Gênesis 4 — Comentário Bíblico Online
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Gênesis 4
4. O ASSASSINATO DE ABEL (Gn 4.1-15). Alcancei... um varão (1). O nascimento do primeiro bebê
humano deve ter sido uma maravilhosa experiência, especialmente à luz de todos
os eventos ligados ao pecado de Adão e Eva. Do Senhor (1). O texto hebraico, quanto a esta frase, é capaz de uma variedade
de interpretações. Pode ser traduzido como: “da parte de Jeová”; “com a ajuda
de Jeová”; “a saber, Jeová”, que seria uma tradução literal. A primeira dessas
é gramaticalmente impossível. A segunda envolve um uso excepcional do hebraico eth, mas é
possível, e dá bom sentido. É sustentada pela Septuaginta. Ao cabo de dias (3). Atenção a esta frase soluciona alguns dos
problemas que são ocasionalmente considerados como pertencentes a este relato.
Um longo tempo se passou entre o versículo 1 e o versículo 3. Caim e Abel já
não eram mais crianças, e nem eles e seus pais eram os únicos quatro seres
humanos na terra. Uma oferta ao
Senhor (3). Não é dito aqui que a oferta de
holocausto estivesse baseada numa instituição divina. É provável que tenha sido
uma ação espontânea de gratidão e reconhecimento a Deus. A origem dos
holocausto está envolta em mistério. Atentou... não atentou
(4-5). Nenhuma resposta satisfatória pode ser oferecida quanto à questão de
como o favor ou o desfavor de Deus foram demonstrados. Aqueles que pensam que
existe alguma indicação sobre a instituição divina do sacrifício em capítulo Gn 3.21 afirmam que a razão para a aceitação de uma oferta e
a rejeição da outra se descobre no fato que a oferta de Caim foi incruenta. É
impossível ter certeza quanto a isso, entretanto, mas o que é certo sobre a
narrativa é que os dois irmãos tinham consciência de que Deus havia considerado
diferentemente suas ofertas. Para
Abel e para sua oferta... para Caim e para a sua oferta (4-5). O ofertante aparece antes da
oferta. Mesmo sob a lei levítica era o estado da mente do ofertante que dava
valor moral ao seu sacrifício. Ver Hb
11.4 e comparar o protesto contra os
sacrifícios hipócritas (Is
1.10-20).
Gn-4.7
Se bem fizeres... (7). Deus adverte Caim que um terrível ato
pecaminoso estava perigosamente próximo: estava ali como um animal feroz,
esperando saltar sobre ele. Para
ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás (7). O hebraico, neste texto, é tremendamente
difícil. Devido seu gênero, os pronomes hebraicos para “seu” e “ele” não podem
pertencer ao pecado à espreita, mas sim, precisam ser tomados como referindo-se
a Abel. O pensamento do versículo se transfere para a situação concreta. Caim
estava confuso e com inveja por causa de Abel, mas foi relembrado por Deus que,
se ao menos fizesse o que era correto, seu irmão mais novo permaneceria
subordinado a ele. A frase em Gn
3.16 apresenta um uso semelhante da idéia de
subordinação. E falou Caim
com o seu irmão Abel
(8). Lit. “E disse Caim a”. No hebraico a sentença parece interrompida. O que
Caim disse a Abel pode ser visto na ação que se seguiu. E o matou (8). A humanidade se dividiu com esse ato de
inimizade e assassinato. Caim aliou-se à semente da serpente (1Jo 3.12 e cfr. Jo
8.44) e Abel se tornou símbolo dos justos
sofredores. A voz do sangue do teu irmão (10). Cfr. Hb 12.24. Maldito és tu desde a terra (11). A maldição procederia desde o próprio terreno
cultivado (’adamah), e os labores
de Caim como agricultor seriam vãos; portanto, ele teria de andar pela terra
como um vagabundo.
