Estudo sobre Apocalipse 10:4

Estudo sobre Apocalipse 10:4

Estudo sobre Apocalipse 10:4

Apocalipse 10:4

Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever. Será que naquele instante João apenas tomou o propósito de redigir em seguida ou mais tarde o que ouviu? É mais convincente a imagem de um profeta que quer escrever imediatamente durante a visão. Mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas. Obviamente, quando se impede que seja anotado algo que depois pudesse ser lacrado, o mandamento de selar possui apenas um significado desgastado. Não é uma peça escrita, mas os lábios que devem ser lacrados. Conhecemos esse uso figurado, quando falamos do “selo da discrição” (já em Sirácida 22.27).

Sobre esse aspecto recai também a diferença da presente passagem com o texto de fundo em Dn 8.26; 12.4. Ali deve ser selado algo que realmente já está escrito, e sobretudo devem ser selados somente por prazo definido. Aqui acontece uma proibição de falar absoluta, à semelhança de 2Co 12.4.

João já havia profetizado a realidade de uma plenitude final de juízo quando falou do rugido de leão e dos sete trovões. Mas com isso ele deve traçar um limite. Há uma reserva por parte dos cristãos quando o assunto dos juízos de Deus está em jogo. Em outras questões podemos tornar-nos loquazes. Talvez os humanos nem sejam capazes de falar realmente de maneira santa sobre a ira de Deus. Com demasiada facilidade eles descambam para uma cólera carnal e são desqualificados para o testemunho do amor de Deus até o fim (cf. o exposto sobre Ap 9.20,21).

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