Significado de Números 3
Números 3
3.1 — O foco do capítulo 3 é nos sacerdotes e nas
famílias da tribo de Levi.
3.2-4 — Quando lemos Nadabe, o primogênito, deve
ser no sentido de pesar paternal. O herdeiro de Arão tomou-se um grande
desapontamento. Com seu irmão Abiú, Nadabe ofereceu fogo profano perante o
Senhor, uma ofensa que lhes custou a vida (Lv 10.1,2). Dois dos filhos de
Arão continuaram vivos. Eleazar e Itamar exerciam o ministério
sacerdotal diante de Deus. Entretanto, a supervisão de seu pai era ainda
mais necessária do que antes, em virtude dos erros que cometeram os
falecidos irmãos mais velhos.
As palavras de Números 2.2, ao redor (arc) ou a
certa distância (nvi), tornam-se mais pungentes no contexto da punição
recebida por Nadabe e Abiú. Se os sacerdotes, aqueles que tinham permissão
para estar em lugares sagrados, estavam sujeitos a uma punição extrema por
causa da aproximação inadequada, o que aconteceria então com um intruso
comum?
3.5-10 — Por duas vezes, o narrador distinguiu a tribo de
Levi das outras tribos. Aqui, são dadas aos levitas as suas
responsabilidades no cuidado com o tabernáculo. Os levitas, contudo, não
eram sacerdotes. Apenas Arão e seus filhos poderiam exercer tal
papel. Os levitas, que cuidavam do serviço relativo às coisas sagradas no
tabernáculo, aproximavam-se da presença divina. Mas os sacerdotes, que
ministravam dentro do tabemácu-lo, chegavam ainda mais perto.
Entretanto, apenas o sumo sacerdote, aquele cujo ministério servia de
base para a confiança da comunidade, adentrava o lugar santíssimo, onde a
presença divina residia. Deus é Santo. Apenas o sumo sacerdote, separado
da comunidade para este propósito sagrado, tinha o consentimento de
aproximar-se de Deus, a fim de interceder pelas pessoas perante o Senhor.
Entretanto, nos dias de hoje todos os cristãos podem ter acesso à presença
divina em iguais condições. A morte de Jesus rasgou o véu que nos separava
do Altíssimo, expiou todos os nossos pecados e nos fez santos às
vistas de Deus.
3.11-13 — A expressão E eu indica o envolvimento
direto de Deus na redenção. Quando Deus remia e salvava Seu povo, tudo era
feito por Ele mesmo (Êx 12.29; 13.3,17,21; 14.19,30,31). Da mesma
forma, o Senhor escolheu os levitas para formarem uma tribo especial que
zelava por Sua presença, e esta também foi uma tarefa pessoal divina. Ele
não delegou este trabalho a nenhum ser humano. Mais tarde Deus
escolheria Jesus para ser o mais perfeito sumo sacerdote a favor de
todos aqueles que acreditam nele (Sl 110.4; Hb 6.20—8.6).
Todo primogênito meu é. Quando Deus passou pelas casas das famílias hebraicas que
haviam obedecido a suas instruções na Páscoa e poupou da morte os
primogênitos (Êx 12.29-51), Ele declarou que os filhos primogênitos dos
hebreus
— e também a primeira cria dos
animais — pertenciam a Ele (Êx 13.1,2). Agora, os primogênitos precisavam
ser resgatados. Uma troca foi realizada. Deus fez de toda a tribo de Levi Sua
propriedade especial, em vez do filho primogênito de cada família (Nm
3.40-51).
Eu sou o SENHOR. Esta expressão enfatiza a autoridade de Deus e a importância de
Suas palavras.
3.14-20 — As três tribos dos levitas eram Gérson, Coate e
Merari. Os levitas foram distin-guidos das outras tribos — as não sacerdotais — de várias formas: (1) eles foram
contados à parte daqueles contabilizados para a guerra; (2) foram
indicados como ministros na adoração a Deus, em vez de como soldados do
exército divino; (3) receberam certas restrições na condução de sua vida;
(4) representaram o presente dos primogênitos de cada família ao Senhor
(Nm 3.40-51); (5) viveram em cidades no meio das várias tribos, em
vez de morarem com os outros em uma única região (Nm 35.1-8).
