Apocalipse 12:3 Explicado
Apocalipse 12:3 Explicado
3. “E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeça sete diademas”.
I. “...um grande dragão vermelho”. O vocábulo grego aqui usado, “drakon”, significa “dragão”, “serpente”, “crocodilo” ou “leviatã” (Jó 41.1). Somos informados de que os antigos cananeus (conforme a descrição existente nos tabletes de Ras Shamra) tinham uma terrível serpente de sete cabeças. O leviatã (cf. Is 27.1); era considerada uma horrenda e “rápida” serpente.
1. No presente texto, está em foco “a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo”. É serpente sedutora, mãe das trevas, que é um cão de fogo horroroso. Foi esse terrível ser que personificado numa serpente enganou a pobre mulher (Gn 3.1-13; 2Co 11.3). É afirmado por Matthew Pool eminente comentador da Antiguidade, que o artigo definido em Gn 3.1, é enfático, e por isso se refere a uma serpente especial. E, no hebraico é: “hannachast”, isto é, esta serpente ou essa serpente, significando que não era uma serpente qualquer, ou um simples animal, mas uma personificação do próprio Satanás (cf. Ap 12.9).
2. Em sete livros do Antigo Testamento e em dezenove do Novo, encontramos a figura sombria desta serpente “veloz” chamada “o Diabo”. Ocorre uma vez no plural. Dt. 32.17. Seu nome é a transliteração do vocábulo grego “diabolos”, expressão sempre usada no singular, que significa “acusador”; é aplicado nas Escrituras exclusivamente a Satanás. “Ele é assim chamado, em virtude de suas disposições hostis opondo-se a Deus e aos homens”. No sentido profundo da palavra, significa também “caluniador”, porque tanto calunia a Deus (Gn 3.2), como aos homens (Jó 1.9; Ap 12.10). Em Jo 6.70, tem o sentido de uma “traidor”.
3. Alguns tradutores lhe dão o nome de “Lúcifer” – O resplandecente (Is 14.12). Esse terrível ser foi criado, aparentemente, um dos querubins (Ez 28.14), e ungido para uma posição de grande autoridade, talvez sobre a primitiva criação de Deus, que incluía o Éden mineral (Gn 2.10-12; Ez 28.11-15), mas tornou-se em um grande dragão vermelho após a queda.
4. Vermelho. “O Sete-Tifom dos egípcios era um terrível crocodilo vermelho; por exemplo, a hidra dos gregos tinha nove cabeças. O azhi Dahaka dos persas era um monstro de três cabeças, e, grotescamente, duas dessas eram serpentes que nasciam de seus ombros”. Nesta secção porém, ele é visto com “sete cabeças e dez chifres” – isso pode ser já uma antecipação do que lemos em 13.2 do mesmo livro, onde o dragão deu à Besta “o seu poder”, e o seu trono, e grande poderio”. É evidente que a Besta e os dez monarcas escatológicos são, agentes de Satanás. Num cômputo geral do significado do pensamento, sua cor vermelha, representa: a cor do pecado, do sangue, do fogo e da violência, qualidades possuídas por Satanás em grau supremo. Isso aponta para sua natureza mortífera; sua astúcia se vê nas sete cabeças, seu poder, nos seus dez chifres, e a sua autoridade nas suas sete coroas.
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