Filho do Homem Glorificado em Apocalipse
Filho do Homem Glorificado em Apocalipse
(Enciclopédia Bíblica Online)
Ele é o Alfa e o Omega, Senhor, Palavra, Jesus, Cristo, Rei, Mestre, Cordeiro, Leão, Noivo e Estrela da Manhã, ele corrige a Igreja, restaura os judeus, julga o mundo, Satanás (e suas hostes malignas) e reina como Rei, com o Pai, o Espírito Santo, os anjos, os santos, os pecadores, o céu, a terra e o inferno.
Habershon observa que o "prefácio" de João "estabelece uma conexão entre Apocalipse e as Parábolas, porque elas também eram primeiramente uma revelação do próprio Deus ao Senhor Jesus Cristo e deste aos seus servos, das coisas que em breve aconteceriam. Mateus não era o autor das parábolas das quais se recordou, e nem João era autor das visões a que se referiu. Por ser o Senhor Jesus o autor tanto de Apocalipse como das parábolas, devemos encontrar em ambos os mesmos simbolismos. Ele se apresenta em Apocalipse, assim como nas parábolas, como Rei, Mestre, Dono da Vinha, Esposo, Pastor, Conquistador e Juiz, enquanto dos homens se diz que são súditos, ovelhas, fruto da terra, virgens e comparativamente sob a figura de uma mulher e uma noiva".
As visões, que João teve, eram sem dúvida a continuação das histórias que ouvira dos lábios de Jesus, em cujo peito se reclinava. João tinha visto o seu Senhor em humilhação; agora ele o vê em glória. Tendo o apóstolo "ouvidos para ouvir" pôde alistar as parábolas do Mestre e, agora, com "olhos para ver" contempla em visões a sua majestade e poder conquistador.
A saudação (1:4-6) não é apenas de João às igrejas, mas também dos "sete espíritos que estão diante do seu trono". Não há sete "espíritos santos". Devemos entender que esses sete espíritos aqui são a sétupla manifestação do Espírito de Deus (Is 11). Então a mente espiritual pode discernir preciosas verdades em Cristo como Príncipe, e em nós mesmos como reis e sacerdotes.
Na visão, "uma grande voz, como detrombeta" disse: "Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o último". Esses dois nomes são a primeira e a última letra do alfabeto grego, e declaram que Jesus é o Princípio e o Fim, e tudo o que há entre ambos. Temos então uma sétupla descrição de Cristo em sua esplêndida capacidade judicial, por estar ele entre os sete candeeiros de ouro: "Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a alva lã, como neve".
Essa maravilhosa linguagem é análoga à visão que Daniel teve do "ancião de dias, cujas roupas eram brancas como a neve, e os cabelos de sua cabeça como a pura lã" (Dn 7:9). Branco simboliza "pureza" e, quando aplicado aos cabelos, denota idade avançada. A vida de Cristo entre os homens caracterizou-se por uma santidade imaculada. "Qual de vós me convence de pecado?" (Jo 8:46). Aqui, seus cabelos brancos referem-se à sua ancestralidade, dignidade patriarcal e à venerabilidade de seu caráter. Como o Eterno, ele nunca envelhece, e então seus cabelos não se tornam brancos pela idade.
"Seus olhos como chamas de fogo". Nas Escrituras, fogo expressa a divina santidade e justiça. Os olhos de Jesus olhavam furiosamente os que rejeitaram o seu clamor, e estavam muitas vezes turvados pelas lágrimas de sua tristeza quanto ao pecado. Agora os seus olhos queimam com "chamas oniscientes". Quando ele vier para julgar a terra, todas as coisas estarão descobertas e patentes, diante de sua penetrante observação.
"Os seus pés eram semelhantes ao bronze reluzente, como que refinado numa fornalha". Bronze simboliza juízo merecido, como mostra a serpente de bronze no mastro (Jo 3:14). Os pés de Jesus, possuidor ainda das marcas dos pregos, serão como "bronze reluzente" quando ele descer para pisar e esmagar o Anticristo e também Satanás, com os seus pés, na ira do Deus Todo-Po-deroso (Ap 19:15).
