Significado de Números 24

Números 24

Números 24 fornece um relato da terceira e última profecia do profeta pagão Balaão, que havia sido contratado pelo rei Balaque de Moabe para amaldiçoar os israelitas. No entanto, em vez de amaldiçoá-los como Balaque desejava, Balaão foi compelido por Deus a abençoar os israelitas.

O capítulo 24 começa com Balaão percebendo que o Espírito de Deus estava sobre ele, levando-o a falar. Balaão levanta os olhos e vê os israelitas acampados de acordo com suas tribos. Inspirado por Deus, Balaão entrega uma mensagem profética, expressando sua incapacidade de amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou.

Em sua profecia, Balaão fala muito bem dos israelitas, elogiando suas habitações, sua força e sua conduta justa. Ele declara que Deus os tirou do Egito e que nenhuma feitiçaria ou adivinhação pode prevalecer contra eles. Balaão também prediz a grandeza do futuro governante dos israelitas, que se levantaria e conquistaria seus inimigos.

Balaão usa linguagem metafórica, comparando Israel a um leão e uma leoa, afirmando seu poder e domínio sobre seus adversários. Ele pronuncia uma bênção sobre aqueles que abençoam Israel e uma maldição sobre aqueles que os amaldiçoam.

Quando Balaão termina sua profecia final, o rei Balaque fica furioso, desapontado porque Balaão não cumpriu seu pedido de amaldiçoar os israelitas. No entanto, Balaão lembra a Balaque que o havia avisado desde o início que ele só poderia falar o que Deus colocasse em sua boca.

Em resumo, Números 24 retrata a profecia final de Balaão, na qual ele pronuncia bênçãos sobre os israelitas em vez de maldições como o rei Balaque esperava. A profecia de Balaão destaca a força e a retidão dos israelitas e prediz seus triunfos futuros e a ascensão de um governante poderoso entre eles.

Comentário de Números 24

24.1, 2 A expressão bem parecia aos olhos do Senhor que abençoasse a Israel revela que Deus estava determinado a abençoar Seu povo. As palavras veio sobre ele o Espírito de Deus fazem referência ao poder concedido a Balaão para comunicar a mensagem e a orientação divina. Dramaticamente, Deus controlou o profeta pagão e falou claramente por intermédio de uma pessoa que era sua inimiga, tamanho o poder de Deus.

24.3-9 O terceiro oráculo é marcado por uma longa introdução que fala das poderosas coisas que aconteciam ao profeta pagão. O cerne do terceiro oráculo é uma bênção às tribos de Israel, pois elas estavam prestes a entrar em Canaã. Suas tendas ocupavam os devidos lugares, mas logo tomariam posse da terra em grande prosperidade. Deus encheria seu líder de poder para destruir todos os inimigos.

Israel é ilustrado como um leão, porque tinha de ser tratado com cuidado. Finalmente no versículo 9, Balaão citou Gênesis 12.3, onde o Senhor prometera que aqueles que abençoassem Israel seriam abençoados, mas os que amaldiçoassem a nação também seriam amaldiçoados.

24.10-14 No rescaldo do terceiro oráculo, Balaque tentou impedir Balaão de abençoar o povo de Israel, mas ele não podia ser detido.

24.15-19 O quarto oráculo possui a maior introdução, que se constrói a partir da parte inicial do terceiro (v. 3,4).

Vê-lo-ei, mas não agora [...] uma estrela procederá de Jacó. Esta linguagem poética claramente faz referência ao Messias. Balaão teve um vislumbre da vinda do Messias, o Senhor Jesus Cristo! Ele, o Rei vindouro, podia ser avistado de longe e era como uma estrela, radiante e bonita; era como um cetro, majestoso e poderoso; e também era a garantia de vitória sobre Seus inimigos, incluindo Moabe — a nação que contratou Balaão para amaldiçoar Israel!

EM FOCO

Todos os povos que se opuseram a Israel e à obra de Deus receberam a maldição que, para si próprios, desajuizadamente chamaram. Entre eles, estava Edom, que rejeitou o pedido de Moisés de permitir uma travessia segura a Israel (Nm 20.14-21). Aquele que saiu de Jacó, o Messias, seria o vitorioso sobre todos os Seus inimigos (Sl 2; 110; Ap 19.11-21).

24.20 O quinto oráculo é curto, e chega sem nenhuma pausa. E uma maldição sobre Ama-leque, a primeira entre as nações a lutar com Israel durante a estadia no deserto, e a primeira a ser derrotada (Êx 17.8-16). Seu fim chegaria.

A palavra pode variar de sentido dependendo do contexto. Os diversos significados podem incluir tribo (Gn 49.28), cajado (1 Cr 11.23 NVI) e vara (Sl 23.4). Pelo fato de os reis quase sempre segurarem um cetro, este se tornou o símbolo da monarquia, especialmente do reinado do Messias: Ele governaria o povo de Deus (Nm 24.17; Gn 49.10; 1 Co 15.24-28).

Mesmo quando o vocábulo hebraico faz referência a cajado, o termo simboliza a preocupação e o cuidado de um pastor com seu rebanho, o mesmo tipo de atenção que o Senhor dispensação Seu povo (Mq 7.14). Quando a palavra é traduzida como vara, significa julgamento (Sl 2.9).

24.21, 22 Os queneus eram uma tribo midianita (Nm 10.29; Jz 1.16). Este oráculo faz um jogo de palavras com o termo queneu e um vocábulo similar em hebraico que significa ninho. A palavra Assur é Assíria aqui.

24.23-25 No último oráculo, a identificação das nações é difícil, mas o sentido geral é bastante claro: uma nação se voltaria contra a outra, apenas para atrair para si a própria destruição. A palavra hebraica traduzida como Quitim foi usada mais tarde em referência a Roma (Dn 11.30).

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