Interpretação de Deuteronômio 33
Interpretação de Deuteronômio 33
Deuteronômio 33
1)
Introdução. 33:2-5.
O aparecimento do Senhor como Rei dos Reis para
proclamar Sua aliança foi feita em glória radiante, como o nascer do sol, sobre
as montanhas orientais da península do Sinai (v. 2a; cons. a semelhante
descrição poética da teofania do deserto em Jz. 5:4 e segs.; Sl. 68:7 e segs.;
Hb. 3:2 e segs.).
2b. Servindo o Rei em Seu advento havia um exército celestial de santos
(cons. Sl. 68:17; Zc. 14:5; Atos 7:35; Gl. 3:19; Hb. 2:2).
2d, 3. Provavelmente uma tradução mais aproximada ao verdadeiro sentido destes
versículos é a tradução de Cross e Freedman: “À sua direita seguiam os
poderosos, sim, os guardiões dos povos. Todos os santos estavam ao seu lado,
prostrando-se a seus pés, executavam as suas decisões”. Como representante
terrestre do Senhor, Moisés transmitiu a Israel a aliança divina com suas
promessas do reino (v. 4), e através da cerimônia da aliança foi ratificada a
realeza teocrática do Senhor sobre Israel (v. 5).
2)
As Bênçãos das Tribos. 33:6-25.
Primeiro Moisés abençoou os filhos das esposas de JacÒ,
depois os filhos das servas. Embora Jacó anunciasse que o primogênito Rúben
perdera seus direitos à primogenitura, tanto ele quanto Moisés começaram seu
testamento com ele (cons. Gn. 49 : 3, 4).
6. Viva Rúben. Moisés orou para que Rúben não sofresse extinção
tribal.
7. Introduze-o no seu povo. A bênção para o Judá real (o quarto filho
de Lia) é, com efeito, uma oração para que a bênção profética de Jacó para ele
fosse cumprida (cons. Gn. 49:9-12), para que Judá fosse capacitado a
desempenhar a tarefa real de derrotar os adversários, retomando então ao seu
povo a fim de merecer sua obediência. No testamento de Jacó, Simeão e Levi (o
segundo e terceiro frios de Lia) foram repreendidos e dispersos em Israel (Gn.
49: 5-7). Historicamente, Simeão foi logo absorvido por Judá (cons. Js. 19-2 e
segs.). Moisés omitiu Simeão nas bênçãos individuais (o número doze sendo
atingido pela divisão da tribo de José). Mas ele distribuiu Levi por todo
Israel (cons. Js. 21:1-40), dando-lhe um novo significado.
9b. Observou a tua aliança. Levi exibiu a devoção necessária ao
Senhor para o oficio sacerdotal na prova do Sinai (Êx. 32:26.29). Sobre os
acontecimentos de Massá e Meribá (Dt. 33: 8b), o começo e o fim da prova divina
por que passou Israel (cons. 8: 2 e segs.), veja Êx. 17: 1-7; Nm. 20:1-13; Dt.
6:16; 9:22; 32:51. Esta tribo recebeu a honra do sacerdócio na família de Arão,
com o privilégio de receber revelações divinas especiais (33:8a), ensinar as
leis da aliança(v. 10a), e oficiar diante do altar (v. 10b). A bênção de Levi
termina adequadamente com a oração no sentido de que o seu ministério em
beneficio do povo da aliança Se comprovasse eficaz (v. 11). Tendo lidado com as
tribos real e sacerdotal, Moisés voltou-se para Benjamim (o filho mais jovem de
Raquel).
12c. Ele descansará nos seus braços. Benjamim recebeu a porção de Jerusalém na
fronteira de Judá, lugar do santuário e trono do Senhor (cons. Gn. 49: 27; Js.
