Estudo sobre Apocalipse 8:10-12
Estudo sobre Apocalipse 8:10-12
Apocalipse 8:10-12
A ligação com a condenação da trombeta anterior também se expressa no meio empregado: O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. Novamente precipita-se do alto um corpo em chamas, mas agora não como uma montanha, mas como uma estrela. Seu nome expressa seu significado: O nome da estrela é Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas. No AT, “absinto” representa tanto uma palavra para a amargura causada pelas pessoas quanto também a amargura que eles experimentam como castigo. O castigo corresponde ao pecado. Mais uma vez, no entanto, o juízo permanece delimitado. Muitas pessoas, mas não todas, morrem (excurso 5e).
Com esse flagelo completa-se o número quatro: são atingidas a terra, a água salgada, a água doce e os astros. O ser humano encontra adversidade em quatro lados, i. é, por todos os lados. É terrível como a bênção vai abandonando uma região após a outra e como o caos vai tomando conta (excurso 5c).
O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas. Em Êx 10.21-23 informa-se, no contexto da nona praga no Egito, a respeito de um eclipse total. No entanto, nas casas dos israelitas continuou havendo claridade. Na verdade, o instante da preservação sempre faz parte do flagelo. No presente trecho, a preservação é expressa pela fórmula da terça parte (excurso 5e). A expressão “fórmula” é justificada, pois ela não contém mais do que uma referência concisa que indica uma direção. Seu tom genérico praticamente nos impede de elucidar, p. ex., se foi obscurecido um terço da superfície solar e dois terços continuaram a brilhar com força normal, ou se a luz toda foi reduzida em um terço, de forma que o dia nunca mais despontasse totalmente (cf. nota 360). Enfim, basta o sentido de que mais uma condição básica das criaturas se encontra sob o signo do juízo. Pois são justamente o sol, a lua e as estrelas que proclamam que a bondade de Deus é duradoura (Sl 136.7-9) e se compadece dos filhos dos homens (Sl 8.4,5). Contudo, o discurso desses arautos não foi entendido; será que seu silêncio será compreendido? A título experimental, Deus abre novamente a porta às trevas que existiam antes da criação e que sem Deus está presente a cada momento: para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite.
Índice:
Apocalipse 8:10-12