Significado de Números 34

Números 34

Números 34 enfoca as instruções dadas aos israelitas quanto à divisão da Terra Prometida entre as doze tribos. O capítulo fornece limites e marcos específicos para a herança de cada tribo, enfatizando a distribuição equitativa da terra.

O capítulo 34 começa detalhando as fronteiras da terra, especificando a fronteira sul desde o deserto de Zin até o extremo sul do Mar Salgado (o Mar Morto). Em seguida, delineia a fronteira ocidental ao longo do Mar Mediterrâneo e a fronteira norte do Mar Salgado ao Monte Hor. Finalmente, descreve a fronteira oriental do Monte Hor até os arredores da cidade de Zedade.

Moisés é instruído por Deus a nomear líderes de cada tribo para ajudar na divisão da terra. Esses líderes, chamados de “chefes das casas dos pais”, devem representar suas respectivas tribos e participar do processo de alocação.

Números 34 fornece uma lista detalhada dos nomes dos líderes de cada tribo que foram escolhidos para ajudar a dividir a terra. Os líderes mencionados incluem o sacerdote Eleazar, Josué (que sucederia a Moisés como líder dos israelitas) e um representante de cada tribo.

O capítulo continua detalhando a herança específica para as tribos de Rúben, Gade e meia tribo de Manassés, que solicitaram e receberam seu lote no lado leste do rio Jordão. Os limites de sua herança são estabelecidos, garantindo a posse legítima da terra conquistada.

O capítulo conclui reiterando a importância da divisão precisa da terra de acordo com esses limites. Enfatiza que a terra será sorteada entre as tribos, garantindo justiça e imparcialidade no processo de alocação.

Em resumo, Números 34 fornece instruções detalhadas sobre a divisão da Terra Prometida entre as doze tribos de Israel. Ele estabelece os limites da herança de cada tribo, nomeia líderes para supervisionar a divisão e garante a distribuição equitativa da terra. O capítulo destaca a natureza meticulosa do processo, destacando a importância de alocar adequadamente a terra como parte essencial do cumprimento da promessa de Deus aos israelitas.

Comentário de Números 34

34.1-12 O capítulo 34 é uma amostra detalhada da grandeza da terra que Deus estava para conceder ao Seu povo (Nm 33.53). As informações desta passagem são baseadas em um profundo conhecimento de todos os recantos da terra, algo que Moisés provavelmente não possuía por completo. Estes dados, entretanto, podem ter sido transmitidos em parte pelos espias (cap. 13) e por Calebe e Josué, que possivelmente auxiliaram Moisés nesta lista.

APROFUNDE-SE
Cidades de refúgio

 No antigo Oriente Médio, o costume era que, se uma vida fosse tirada, mesmo que por acidente, esta tinha de ser vingada por um membro da família da vítima. Em resposta a tal prática, Deus ordenou que seis cidades levíticas, a serem escolhidas na terra, servissem de cidades de refúgio. Uma pessoa culpada de um homicídio não intencional poderia escapar da vingança do parente da vítima refugiando-se nessas cidades (Js 20). Não importaria onde esse indivíduo morasse, sempre haveria um lugar seguro a uma distância razoável, pois todos esses povoados seriam alocados estrategicamente por toda a terra—três a leste do Jordão, e três a oeste.

O termo hebraico traduzido como refúgio ou asilo designa um lugar de escape do vingador, que era o homem que protegia os direitos da família, aquele que tomava as atitudes corretas (o vocábulo hebraico para vingador é o mesmo utilizado para se referir a Boaz, traduzido como parente remidorem Rt 2.1).

A busca por refúgio não era uma atitude pessoal exercida por um cidadão. Algumas regras determinavam se a proteção era aplicável a uma situação específica, e os julgamentos aconteceriam para cada caso (Nm 35.22-25). As normas para a busca de refúgio nas cidades apropriadas para tal fim foram estabelecidas considerando-se alguns detalhes:

(1) o homicídio deveria ter acontecido de forma acidental e não premeditada (Nm 35.16-21); (2) a pessoa tinha de partir imediatamente para a cidade de refúgio, e só ficava a salvo do vingador quando estivesse dentro da vila; (3) o indivíduo não estaria em segurança se decidisse sair da cidade de refúgio. Basicamente, a execução não intencional de alguém tinha como pena a prisão virtual em uma cidade murada (Nm 35.26-28); (4) a limitação à perseguição do ofensor tinha como base a morte do sumo sacerdote. Quando este morria, o vingador não podia mais seguir o assassino, para executá-lo. 0 refugiado estava livre para voltar para casa (Nm 35.25,28); (5) a lei do asilo protegia tanto o estrangeiro, como o cidadão (Nm 35.15); (6) o ofensor não tinha direito de pagar um resgate, em vez de partir para ou estar na cidade de refúgio. Caso isso acontecesse, uma pessoa pobre ficaria em grande desvantagem (Nm 53.31).

Por meio de todos esses regulamentos específicos, Deus demonstrou Sua graciosa preocupação pelo inocente. Ele proveu um lugar para que o homem culpado pudesse encontrar misericórdia e segurança da brutal prática primitiva de vingar-se das mortes dos familiares.

34.13-15 A expressão dar às nove tribos e à meia tribo é um lembrete de que as tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés já tinham sido assentadas a leste do Jordão (Nm 32.33). A terra de Canaã seria propriamente habitada pelas nove tribos restantes e pela outra metade da tribo de Manassés.

34.16-29 A listagem dos nomes dos homens serve a vários propósitos: (1) dar autenticidade ao registro; (2) imortalizar esses indivíduos na história de Israel; (3) ser utilizada como ajuste legal para que a transferência da terra para as tribos fosse feita em ordem.

34.29 As palavras estes são aqueles transmitem o sentido de que a segunda geração era agora reconhecida oficialmente como a substituta da primeira, aquela que se rebelou.

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