Gn-4.13
Minha maldade (13). Parece correto concluir aqui, porém, que a
despeito das indicações dadas em algumas versões, como esta que estamos usando,
que apenas o castigo é que perturbava Caim, e não seu pecado. Todo aquele que me achar me matará (14). Não há necessidade de supor a
existência de alguma raça préadâmica aqui. As palavras de Caim são
suficientemente explicadas ou pela ira vindicativa do seus irmãos mais jovens,
de quem ele com justiça poderia ficar temeroso, ou pela sua própria imaginação
aterrorizada. A imaginação de Caim provavelmente se tornou descontrolada, mas
que também havia a possibilidade dele vir a sofrer às mãos de outros pode ser
corretamente inferido pelo que se segue, no versículo 15. A verdade importante
que vem à luz, nesta passagem, é que o temor do coração de Caim é um testemunho
sobre a lei da retribuição. É até possível que a sentença judicial “fugitivo e
vagabundo serás na terra” (12) tenha recebido sua execução no fato que, por
causa do terror inspirado por Deus, Caim tenha feito de si mesmo um fugitivo. Pôs... um sinal em Caim (15). “Apontou um sinal para Caim”. Esta
última tradução sugere que Deus tenha apontado alguma espécie de sinal para
Caim, mais ou menos como Ele apontou o sinal do arco-íris para Noé (Gn 9.12), cujo aparecimento regular asseguraria a Caim a
certeza da proteção divina. E esta última tradução também parece preferível à
primeira, que parece indicar que alguma marca exterior tenha sido dada a Caim
capaz de encher de medo os inimigos potenciais de Caim, assim tornando-os
incapazes de fazer-lhe mal.
Gn-4.16
5. OS DESCENDENTES DE CAIM (Gn 4.16-24). Conheceu Caim a sua mulher (17). Sua mulher era uma das filhas de Adão.
Não há motivo para supor-se que Caim já não estivesse casado antes de cometer o
assassinato; nem de supor-se que, presumindo que ainda não se tivesse casado,
que ele ocasionalmente não retornasse ao seu antigo lar, no decurso de suas
peregrinações, e não tivesse escolhido para si uma irmã como esposa, numa
dessas ocasiões. Edificou uma
cidade (17). A edificação dessa cidade foi
separada do estabelecimento original de Caim na terra de Node por um
considerável período de tempo. A narrativa chama a atenção para a edificação da
cidade como se isso marcasse um novo estágio no avanço da civilização. Sem
dúvida foi o aumento da família de Caim e do círculo de seus dependentes que
ocasionou a edificação da cidade. Provavelmente a cidade não passasse de um centro
defendido de vida social organizada.
Gn-4.18
A Enoque nasceu Irade (18). A ordem que as diferentes genealogias são
apresentadas é instrutiva. Trata-se de um dos princípios de arranjo deste livro
que, quando há diversas árvores genealógicas a ser descritas, a principal
árvore genealógica da linha que cumpria os propósitos divinos é reservada para
o fim, enquanto que todos os demais ramos familiares são apresentados em
primeiro lugar. Neste caso, é dada a linha de Caim, e então a página fica livre
para dedicar-se à história do propósito de Deus quanto à descendência
escolhida. Lameque (19). Na família de Lameque teve início a invenção
das artes e dos ofícios. Não é justificável, porém, asseverar que essas artes
são de origem má por terem aparecido entre aquela gente. Ada e Zila, ouvi a minha voz (23). Chama-se de “Cântico da Espada” o
terceiro e o quarto versos desse poema:
“por que eu matei um varão por me ferir,
e um mancebo por me pisar”.
Parece que Lameque tinha sido atacado por um “mancebo”
que o feriu e pisou, sendo que, no original, ambas as palavras se referem aos
golpes que podem ser aplicados com o punho. Lameque, pois, exultou na presença
de suas mulheres por ter-se vingado, matando o jovem; a palavra para “matei”
tem o sentido de atravessar com uma arma pontiaguda. Trata-se de uma jactância
de segurança devido a possessão de armas superiores.
Gn-4.25
6. UM NOVO INÍCIO COM A LINHA DE SETE (Gn 4.25-26). Sete (25). O nome significa ou “apontado”
(passivo) ou “apontador” (ativo). Quanto ao primeiro sentido, é chamada a
atenção àquele filho como a semente que Deus tinha apontado; quanto ao último a
atenção é focalizada em Deus, o “Apontador”, cuja atividade Eva pode discernir
na dádiva de seu filho. O primeiro ato da graça seletiva de Deus aparece no
nascimento de Sete: de agora por diante o propósito de Deus pode ser verificado
a operar mediante uma linha escolhida até que tudo estivesse consumado em
Cristo. Então se começou a invocar o nome do
Senhor (26). Isso significa que o termo Jeová
começou a ser associado à adoração a Deus.