Estudo sobre Romanos 2:16

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Romanos 2:16

Depois dessa digressão sobre a luta da consciência na pessoa, Paulo pode retornar ao tema, asseverando que o juízo final se realizará sem partidarismo, para todos. Ele acontece no dia em que Deus… julgar os segredos dos homens. Então tudo se iluminará, pois Deus não julga de acordo com a nossa consciência, mas de acordo com o seu saber perfeito, o qual tem por base as nossas obras. Assim, Paulo sustenta a tese levantada no v. 11: Rejeita-se qualquer nepotismo.

Paulo está convicto de que com essas exposições sobre o juízo não se desviou do evangelho. Na comunidade cristã, anunciar o juízo segundo as obras não constitui nenhum corpo estranho, mas é parte integrante da pregação da justiça por fé, por meio de Cristo Jesus… de conformidade com o meu evangelho. Essa verdade poderia trazer confusão a um cristianismo que espera por uma espécie de portinha dos fundos, a fim de ser redimido da sala do tribunal antes de começar a sessão. Que ensina que em lugar das boas obras Deus teria colocado a fé. Ou até que seria anticristão advertir diante do juízo.

Consideremos brevemente a necessidade imperiosa do juízo. Não existe nenhuma transição imperceptível e gradativa da injustiça para a justiça. Poderíamos imaginar algo assim somente caso injustiça fosse falta de justiça. Então um lento preenchimento dessa lacuna seria concebível. Porém, a injustiça é inimiga da justiça (5.10; 8.7; 2Co 6.14). Entre dois opostos inconciliáveis somente pode haver, no caminho de um até o outro, um choque: neste caso, um juízo inexorável sobre a injustiça. Do contrário o final seria uma felicidade falsa e, conseqüentemente, a derrota definitiva da vida. Em contraposição, a simples idéia de que mentira e violência serão julgadas já constitui um bálsamo. Em última análise o próprio processo do juízo fará parte dos grandes benefícios. Daí encontrarmos na Bíblia o louvor eterno dos juízos de Deus (p. ex., Ap 16.5-7).

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