15:8; 18:16). O uso do termo “ombros” nesta passagem (E.R.C.) para indicar a
posição elevada de Jerusalém, sustenta a idéia de que o Senhor é o sujeito de
habitar. Sobre o amado do Senhor, veja Jr. 11:15 ; Sl. 60:5. Junto com Benjamim
na bênção (Dt. 33:13-17) e na herança territorial estava José (o filho mais
velho de Raquel). A porção dupla, o direito de primogenitura perdido por Rúben,
foi dada a José (Gn. 48:22), pois seus dois filhos desfrutaram de status tribal
separado. Agora Moisés confirmou a preeminência que Jacó concedeu a Efraim
sobre Manassés (Dt. 33:17; cons. Gn. 48:14 e segs.). Novamente, como Jacó,
Moisés abençoou José com puder militar e abundância dos melhores produtos da
terra (cons. Gn. 49:22-26).
16. A fonte de toda a bravura e prosperidade de José estava na benevolência
daquele que apareceu na sarça (cons. Êx. 3:2 e segs.). Uma ligeira mudança no
texto poderia substituir sarça por “Sinai”. Zebulom e Issacar (sexto e quinto
filhos de Lia, respectivamente) estão aqui unidos nas suas bênçãos (Dt.
33:18,19; cons. Gn. 49:13-15). Sua porção especial seriam os tesouros do mar,
garantidos ao que parece pelo comércio com aqueles que operavam no mar
Mediterrâneo, ao longo de suas custas e no Mar de Quinerete. Suas heranças
ficavam perto, mas não sobre essas águas (cons., contudo, Gn. 49:13 ).
19a. Chamarão os povos ao monte. Isto parece indicar que seu sucesso
comercial seria gratamente reconhecido na verdadeira adoração. A tribo de Gade
(primeiro filho de Zilpa, a serva de Lia) escolheu a porção do chefe (v.21a)
por sua herança na Transjordânia, os primeiros frutos da conquista (vs. 20,
21a). Depois juntou-se fielmente aos seus irmãos no conflito da conquista de
suas respectivas porções em Canaã (v. 21b). Como a bênção de Sem (Gn. 9: 26), a
de Gade está expressa em forma de doxologia (cons. Gn. 49:19). Com força
enérgica a tribo de Dã (o filho mais velho de Bila, a serva de Raquel) seria
igual aos leões de Basã (Dt. 33:22; cons. Gn. 49:17). Foi para a região de Basã
que uma expedição de danitas emigrou do seu primitivo território no litoral
meridional (Jz. 18). O favor do Senhor concedido a Naftali (o filho mais jovem
de Bila) seria demonstrado na notável fertilidade e beleza de sua herança,
especialmente na parte sul das praias de Genesaré (Dt. 33:23; cons. Gn. 49:21).
24a. Bendito seja Aser entre os filhos. Esta tribo do filho mais jovem de Zilpa ficou
localizada na fronteira setentrional de Israel, uma terra fértil que se
limitava com Naftali (v. 24b; cons. Gn. 49:20).
25. Como os teus dias . . . a tua paz. A oração de Moisés foi no sentido da
proteção de Aser ser constantemente forte
3 )
Conclusão 33:26-29.
26a. Não há outro, ó amado, semelhante a Deus. Como uma introdução (vs. 2-5), aqui
Moisés louva o verdadeiro Doador das bênçãos deste testamento. O
estabelecimento da aliança foi celebrado na introdução, mas aqui o Senhor está
sendo louvado como o Defensor e benfeitor de Israel na subseqüente conquista
(v. 27) e colonização da terra paradisíaca (v. 28).
26b. Veja Sl. 18:10; 68:33.
27a. Veja o Salmo mosaico 90:1, 2.
29. Quem é como tu? Povo salvo pelo Senhor. A singularidade da bem-aventurança de
Israel brotava da singularidade do Senhor-Salvador de Israel (cons. v. 26a). Teus
inimigos te serão sujeitos. Todos tinham de reconhecer a supremacia de
Israel.
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