Estudo sobre Apocalipse 10:2-3

Estudo sobre Apocalipse 10:2-3

Estudo sobre Apocalipse 10:2-3

Apocalipse 10:2-3

E tinha na mão um livrinho (“pequeno rolo de livro”) aberto. Esse rolo na verdade assume o centro das atenções somente nos v. 8-10, mas também já se conecta com os versículos imediatamente seguintes. Ele está visivelmente na mão do anjo, de sorte que João a nota logo.

Inicialmente o alto emissário assume uma posição de grande importância e por isso três vezes ressaltada (v. 2,5,8). Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a terra. Será que “mar” e “terra” devem apontar simbolicamente para o mundo dos povos e o mundo da cultura (Stokmann)? Essa, porém, poderia ser uma explicação demasiado profunda. Mais plausível é um significado tão flagrante como no v. 6. “Mar e terra” representam simplesmente uma subdivisão grosseira da criação, uma “fórmula do AT para a totalidade do mundo”.

Quando seu arauto firma o pé sobre o mar e a terra, Deus manifesta sua reivindicação de propriedade sobre o mundo inteiro, pois foi ele quem o criou (v. 6). Na realidade essa reivindicação não se desfez por terem penetrado, nesse ínterim, senhores estranhos no mundo de Deus. Ele agora está vindo para julgar. Enquanto que ele colocava a mão apenas sobre partes da criação através dos seus precursores (cap. 8,9), o todo sem restrições está em jogo para ele agora.

E bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram (“falaram”) os sete trovões as suas próprias vozes. As duas comparações parecem ser praticamente coincidentes. No profetismo, rugido de leão e voz de trovão constituem metáforas para a voz do Juiz que se aproxima. A diferença está somente no número. Nos sete trovões desenrola-se a plenitude do juízo, que o rugido de leão já havia anunciado de forma inequívoca.

Que significa, porém, o artigo definido os sete trovões, pelo qual provavelmente se visa recordar uma grandeza conhecida? De acordo com Ap 4.5, trovões fazem parte das cercanias do trono (cf. Ap 8.5; 11.19; 16.18; 19.6). Contudo, é somente agora, quando a função de juiz passa para o primeiro plano, que os trovões recebem um número. E seu número não poderia ser outro que não sete, visto que há em torno do trono também sete espíritos, sete tochas, sete chifres e sete olhos! É nesse sentido que os sete trovões estão sendo introduzidos aqui como uma grandeza que se compreende de imediato. Como voz de juízo eles se contrapõem aos sete espíritos, dos quais procedem graça e paz para a igreja (Ap 1.4; 4.5; 5.6 e as mensagens às igrejas nos cap. 2,3). Estão dirigidos contra os antagonistas de Deus e do Cordeiro.

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