julgará responsáveis por dons que Ele não nos tenha dado, mas todos nós recebemos dons e deveres suficientes para nos mantermos ocupados até a volta de Jesus. 12.50 - 0 batismo ao qual Jesus se referiu era a sua futura crucificação. É claro que Jesus sentiria a dor física, mas ainda pior se ria a dor espiritual pela separação completa de Deus. causada pelo fato de tomar sobre si os pecados do mundo.

12.51-53 Através dessas palavras aparentemente estranhas e preocupantes. Jesus revelou que sua vinda frequentemente resulta em conflito. Por exigir uma resposta, as famílias podem ficar divididas quando alguns escolhem segui-lo e outros se recusam a fazê-lo. Não há meio termo. Jesus exige lealda de e compromisso; às vezes temos de escolher entre segui-lo e manter outros relacionamentos. Você está disposto correr o risco de ser reprovado por sua família, a fim de receber a vida eterna?

12.54-57 De acordo com a maioria dos registros históricos de que dispomos, a principal ocupação que existia era a agricultura. O lavrador dependia diretamente do clima e das estações para garantir o seu sustento. Precisava do equilíbrio entre o período de chuva e o de estiagem para que houvesse uma boa colheita. Assim, muitos se aperfeiçoaram em interpretar os sinais da natureza. Jesus anunciou um aconteci mento tão assombroso quanto um terremoto, porém muito mais importante do que as colheitas: a vinda do Reino de Deus. Da mesma maneira que as nuvens escuras predizem uma tempestade, havia sinais de que o Reino logo chegaria. Mas os ouvintes de Jesus, embora fossem peritos em interpretar os sinais do clima e das estações do ano, ignoravam intencionalmente os sinais relativos aquele tempo.

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