Apocalipse 12:4-5 Explicado
Apocalipse 12:4-5 Explicado
4. “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que dando ela à luz, lhe tragasse o filho”.
I. “...sua cauda”. Segundo o Dr. H. L. Sr, “a cauda, representa a parte mais perigosa do dragão, é como um grande cometa neste monstro (cf. Dn 8.10). Assim (Is 9.15) assemelha o profeta mentiroso a uma causa, o poder e influência malignos de Satanás como mentiroso e enganador são semelhantemente descrito”. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso também aponta seu “baixo caráter” (Dt 28.13; Is 9.15) sua influência daninha – “derribou um terço das estrelas do céu”. Multidões que brilhavam no ordenado firmamento de Deus se tornam meteoritos carbonizados por causa do dragão.
1. E lançou-as sobre a terra (as estrelas). Esse versículo apresenta um segundo quadro da revolta original de Satanás quando se rebelou contra Deus no passado. A causa da queda (pecado) foi o orgulho (Ez 28.1 e ss); quando ele disse em seu coração. O “eu subirei” (Is14.13), ali o pecado teve início. Mas, como “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7), ele queria se assentar “sobre a cadeira de Deus” (Ez 28.2), e ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.14; Ez 28.6), chegou até dizer: “...eu sou Deus” (Ez 28.2); queria estabelecer seu trono na região setentrional: (região norte) do céu (Is 14.13); mas foi frustrado o seu plano, e ele com “grande ira” abriu uma “cisão” no exército celeste e, conquistou a “terça parte” das estrelas (anjos) do céu. Provavelmente, essa batalha teve lugar na região norte do céu (estelar) onde existe um “vazio” (cf. Jó 26.7; Is 14.13; Jr 1.14).
Nesta secção do Apocalipse, temos uma nova investida de Satanás durante o tempo da Grande Tribulação, na primeira revolta, ele conquistou os anjos “que não guardaram o seu principado...” (Jv v. 6), e os lançou no “espaço” (cf. Ef 2.2 e 6.12). Nesta segunda investida, seu maior desejo era reconquistar “seu lugar no céu” (v.8) mas novamente é frustrado o seu plano e ele com “grande ira” usou novamente “sua cauda”, derribando com ela “a terça parte” de seus anjos que estavam no espaço e os lançou sobre a terra que os mesmos lançassem uma “investida mortal” contra os homens durante a Grande Tribulação (cf. 12.12).
2. E parou diante da mulher. Conforme o original o dragão se “deteve”, isto é, “pôs-se de pé”, conforme diz literalmente o grego. Plínio mostra que os antigos concebiam os dragões como feras que normalmente se punham de pé. Como as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe; a presente passagem pode ter sua aplicação desde o Éden, até ao tempo “da plenitude dos tempos” (cf. Gl 4.4). Pode-se fazer certa comparação com a narrativa sobre Faraó, monarca egípcio. Ele procurou matar aos meninos israelitas (cf. Êx 1.15 e ss; Sl 85.13; Is 21.1; 51.9 e Ez 29.3). Herodes tentou fazer a mesma coisa (cf. Mt 2.13 e ss). Esses eventos foram inspirados pelo próprio Satanás, seu objetivo, não era somente conseguir matar a Cristo, mas o texto diz claramente; “queria-o tragar”. E assim, aniquilar o plano de Deus, de trazer Seu Filho ao mundo como o Salvador da Humanidade.
5. “E deu à luz um filho varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”.
I. “...um filho varão”. Cremos está aqui em foco, a pessoa de Cristo. “O Filho Varão”. Não se trata de Cristo “misticamente concebido”, nos membros da Igreja. A citação do Salmo 2.9, aplicada a Cristo em todo o contexto da Igreja Primitiva, afirma-nos que o Filho da mulher vestido do sol é o próprio Cristo nasceu para reinar (cf. Gn 3.15; Sl 2.9; 110.5, 15; Dn 4.26; Ap 12.5; 19.15). O sentido geral deste versículo é que Cristo, mediante sua ressurreição e ascensão, frustrou os desígnios malignos e destruidores de Satanás. A ascensão do Cristo é expressa com as palavras: “...e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (cf. Mc 16.19; Lc 24.50, 51; At 1.9; 7.56; Ap 3.21). Nada se diz aqui da morte do filho varão à não ser no versículo 11 desta secção, uma vez que ele é ligado com Israel e com a regência de todas as nações, ambas as quais dependem de seu nascimento e ascensão ao trono.
1. Reger todas as nações. Essa alusão feita no presente texto, refere-se ao governo milenial de Cristo, após o término da Grande Tribulação. Naquela época, Ele governará como monarca absoluto, mas também será o Sumo – Pastor. O grego diz literalmente “poimaino”, “pastorear” ou “cuidar”. Essa palavra é empregada por 11 vezes nas páginas do Novo Testamento (cf. Mt 2.6; Lc 17.7; Jo 21.16; At 20.28; 1Co 9.7; 1Pd 5.2; Jd v. 12; Ap 2.27; 7.17; 12.5 e 19.15). O reinado de ferro das nações será quebrado por aquele que vem pastore-las com “vara de ferro”. Aqui o domínio significa “guiar como um pastor”, e “vara de ferro”, não significa “dureza” e sim, um método inquebrantável no governo de Cristo.