Interpretação de Números 35
Números 35
B. Cidades dos Levitas e Cidades de Refúgio. 35:1-34.
Deus orientou o povo a dar aos levitas,
da parte de Sua possessão, cidades para habitarem e as pastagens à volta delas.
Seis dessas cidades seriam “cidades de refúgio” para os homicidas involuntários
(não culposos). Quarenta e duas outras cidades dos levitas com pastagens deviam
ser providenciadas para que os levitas as habitassem. O homicida involuntário
(Dt. 19) foi definido como aquele que mata por acidente e deve ser protegido do
go'el, “o parente remidor”, o qual, entre outras coisas, era o vingador
do sangue do irmão assassinado. A proteção do homicida involuntário era um
princípio moral sublime que assegurava a administração da justiça. O homicida
devia fugir para uma destas cidades e ficar lá até que pudesse comparecer
diante da congregação para julgamento. O Senhor aqui declarou que o homem que
mata outro deve morrer, e, de acordo com o costume prevalecente, o vingador do
sangue (parente do morto) devia matar o assassino. Este princípio da vingança,
que continua sendo praticado pelos beduínos no Oriente Próximo, está apoiado
neste capítulo. Age como um impedimento nas comunidades onde não há nenhuma ou
pouca autoridade central estabelecida. Tal seria o caso em Israel durante
muitos anos, até que se levantasse a Monarquia Unida. Mesmo se um homem fosse
declarado judicialmente homicida involuntário, disse o Senhor, devia morar na
cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote, depois do que podia retornar à
sua própria cidade. O Senhor teve o cuidado de destacar que o homicida
premeditado é culpado de ódio e mau intento (v. 20). Proteção subsequente
para assegurar a justiça exigia que um homem não fosse condenado à morte só
pelo testemunho de uma única pessoa (v. 30).
5. Medireis. Alguns acham que as medidas dados neste
versículo transformam a cidade em um simples ponto (IB, Vol. 2, pág. 303).
Atenção acurada ao texto hebraico mostra o seguinte. O versículo 4 diz, “desde
o muro da cidade e para fora, serão de mil côvados”. Uma tradução mais literal
do versículo 5 seria, “Medireis do lado de fora com referência à cidade, do
lado leste dois mil côvados” “Com referência à cidade” pode muito bem
significar que estas medidas perimetrais eram adicionais às medidas da cidade,
e qualquer cidade que fosse medida.
31. Não aceitareis resgate pela vida do homicida. Isto é, nenhum preço de resgate podia ser tomado para salvar a sua vida,
nem podia o homicida casual pagar resgate para sair da cidade de refúgio.
Considerando que o derramamento de sangue humano poluía cerimonialmente a terra
na qual o Senhor habitava, nenhuma oferta de sacrifício animal ou pagamento em
espécie podia purificar a terra, mas apenas o sangue daquele que derramara o
sangue. Isto explica o conceito do V.T. dos crimes de sangue (SI. 51:4,14) como
um abuso à pureza de Deus.
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