O que a Bíblia Ensina sobre o Livro da Vida?

A tarefa mundana da contabilidade no antigo Oriente Próximo freqüentemente encontrou um paralelo no reino divino. A ideia da atividade divina dos escribas aparece várias vezes ao longo do AT e do NT e é freqüentemente mencionada nos escritos pseudo-epigrafais (cf. Êxodo 32: 32-33; Sl 139: 16; Isaías 65: 6; Ml. 3:16 Jub 30: 19-23; 1 En 47: 3; Ap 13: 8). O Livro da Vida parece ser um livro celestial no qual os nomes dos justos são inscritos. O salmista ora para que seus adversários sejam apagados do livro da vida e que eles não sejam escritos com os nomes dos justos (Sl 69:28 [MT 29]; cf. Ap 3: 5; 21:27).

Além do Livro da Vida, outros livros aparecem na literatura. Um livro de destruição corresponde ao livro da vida (cf. 1 En. 81:1-4; Jó 30:22; T. Levi 5:4), e outros livros registram as ações ou eventos da vida. Estas parecem ser a base para o julgamento final, onde “a corte sentou-se em juízo e os livros foram abertos” (Dan. 7:10) e “os mortos foram julgados de acordo com suas obras, conforme registrado nos livros”. 20:12) Usos similares são encontrados também nos escritos pseudoepígrafos e apócrifos (cf. 2 Esd. 6:20; 2 Ap. Bar. 24:1; Asc. Is. 9:22; 1 Clem. 45:8).


W. DENNIS TUCKER, JR.


Fonte: Freedman, D. N., Myers, A. C., & Beck, A. B. (2000). Eerdmans Dictionary of the Bible (p. 195). Grand Rapids, Mich.: W.B. Eerdmans