Efésios 3 — Comentário Devocional

Efésios 3 — Comentário Devocional


Efésios 3 — Comentário Devocional


3.1 — Paulo estava sob prisão domiciliar em Roma por ter prega do as Boas Novas a respeito de Cristo. Os lideres religiosos de Jerusalém, que se sentiram ameaçados pelos ensinamentos de Cristo e que não criam que Ele era o Messias, estavam pressionando os romanos a prender Paulo e levá-lo a julgamento por traição o por incitar os judeus ã rebelião. Paulo havia apelado para que sua acusação fosse ouvida pelo imperador e esperava o julgamento (ver At 28.16-31). Embora estivesse em cárcere domiciliar, tinha a firme convicção de que Deus estava controlando tudo o que lhe acontecia. Será que as circunstâncias o levam a imaginar que Deus perdeu o controle do mundo? Corno Paulo, lembre-se de que. não importa o que aconteça. Deus sempre esta dirigindo os assuntos do mundo.
3.2,3 — O “ministério especial” de Paulo se refere ao encargo, confiança e compromisso que o apóstolo havia recebido de Deus. A ele havia sido dada a especial incumbência de pregar as Boas Novas aos gentios, isto é. o grande plano que Deus lhe ha via mostrado em uma revelação.
3.5,6 — O plano de Deus não foi revelado ás gerações anteriores, não porque Deus quisesse esconder alguma coisa de seu povo, mas porque sua intenção era revelá-lo somente no momento mais oportuno. Deus planejou que judeus e gentios formariam um único corpo, a igreja. Sabia-se, pelo AT. que os gentios receberiam a salvação (Is 49.6). mas nunca havia sido revelado no A l que todos os gentios e judeus se tornariam iguais no corpo de Cristo. No entanto, essa igualdade foi alcançada quando Jesus destruiu a ' parede da separação” e de judeus e gentios criou um só corpo com Deus (2.14.15).
3.7 — Quando Paulo começou a pregar as Boas Novas. Deus lhe deu a capacidade necessária para falar com eficiência. Você pode não ser um apóstolo, ou mesmo um evangelista, mas Deus lhe concederá oportunidades de (alar aos outros a respeito de Cristo. Além disso, Ele lhe concederá habilidade, coragem e poder. Quando chegar essa ocasião, apresente-se a Deus como seu servo. Ao dirigir sua atenção a outras pessoas e às necessidades delas. Deus lhes comunicará sua atitude de carinho e suas palavras serão naturais, amorosas e convincentes.
3.8 — Quando Paulo faz sua própria descrição como sendo “o mínimo de todos os santos”, ele quer dizer que sem a ajuda de Deus nunca seria capaz de realizar a obra do Senhor. No entanto. Deus o escolheu para partilhar o evangelho com os gentios e deu lhe o poder necessário para fazê-lo. Poderemos estar certos se crermos que nosso papel é pequeno - porém esta remos nos esquecendo de que Deus faz a diferença. Como será que Fie deseja usa-lo? Apoie-se em seu poder, faça a sua parte e execute fielmente a função especial que Ele lhe atribuiu em seu plano,
3.10 — Os “principados e potestades nos céus” são os anjos que testemunham esses eventos (ver 1 Pe 1.12) ou as forças espirituais hostis que se opõem a Deus {2.2; 6.12).
3.12 — É um privilégio admirável ser capaz de se aproximar de Deus com liberdade e confiança. A maioria de nós ficaria apreensiva na presença de tão poderoso soberano, mas graças a Cristo. e por meio da fé e de nossas orações. podemos nos colocar diretamente na presença de Deus. Sabemos que seremos recebidos de braços abertos, porque nos tomamos filhos de Deus pela nossa união com Cristo. Não tenha medo do Senhor, fale com Ele a respeito de tudo. Ele quer ouvi-lo.
3.13 — Por que o sofrimento de Paulo faria com que os efésios se sentissem encorajados e honrados? Se Paulo não tivesse prega do as Boas Novas, não estaria na prisão — mas nesse caso os efésios não teriam conhecido o evangelho nem se convertido. Assim como uma mãe suporta a dor do parto a fim de trazer uma nova vida ao mundo. Paulo suportou a dor da perseguição para levar novos crentes para Cristo. Obedecer ao Senhor nem sempre é fácil. Ele o conclama a carregar sua cruz e segui-lo (Mt 16.24). Isto é. estar disposto a suportar a dor para que a mensagem de Deus sobre a salvação possa alcançar todo o mundo. Devemos nos sentir honrados pelo sofrimento e sacrifício que outros fizeram para que pudéssemos colher seus benefícios.
3.14,15 — A família de Deus inclui todos aqueles que creram nEle no passado, que creem no presente e que crerão no futuro. Todos nós formamos uma família porque temos o mesmo Pai. Ele é a fonte de toda criação, o legitimo proprietário de tudo e promete amor e poder à sua família. a igreja (3.16-21). Se desejarmos receber as bênçãos de Deus, será importante continuarmos em contato com os demais crentes que pertencem ao corpo de Cristo. Aqueles que se isolam da família crista e tentam caminhar sozinhos estão se afastando do poder de Deus.
3.17-19 — Paulo diz que o amor de Deus é absoluto e atinge cada aspecto de nossa experiência. Ele é amplo — vai além de nossa experiência e alcança o mundo inteiro. O amor de Deus é extenso cobre a duração de nossa vida. Ele é elevado — atinge as alturas de nossa celebração e exaltação. Seu amor é profundo — alcança as profundezas do desânimo, do desespero e até da morte. Quando você se sentir aprisionado ou isolado, lembre-se de que nunca estará perdido para o amor de Deus. Para outras orações sobre esse infinito e inexaurível amor, veja as palavras de Paulo em Romanos 8.38.39. 3.19 Essa “plenitude” somente se encontra totalmente presente em Cristo (Cl 2.9,10). Em união com Ele e por seu poderoso Espírito, sentimos inteiramente essa integração. Temos toda plenitude de Deus à nossa disposição, mas devemos nos apropriar dela em nossa vida diária pela fé e oração. A oração de Paulo, dedicada aos efésios, também é dedicada a você. Peça ao Espírito Santo que preencha todos os aspectos de sua vida até transbordar.
3.20,21 — Essa doxologia — oração em louvor a Deus — conclui a primeira parte de Efésios. Nessa primeira seção, Paulo descreve o papel atemporal da Igreja. Na segunda parte (caps. 4 — 6), ele explica como os membros da igreja devem viver a fim de pro mover a unidade desejada por Deus Como acontece na maioria de seus escritos, Paulo primeiro estabelece um fundamento doutrinário e, em seguida, introduz as aplicações práticas das verdades que descreveu.