"Sua voz como o som de muitas águas". Essa expressão figurada é passível de múltiplas interpretações, pois os movimentos das águas são variados. Temos o melodioso e musical murmúrio do riacho ou o poderoso estrondo das quedas duma cachoeira. Quando ele vier em poder e glória, os seus serão consolados com as notas de ternura em sua voz, mas quão aterrorizantes serão as suas palavras quando vier como Juiz de toda a terra para sentenciar os condenados e o diabo (Mt 25:41)!
"Tinha ele em sua mão direita sete estrelas". Biblicamente, a mão direita denota lugar de honra, autoridade, responsabilidade. As sete estrelas eqüivalem aos anjo das sete igrejas às quais Jesus escreveu. Anjos não denota apenas mensageiros angelicais, ou ministros, mas homens como tais. Aqui os representativos líderes da igreja são apresentados como os que receberam suas funções e poderes daquele que os segura em sua mão direita. Como estrelas, deveriam refletir a glória de Cristo.
"Da sua boca saía uma afiada espada de dois gumes". A espada é um emblema da Palavra de Deus (Ef 6:17; Hb 4:12). Possuidora de dois gumes, pode cortar em ambos os sentidos. Se a Palavra não salva, mata. Será assim na destruição dos inimigos de Cristo, quando ele vier ferir as nações (Ap 19:11-15).
"Seu rosto era como o sol, quando resplandece em sua força". Glória e majestade brilhavam em seu rosto na Transfiguração (Mt 17:2). Quando ele voltar como "o sol da justiça" (Ml 4:2), uma sétupla glória irradiará de seu poderoso e brilhante rosto. Esse brilho suprirá toda a necessidade de iluminação da Nova Jerusalém (Ap 21:23).
Cf. Teologia do Livro de Apocalipse
Cf. Perspectiva do Livro de Apocalipse
Cf. Estilo do Livro de Apocalipse
Cf. Interpretação Historicista do Livro de Apocalipse
(Enciclopédia Bíblica Online)
- Significado de “Filho do Homem” no Original
- FILHO DO HOMEM — Introdução
- FILHO DO HOMEM — Contexto Histórico
- FILHO DO HOMEM — Terreno
- FILHO DO HOMEM — Sofredor
- FILHO DO HOMEM — Apocalíptico
Ele é o Alfa e o Omega, Senhor, Palavra, Jesus, Cristo, Rei, Mestre, Cordeiro, Leão, Noivo e Estrela da Manhã, ele corrige a Igreja, restaura os judeus, julga o mundo, Satanás (e suas hostes malignas) e reina como Rei, com o Pai, o Espírito Santo, os anjos, os santos, os pecadores, o céu, a terra e o inferno.
Habershon observa que o "prefácio" de João "estabelece uma conexão entre Apocalipse e as Parábolas, porque elas também eram primeiramente uma revelação do próprio Deus ao Senhor Jesus Cristo e deste aos seus servos, das coisas que em breve aconteceriam. Mateus não era o autor das parábolas das quais se recordou, e nem João era autor das visões a que se referiu. Por ser o Senhor Jesus o autor tanto de Apocalipse como das parábolas, devemos encontrar em ambos os mesmos simbolismos. Ele se apresenta em Apocalipse, assim como nas parábolas, como Rei, Mestre, Dono da Vinha, Esposo, Pastor, Conquistador e Juiz, enquanto dos homens se diz que são súditos, ovelhas, fruto da terra, virgens e comparativamente sob a figura de uma mulher e uma noiva".
As visões, que João teve, eram sem dúvida a continuação das histórias que ouvira dos lábios de Jesus, em cujo peito se reclinava. João tinha visto o seu Senhor em humilhação; agora ele o vê em glória. Tendo o apóstolo "ouvidos para ouvir" pôde alistar as parábolas do Mestre e, agora, com "olhos para ver" contempla em visões a sua majestade e poder conquistador.
