Gálatas 6 — Comentário Devocional

Gálatas 6

6.1-3 Nenhum cristão deve pensar que é totalmente independente e que não precisa da ajuda dos outros. Ao mesmo tempo, ninguém deve pensar que está isento da tarefa de ajudar os semelhantes. O corpo de Cristo isto é, a Igreja — somente funciona quando seus membros trabalham em conjunto pelo bem comum. Você conhece alguém que está precisando de ajuda? Existe algum irmão que precisa de correção ou encorajamento? Humilde e gentilmente, procure estender a mão a essas pessoas (Jo 13.34.35).

6.4 Quando você faz o melhor possível, com certeza sente-se muito feliz com os resultados. Não há necessidade de se comparar aos outros. As pessoas fazem comparações por muitas razões. Alguns apontam as falhas dos outros para sentirem-se melhor perante si mesmos. Outros querem simplesmente uma confirmação de que estão agindo bem. Quando se sentir tentado a fazer alguma comparação, olhe para Jesus Cristo. Seu exemplo irá inspirá-lo a fazer o melhor, e sua amorosa aprovação irá confortá-lo quando não conseguir alcançar suas expectativas.

6.6 Paulo diz que os alunos devem cuidar das necessidades materiais de seus mestres (1 Co 9.7-1). É fácil receber os benefícios de um bom ensino bíblico e também considerar normal a presença de nossos líderes espirituais, ignorando suas necessidades físicas e financeiras. Devemos cuidar de nossos mestres sem relutância ou má vontade, com um espírito generoso, demonstrando-lhes apreço e honrando-os por tudo o que têm feito (1 Tm 5.17,18).

6.7, 8 Certamente você ficaria surpreso se plantasse milho e colhesse abóboras. A lei natural diz que colhemos o que plantamos. e isso também é verdadeiro para outras áreas. Aqueles que fazem mexericos a respeito de seus amigos perderão a amizade deles. Toda ação tem uma consequência. Se plantar para satisfazer seus próprios desejos, terá uma colheita de tristezas e pecados. Se plantar para agradar a Deus, colherá alegria e vida eterna. Que espécie de sementes você está semeando?

6.9, 10 É desanimador continuar praticando o bem e não receber nenhuma palavra de agradecimento ou não ter nenhum resultado tangível. Mas Paulo desafiou os gálatas, e também a nós, a praticar o bem e a confiar em Deus. Em seu devido tempo, colheremos uma safra de bênçãos.

6.11 Até este ponto, é provável que Paulo tivesse ditado essa carta a um secretário (um amanuense). Aqui o próprio apóstolo escreve as saudações finais e pessoais. Paulo fez o mesmo em outras cartas que escreveu para dar mais ênfase às suas palavras e para validar a autoria da mensagem.

6.13 Alguns dos judaizantes estavam enfatizando que a circuncisão era prova de santidade — mas ignoravam outras leis judaicas. Muitas vezes, as pessoas escolhem um certo princípio ou proibição e fazem dele sua medida de fé. Alguns podem condenar a embriaguez, mas ignorar a glutonaria. Outros podem desprezar a promiscuidade, porém tolerar o preconceito. A Bíblia, em seu todo, é a nossa regra de fé e prática. Não podemos escolher ou selecionar os itens a que desejamos obedecer.

6.14 O mundo está cheio de seduções. Diariamente somos abertamente confrontados por meio de sutis pressões culturais e propagandas. A única maneira de escapar dessas influências destrutivas é pedindo que Deus nos ajude a crucificar nosso interesse por elas, exatamente como Paulo fez. Em que medida os interesses desse mundo são importantes para você? (ver 2.20 e 5.24 para mais informações sobre esse conceito).

6.15 É muito fácil cair nas garras dos ardis exteriores. Tome cuidado com aqueles que insistem no que devemos ou não fazer, sem qualquer consideração pelas condições interiores de nosso coração. Viver uma boa vida, mas sem qualquer mudança interior, leva a uma caminhada espiritual vazia e superficial. O que importa para Deus é estarmos completamente mudados de dentro para fora (2 Co 5.17).

6.18 A carta de Paulo aos Gálatas declara corajosamente a liberdade do cristão. Sem dúvida, esses neófitos cristãos da Galácia desejavam crescer na vida crista, mas estavam sendo desencaminhados por aqueles que afirmavam que isso somente poderia ser alcançado se algumas leis judaicas fossem observadas. Como seria estranho se um prisioneiro recém-liberto voltasse para a cela e se recusasse a abandonar a prisão! Como seria estranho se um animal, liberto da armadilha, voltasse para dentro dela! Como seria triste se um crente liberto da escravidão do pecado voltasse a uma rígida conformidade com um conjunto de regras e regulamentos! Aquele que crê em Jesus Cristo foi liberto. Em vez de retornar a alguma forma de escravidão, seja do pecado ou do legalismo, use sua liberdade para viver para Cristo e servi-lo da forma que Ele deseja.