Provérbios 22 — Estudo Teológico das Escrituras

22:1 Este provérbio indica que uma reputação tem mais valor do que posses ou riquezas. Um nome não pode ser substituído facilmente, nem mesmo com muito dinheiro.

 

22:2 Esta frase repete eloquentemente o tema das riquezas (v. 1): Deus faz ricos e pobres. Isso significa que aqueles que favorecem os ricos em detrimento dos pobres (ver Tiago 2) não apenas perderam o objetivo da criação, mas insultaram o criador (ver 14:31).

 

22:3 O termo prudente significa “astuto” (veja 1:4 para uma palavra relacionada). Não há sabedoria em ser imprudente.

 

22:4 O caminho para uma vida boa - riquezas, honra e vida (ver 21:21 para uma tríade semelhante) - é a humildade (ver Miqueias 6:8) e o temor a Deus.

 

22:8 A ideia de justa retribuição é significativa (ver 21:7). O ensino de Jesus sobre justiça reflete a ideia neste versículo. Uma pessoa que vive da violência provavelmente morrerá violentamente; uma pessoa que vive perversamente não deve se surpreender se for vítima de um crime (ver Mateus 26:52).

 

22:9 As palavras que expressam a ideia de generosidade neste versículo são “um bom olho”. Um bom olho observa primeiro as necessidades dos outros. Um olho ruim vê apenas seu próprio interesse.

 

22:10 O escarnecedor (ver 21:24) deve ser expulso da comunidade porque sua influência é prejudicial a todos. O sábio sabe que o escarnecedor não é motivo de riso, porque ri das coisas sagradas, do próprio Deus.

 

22:11 Uma pessoa que é marcada pela pureza de palavras e de coração torna-se o confidente de um bom rei. Compare este provérbio com Salmos 15, que descreve uma pessoa que deseja se tornar amiga do Senhor.

 

22:12 Os olhos do Senhor (ver 15:3; 21:2) são os árbitros finais do conhecimento e da justiça. Os olhos dos seres humanos simplesmente não são confiáveis. Quando o rei leva sua posição a sério, ele também toma decisões que são adequadas e corretas (ver 20:8).

 

22:13 Os provérbios sobre pessoas preguiçosas (ver 19:15) fornecem um alívio cômico ao zombar de como os preguiçosos inventam todos os tipos de desculpas para evitar o trabalho e o risco. Eles farão qualquer coisa para evitar fazer qualquer coisa.

 

22:14 Este provérbio nos leva de volta à mulher imoral, ou a “mulher estranha” (ver 2:16). Sua boca é uma cova aberta, destruição para qualquer um que ali cair (ver 9:18).

 

22:16 O último dos provérbios de Salomão nesta coleção trata da justiça social. Em última análise, todos os assuntos humanos estão nas mãos de Deus, embora às vezes os ímpios prosperem. Deus fez pobres e ricos (v. 2) e ele determinará com justiça seus destinos (24:12).

 

22:17-24:22 A frase as palavras dos sábios marca uma nova seção do Livro de Provérbios. O conteúdo muda no v. 17. Três elementos distinguem esta seção:(1) a mudança de unidades de um verso para unidades de múltiplos versos, (2) cabeçalhos de seção que estão embutidos no texto, e (3) a afinidade deste seção com antigos textos de sabedoria egípcia, particularmente a Instrução de Amen-em-opet.

 

22:17–21 incline o ouvido: essas palavras introdutórias chamam o leitor a prestar atenção e preparar-se para aprender e adorar a Deus. O conselho enfatiza fortemente que a confiança de uma pessoa deve estar no Senhor.

 

22:22, 23 A maioria das violações da justiça visa as pessoas pobres e aflitas porque são fracas e indefesas. Mas quem faz isso torna-se inimigo de Deus, que pleiteará a causa deles.

 

22:24, 25 amizade com um homem irado: aqui são as palavras dos vv. 22, 23 são baseadas na fé hebraica, essas ideias são derivadas da observação do comportamento humano e da interação. O livro de Provérbios inclui os dois tipos de percepção: revelação da verdade sobre Deus e observação da experiência humana (ver 1 Coríntios 15:33).

 

22:28 Os antigos israelitas consideravam o respeito pelo marco afixado como mais do que uma questão de propriedade privada. Eles viam isso como uma parte básica da vida civil. As pessoas devem ter um certo senso de confiança pública e justiça para que a sociedade funcione.

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