3.21-37 — Na listagem de determinação dos lugares das tribos
ao redor do santuário, há uma ordenação que vai da tribo mais favorecida,
Judá, até as menos favorecidas (Nm 2.3-31). Na lista com os lugares
das famílias levitas, a disposição é diferente, de oeste para leste. A
tribo dos levitas que ficou encarregada das tarefas mais importantes foi a
família de Coate, ao sul. As tribos de Gérson e Merari receberam a
incumbência das tarefas subsidiárias. Os sacerdotes ficavam no lado
leste e ocupavam as posições de liderança. A ordem era: Gérson, a oeste;
Coate, ao sul; Merari, ao norte, e Moisés, Arão e seus filhos, a leste.
3.22-26 — A tribo de Gérson cuidava e tratava dos elementos
do tabernáculo. Os contados do sexo masculino acima de um mês de
idade totalizavam 7.500.
As cortinas do pátio. Esta expressão faz
referência a três cortinas ou coberturas no tabernáculo — a primeira na entrada
do pátio da tenda da congregação; a segunda ficava localizada na
entrada da tenda (Nm 3.31; 4.25); e a terceira separava o lugar santo do lugar
santíssimo (Nm 4.5).
3.27-32 — As tarefas da família de Coate ficaram
concentradas no cuidado dos móveis e utensílios sagrados do tabernáculo.
Eleazar, o filho de Arão, supervisionava o trabalho como chefe dos
encarregados, pois a mobília sagrada só podia ser manuseada de formas
específicas. Os anramitas pertenciam aos clãs coatitas e eram
da família de Moisés, Arão e Miriã (Êx 6.20). Os contados do sexo
masculino acima de um mês de idade totalizavam 8.600.
3.33-37 — As tarefas da família de Merari ficaram
concentradas nos elementos estruturais [tábuas, varais, colunas, bases,
estacas, cordas] do tabernáculo e em seus utensílios. Nesta tribo, os
contados do sexo masculino acima de um mês de idade totalizavam 6.200.
3.38,39 — O leste, área em que ficavam Moisés, Arão e seus
filhos, indicava a posição mais favorável. A responsabilidade destes era
proteger o tabernáculo contra qualquer tipo de aproximação não apropriada.
O número total de levitas foi 22 mil.
3.40-42 — Os primogênitos das famílias de Êxodo pertenciam
ao Senhor, porque Deus os havia salvado. A primeira cria dos animais dos
israelitas também era oferecida como sacrifício ao Senhor. Entretanto, os
primeiros filhos dos israelitas não deveriam ser mortos (como
foram os primogênitos dos egípcios, Êx 13). Os primogênitos israelitas
foram resgatados pela dedicação dos levitas ao serviço do Senhor. Agora,
estando eles no deserto no segundo ano de sua libertação, a troca dos
primogênitos pelos levitas foi de fato realizada. A expressão em lugar
de enfatiza fortemente essa substituição dos primeiros filhos israelitas
pelos levitas. Esta antiga troca nos lembra da substituição dos pecadores
por Jesus. Todos merecíamos a morte por causa de nossas ofensas, mas
Cristo morreu em uma cruz em nosso lugar.
3.43-48 — O número total dos primogênitos, 22.273, aparenta
ser pequeno para uma população de, no mínimo, dois milhões de pessoas. Algumas
pessoas sustentam que esta quantidade estava relacionada ao número de
primogênitos israelitas na primeira Páscoa.
O pagamento dos cinco siclos [corresponde a 60 gramas
de prata, NVI] representava muito mais uma lição aos israelitas a respeito
da importância das pessoas do que um ato de substituição para aqueles
envolvidos. Cada resgate individual tinha de ser pago. O pagamento dos
siclos a Arão e seus filhos era adequado. Da mesma forma que os
levitas foram dados pelo Senhor, a fim de auxiliar Arão em seus deveres no
santo tabernáculo, o resgate também era dado a Arão para favorecer a mesma
santa tarefa.
3.49-51 — O valor de resgate de cada primogênito que excedia
o número de levitas era cinco siclos. Multiplicando, portanto, os 273
primogênitos excedentes (v. 47) por cinco obteremos os 1.365 siclos
obtidos por Moisés. Desta forma, cada primogênito foi considerado nos
planos de Deus para a redenção.
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