Comentário de João 18:19

O sumo sacerdote perguntou, então, a Jesus,... Tendo sidcomentario biblico, evangelho de joão, novo testamentoo agora trazido de Anás para Caifás, que era o sumo sacerdote e voz do Sinédrio, e para quem foi designado ouvir e julgar o caso relativo à doutrina. E o que ele fez foi colocar-lhe perguntas, em vez de abrir a acusação direta contra ele, e apelando a testemunhas para apoiá-lo. A pessoa a quem ele estava interrogando era um sumo sacerdote maior do que ele mesmo; era aquele profeta mencionado pelo próprio Moisés,[1] a quem os judeus deviam escutar, e a nenhum outro que não o Filho de Deus, e do Rei de Israel; que, quando tinha apenas doze anos de idade, fazia aos doutores perguntas, e respondia as suas, para seu grande espanto.[2] Ele indaga primeiro...

De seus discípulos,... Não tanto quem eram eles, e o que eles foram, e quantos eles eram, e onde eles estavam agora, como para que finalidade ele os reuniu; se eram sediciosos para o objetivo de derrubar o atual governo, e configurar-se como um príncipe temporal, e isto ele fez, para que ele pudesse ser capaz de enviar-lhe com uma acusação contra ele, para o governador romano:
[3] ele não pediu para que seus discípulos viessem para falar em seu nome, se eles tivessem alguma coisa a dizer para ele, que, pelos seus cânones deles(p), era permitido e incentivado:

"Se alguém dos discípulos (da pessoa acusada) diz, eu tenho um crime para acusá-lo, que eles o silenciem, mas se um dos discípulos disser, eu tenho algo a dizer em seu favor, eles trazem-no, e colocam-no entre eles, nem ele sai de lá todo o dia; e se há algo em que ele diga, שומעין לו, “eles ouvem-no.”

Os judeus, na verdade, dizem (q) que depois de Jesus foi considerado culpado, um arauto passou quarenta dias antes de lhe declarar seu crime, significando que, se alguém sabia alguma coisa digna em Cristo, para vir e declará-la, mas nenhum foi encontrado: mas isso é tudo mentira e falsidade, para encobrir a sua maldade, nenhum discípulo dele teve a permissão deles para falar por ele. O sumo sacerdote perguntou a Jesus a seguir...

Da sua doutrina,... Não por razões de informação e de instrução, nem para ver se era segundo as Escrituras, mas se era uma nova doutrina, e dele próprio, e se ela tendia para a idolatria ou blasfêmia, e se era faccioso e sedicioso, que assim eles poderiam ter com o qual a acusá-lo, pois, embora eles tivessem apanhado a sua pessoa, eles estavam em perda para uma acusação, e ainda assim, esse mesmíssimo homem que colocou estas questões, tentando tirar algo contra ele, tinha antes dado conselhos para colocá-lo à morte, estando isso certo ou errado: tudo isto foi feito, e essas questões foram apresentadas a Jesus, ao passo que Pedro negava-lhe.


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Notas

(p) T. Bab. Sanhedrin, fol. 40. 1. Maimon. Hilch. Sanhedrin, c. 10. sect. 8.
(q) T. Bab. Sanhedrin, fol. 43. 1.
[1] Cf. Atos 3:22. N do T.
[2] Cf. Lucas 2:46. N do T.
[3] Cf. João 19:12. N do T.