Significado de Números 9
Números 9
9.1 — A expressão o primeiro mês do segundo ano
indica que o conteúdo deste capítulo precede a ordem de recenseamento em
Números 1.1. Com o tabernáculo pronto, o acampamento ritualmente purificado,
os levitas limpos e em seus postos, os símbolos da presença divina no
acampamento israelita e mais uma celebração de Páscoa, tudo estava
pronto para a triunfal marcha do exército de cidadãos de Deus rumo à Terra
Prometida.
9.2-5 — Quando a primeira Páscoa foi celebrada no Egito, a
ordem foi que se comemorasse a data por todas as gerações de israelitas (Ex
12.14) • Agora, chegara a hora de comemorar novamente a Páscoa, aos
pés do monte Sinai, antes que as pessoas iniciassem sua marcha rumo a
Canaã.
9.6-10 — Por causa da mácula contraída por terem tocado em
um cadáver (Nm 5.2), havia algumas pessoas que não puderam celebrar a
Páscoa naquele dia. Tais indivíduos foram ansiosamente perguntar a
Moisés o que deveriam fazer. Deus tinha a intenção de que a data fosse
celebrada por todo o Seu povo. O motivo que levou à impureza ritual
não deveria impedir uma pessoa de gozar daquela noite. Tampouco a
celebração poderia passar em branco. Desta forma, o
ritualmente impuro celebraria a Páscoa um mês depois.
9.11 — A determinação do consumo das
ervas amargas indica que aqueles que comemorariam a Páscoa um mês
depois celebrá-la-iam em todos os detalhes. Eles não deveriam realizar a
cerimônia de forma diferente, mas sim executá-la plenamente, comendo o
cordeiro, o pão sem fermento e as ervas amargas.
9.12 — A refeição pascoal não era um
banquete comum. O alimento celebrava a grande ação libertadora de Deus na
história de Israel. A refeição deveria ser consumida com uma
atenção especial ao cordeiro, do qual nenhum osso poderia ser
quebrado. E importante lembrar que, quando o Salvador foi crucificado como
nosso Cordeiro pascoal, nenhum de Seus ossos foi quebrado (Jo 19.36), um
cumprimento da profecia neste versículo (Êx 12.46; SI 34.20).
A congregação que Moisés deveria convocar ao
tocar as trombetas de praia (Nm 10.2,3) consistia de toda a população de
Israel, o povo escolhido de Deus. Frequentemente, este grupo também era chamado
de a assembléia (hb. edah ou qahal), em especial quando
estava reunido em uma data (por exemplo, no Sábado ou em outras festividades) e
um lugar determinados (tal como a tenda da congregação, Nm 10.3), a fim de
que se cumprissem propósitos religiosos.
Séculos mais tarde, quando a sinagoga toi mencionada
(Mc 1.21), o grupo que se reunia lá foi nomeado como a assembléia. Os
gregos também descreveram as reuniões de cidadãos da mesma forma (assembléia,
em grego ekklesia).
Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o
grego, a palavra hebraica para assembléia foi vertida como ekklesia,
um termo que os primeiros cristãos adotaram. Por fim, ekklesia foi
traduzida para o português como eclésia, que significa uma organização
cristã, a Igreja.
9.13 — Algumas pessoas
simplesmente se recusavam a comemorar a Páscoa, não por causa de razões
maiores, mas apenas por ingratidão e insolência. Tais indivíduos seriam
eliminados do meio do povo e sofreriam as consequências de seu
pecado.
9.14 — Todos aqueles que viviam entre o povo hebreu
poderiam ser incluídos nas celebrações da Páscoa, mas primeiro deveriam
ser circuncidados (Êx 12.48). Este era um rito que se aplicava tanto ao
cidadão israelita como ao estrangeiro. Quando um estranho ouvia as
histórias das poderosas e misericordiosas ações divinas, era natural que ele
perguntasse aos israelitas sobre como também podería participar da bênção
a Israel.
9.15-23 —A nuvem (Êx 13.21) representava um notável
símbolo da ativa presença de Deus junto ao Seu povo, pois o cobria com
proteção, guiava-o na direção certa e aproximava-se como fogo durante
a noite para dar conforto na escuridão. Os últimos versículos deste trecho
bíblico fazem um resumo das ações da nuvem e do fogo durante a estada
de Israel no deserto.
9.23 — A nuvem e o fogo eram manifestações da vontade e
direção de Deus. Quando a nuvem se levantava, eles partiam. Quando esta
ficava sobre o tabernáculo, o povo acampava. Não havia nada de
previsível nos movimentos que a nuvem realizava. Tudo dependia da
soberania de Deus. As pessoas percebiam a glória e a vontade
do Senhor nas ações da nuvem.
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