A saudação (1:4-6) não é apenas de João às igrejas, mas também dos "sete espíritos que estão diante do seu trono". Não há sete "espíritos santos". Devemos entender que esses sete espíritos aqui são a sétupla manifestação do Espírito de Deus (Is 11). Então a mente espiritual pode discernir preciosas verdades em Cristo como Príncipe, e em nós mesmos como reis e sacerdotes.
Na visão, "uma grande voz, como detrombeta" disse: "Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o último". Esses dois nomes são a primeira e a última letra do alfabeto grego, e declaram que Jesus é o Princípio e o Fim, e tudo o que há entre ambos. Temos então uma sétupla descrição de Cristo em sua esplêndida capacidade judicial, por estar ele entre os sete candeeiros de ouro: "Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a alva lã, como neve".
Essa maravilhosa linguagem é análoga à visão que Daniel teve do "ancião de dias, cujas roupas eram brancas como a neve, e os cabelos de sua cabeça como a pura lã" (Dn 7:9). Branco simboliza "pureza" e, quando aplicado aos cabelos, denota idade avançada. A vida de Cristo entre os homens caracterizou-se por uma santidade imaculada. "Qual de vós me convence de pecado?" (Jo 8:46). Aqui, seus cabelos brancos referem-se à sua ancestralidade, dignidade patriarcal e à venerabilidade de seu caráter. Como o Eterno, ele nunca envelhece, e então seus cabelos não se tornam brancos pela idade.
"Seus olhos como chamas de fogo". Nas Escrituras, fogo expressa a divina santidade e justiça. Os olhos de Jesus olhavam furiosamente os que rejeitaram o seu clamor, e estavam muitas vezes turvados pelas lágrimas de sua tristeza quanto ao pecado. Agora os seus olhos queimam com "chamas oniscientes". Quando ele vier para julgar a terra, todas as coisas estarão descobertas e patentes, diante de sua penetrante observação.
"Os seus pés eram semelhantes ao bronze reluzente, como que refinado numa fornalha". Bronze simboliza juízo merecido, como mostra a serpente de bronze no mastro (Jo 3:14). Os pés de Jesus, possuidor ainda das marcas dos pregos, serão como "bronze reluzente" quando ele descer para pisar e esmagar o Anticristo e também Satanás, com os seus pés, na ira do Deus Todo-Po-deroso (Ap 19:15).
"Sua voz como o som de muitas águas". Essa expressão figurada é passível de múltiplas interpretações, pois os movimentos das águas são variados. Temos o melodioso e musical murmúrio do riacho ou o poderoso estrondo das quedas duma cachoeira. Quando ele vier em poder e glória, os seus serão consolados com as notas de ternura em sua voz, mas quão aterrorizantes serão as suas palavras quando vier como Juiz de toda a terra para sentenciar os condenados e o diabo (Mt 25:41)!
"Tinha ele em sua mão direita sete estrelas". Biblicamente, a mão direita denota lugar de honra, autoridade, responsabilidade. As sete estrelas eqüivalem aos anjo das sete igrejas às quais Jesus escreveu. Anjos não denota apenas mensageiros angelicais, ou ministros, mas homens como tais. Aqui os representativos líderes da igreja são apresentados como os que receberam suas funções e poderes daquele que os segura em sua mão direita. Como estrelas, deveriam refletir a glória de Cristo.
"Da sua boca saía uma afiada espada de dois gumes". A espada é um emblema da Palavra de Deus (Ef 6:17; Hb 4:12). Possuidora de dois gumes, pode cortar em ambos os sentidos. Se a Palavra não salva, mata. Será assim na destruição dos inimigos de Cristo, quando ele vier ferir as nações (Ap 19:11-15).
"Seu rosto era como o sol, quando resplandece em sua força". Glória e majestade brilhavam em seu rosto na Transfiguração (Mt 17:2). Quando ele voltar como "o sol da justiça" (Ml 4:2), uma sétupla glória irradiará de seu poderoso e brilhante rosto. Esse brilho suprirá toda a necessidade de iluminação da Nova Jerusalém (Ap 21:23).
Cf. Teologia do Livro de Apocalipse
Cf. Perspectiva do Livro de Apocalipse
Cf. Estilo do Livro de Apocalipse
Cf. Interpretação Historicista do Livro de Apocalipse